12. O uso do aplicativo Whatsapp no processo de ensino e aprendizagem de matemática com a utilização da ferramenta Matejazap na Educação de Jovens e Adultos (EJA) no estudo de matrizes

Autor: Gleber Glaucio do Nascimento Soares da Silva. Orientador: Prof. Dr. Fábio Paraguaçu Duarte da Costa. Defesa de dissertação número 137. Data: 29/10/2021.

Arquivo
O USO DO APLICATIVO WHATSAPP NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA COM A UTILIZAÇÃO DA FERRAMENTA MATEJAZAP NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA) NO ESTUDO DE MATRIZES 1.pdf
Documento PDF (7.3MB)
                    UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
CENTRO DE EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENSINO DE CIÊNCIAS E MATEMÁTICA

GLEBER GLAUCIO DO NASCIMENTO SOARES DA SILVA

O USO DO APLICATIVO WHATSAPP NO PROCESSO DE ENSINO E
APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA COM A UTILIZAÇÃO DA FERRAMENTA
MATEJAZAP NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA) NO ESTUDO DE
MATRIZES

Maceió, AL
2021

GLEBER GLAUCIO DO NASCIMENTO SOARES DA SILVA

O USO DO APLICATIVO WHATSAPP NO PROCESSO DE ENSINO E
APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA COM A UTILIZAÇÃO DA FERRAMENTA
MATEJAZAP NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA) NO ESTUDO DE
MATRIZES
Dissertação de Mestrado ao Programa de PósGraduação em Ensino de Ciências e Matemática da
Universidade Federal de Alagoas, como requisito
para o grau de Mestre.
Orientador: Prof. Dr. Fábio Paraguaçu Duarte da
Costa

Maceió, AL
2021

Dedico este trabalho a minha mãe, Maria
Darlene do Nascimento Soares da Silva,
eterna incentivadora dos meus objetivos,
mesmo muitas vezes não entendendo o
porquê, mas sempre rezando pelo sucesso
das minhas conquistas.

AGRADECIMENTOS

Nessa jornada do Mestrado, sonhando com o sucesso acadêmico-profissional,
tive o prazer de poder contar com pessoas e parcerias essenciais que comigo
sonharam e motivaram-me nessa aventura de aprendizagem significativa. É com
satisfação e reconhecimento que nessa dissertação, venho agradecê-las.
Agradeço a Deus, todo poderoso, que em todo o momento e circunstânciasvem
abençoando a minha vida nessa jornada de aprendizagem.
À minha mãe Maria Darlene do Nascimento Soares da Silva (Dona Maria) pela
educação familiar, pela paciência, amor e orações realizadas em cada novo desafio
da minha vida.
Ao meu pai Murilo Soares da Silva (in memoriam).
Aos meus irmãos Glendya Glawcya do Nascimento Soares da Silva e Murilo
Soares da Silva Filho (o Bonitão) pelo carinho, respeito e amor que nos une.
Às minhas filhas lindas, amadas e maravilhosas, Gleiciane Silva da Paz Soares
e Glaucia Gabrieli Silva da Paz Soares pelo carinho, respeito e amor que nos
envolvem.
Ao meu filho do coração, Gabriel Silva da Paz, por ser tão especial em nossas
vidas.
À minha esposa Geane Silva da Paz Soares, pela compreensão, paciência,
carinho, amor, compartilhamento e força em todo o momento.
Às minhas sobrinhas queridas, Glícia Oliveira e Gabiela Oliveira, pelo carinho,
atenção e amor.
Ao Orientador Prof. Dr. Fábio Paraguaçu pelas orientações e contribuições
realizadas em todo o processo no trabalho de orientação.
Aos professores do Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e
Matemática pelas aulas valiosas.
À professora Marinaide Lima de Queiroz Freitas (PPGE/UFAL), pelas grandes
contribuições na disciplina Seminário da EJA;
Aos colegas e amigos da turma PPGECIM 2019.1, companheiros de jornadas
e congressos, são amigos que ganhei para toda a minha vida. Vocês são especiais:
Adalton, Agda, Amada, Anderson, Cassia, Cauay, Cleber Tiago, Cynthia, Dayse,
Edlene, Emanuelly, Erasmo, Gabriela, Leila Kelly, Leila, Lucineide, Mariana, Mônica,

Neilton, Patrícia, Raio, Roberto, Rutineia, Silmara, Stephaanie, Viviane e Williane.
À amiga Alana Priscila, uma inspiração na vida acadêmica. Um exemplo em
que me espelho na sua trajetória, sua paciência contínua de um acolhimentoamigável
e, em especial, pela valiosa contribuição durante todo o período do mestrado.
À amiga Jeane Cristina, pois suas contribuições forma imprescindíveis. Sempre
muito solicita a ajudar em todos os esclarecimentos necessários para o enriquecimento
do trabalho e por ser uma pessoa tão bondosa, generosa e de uma fé inabalável.
À amiga Rosa Quitéria, minha psicóloga de plantão e incentivadora, por suas
orientações generosas, torcendo sempre pelo meu sucesso;
À Amiga Cristiane Laranjeira, pela amizade e companheirismo em todos os
momentos, sendo eles tristes e/ou felizes. Uma amiga admirável com suas sinceras
observações.
À amiga Vanúzia, pela sinceridade em suas considerações, proporcionandome, constantemente, um diálogo interessante e inteligente.
À amiga Sarah Houly pela motivação diária, acreditando em meu potencial.
À amiga Cristiane Marcela Pepe, pelo acolhimento, incentivo frequente. Por
tudo e por tanto e, especialmente, pela vida de amizade que juntos inventamos.
Aos alunos, jovens e adultos, que participaram e contribuíram com essa
pesquisa que foi fundamental para o desenvolvimento do trabalho.
À Escola Estadual Ana Lins, pelo apoio recebido da gestão, da equipe pedagógica
e dos companheiros da docência.
A todos aqueles que de alguma forma contribuíram para realização e conclusão
de mais uma etapa acadêmica. Que Deus os abençoe!
E, aqui, também deixo registrado que, em tempos de pandemia, passei pela
situação mais delicada da minha vida quando fui diagnosticado com Covid-19. Fiquei
internado e, durante o tratamento hospitalar, foi necessário passar alguns dias na UTI.
Logo, esse agradecimento especial, torna-se relevante por tudo que vivenciei entre os
dias 17 de janeiro a 10 de fevereiro de 2021. Entrei para a estatística também
daqueles que venceram essa doença infecciosa que aflige o mundo.
Por tudo isso, mais uma vez, quero reiterar minha gratidão a Deus por ter me
abençoado e ajudado a vencer esse momento doloroso.
Agradecer à minha família, em especial, à minha mãe Darlene (pela sua fé
inabalável), minha esposa, minhas filhas, meu filho do coração, meus irmãos, minhas

sobrinhas, cunhados, cunhadas e ao meu compadre Fernando por estar junto nessa
luta.
Agradecer aos profissionais da Santa Casa de Misericórdia de São Miguel dos
Campos pelo trabalho de excelência.
Agradecer aos amigos, colegas de trabalho, enfim, a todas as pessoas que
independente da sua religião e/ou crença disponibilizaram o seu tempo para
orar/rezar.
Talvez, não existam palavras suficientes e significativas que me permitam
agradecer com o devido merecimento. Mas é por meio delas que posso registrar esse
agradecimento.
Orar e/ou rezar por alguém é dizer escondido: "Eu te amo!". É amar sem ser
visto, sem plateia ou aplausos. Orar e/ou rezar é fortalecer o outro, abraçá-lo
invisivelmente.
Obrigada pelo livramento, Senhor!
E, em gratidão a todas as pessoas, só posso desejar que Deus as abençoe,
imensamente com muita saúde.
Fé e gratidão na caminhada!
Finalizo, reafirmando que Deus é bom o tempo todo. O tempo todo Deus é bom!

Quando nada é certo, tudo é possível.
Margareth Drabble

RESUMO
A presente pesquisa trata do uso do aplicativo whatsapp no processo de ensino e
aprendizagem de matemática com a utilização da ferramenta matejazap na educação de
jovens e adultos (EJA) no estudo de matrizes, com o objetivo de investigar as contribuições
do uso do aplicativo whatsapp no processo de ensino e aprendizagem de matemática com a
utilização da ferramenta MatEJAZap na Educação de Jovens e Adultos no Ensino Médio, nos
estudos de matrizes. Neste contexto, exercitamos a construção do conceito de matrizes, em
ambientes de maneira alternadas, sendo o primeiro em sala de aula, no qual tratamos de
trabalhar os conteúdos desenvolvidos de acordo com o planejamento realizado em conjunto
com os professores de matemática da instituição de ensino e o segundo momento, o
ambiente virtual no WhatsApp, no qual promovemos diálogos, interação e interatividade dos
estudantes no sentido de obter uma aprendizagem significativa. Teve um percurso
metodológico que abrangeu a abordagem qualitativa, utilizando o estudo de caso para tal fim
e que apresentamos também um autoavaliação realizada pelos estudantes que está inserido
dentro da ferramenta MatEJAZap. Como produto final, a pesquisa apresenta um guia de todo
o processo de construção da ferramenta MatEAZap e as possibilidades de ensino e
aprendizagem, trazendo todosos documentos e aplicativos utilizados durante todo o processo.
Concluímos, portanto, que foi importante e gratificante o uso da ferramenta durante as
atividades propostas e conforme os resultados apresentaram, recebemos a avaliação dos
estudantes, que foi positiva referente à ferramenta MatEJAZap enquanto possibilidade de
interação, participação dos alunos e aprendizagem de conteúdos, já que a maioria destacou
que a ferramenta foi eficiente na forma como abordou os conhecimentos matemáticos.
Seguimos na expectativa de que novas pesquisas sejam desenvolvidas, focando as
possibilidades e limitações do trabalho com ferramentas digitais.
Palavras-chaves: MatEJAZap; ensino e aprendizagem; Matrizes; Educação de Jovens e
Adultos.

ABSTRACT:
This research deals with the use of the whatsapp application in the process of teaching and
learning mathematics with the use of the matejazap tool in the education of young people and
adults (eg) in the study of matrices, with the aim of investigating the contributions of the use of
the whatsapp application in process of teaching and learning mathematics with the use of the
MatEJAZap tool in the Education of Youth and Adults in High School, in matrix studies. In this
context, we exercised the construction of the concept of matrices, in alternate environments,
the first being in the classroom, in which we tried to work the contents developed in accordance
with the planning carried out together with the mathematics teachers of the educational
institution and the second moment, the virtual environment on WhatsApp, where we promote
dialogues, interaction and student interactivity in order to obtain meaningful learning. It had a
methodological path that encompassed the qualitative approach, using the case study for this
purpose and that we also present a self-assessment carried out by students that is inserted
within the MatEJAZap tool. As a final product, it presents a guide to the entire process of
building the MatEAZap tool and the possibilities for teaching and learning, bringing all
documents and applications used throughout the process. We conclude, therefore, that it was
important and gratifying to use the tool during the proposed activities and, as the results
showed, we received the students' evaluation, which was positive regarding the MatEJAZap
tool as a possibility for interaction, student participation and content learning, already that most
highlighted that the tool was efficient in the way it approached the mathematical knowledge.
We continue with the expectation that further research will be developed, focusing on the
possibilities and limitations of working with digital tools.
Keywords: MatEJAZap; teaching and learning; Matrices; Youth and Adult Education.

LISTA DE SIGLAS
ANA – Avaliação Nacional de Alfabetização
CHAMA – Curso de nível médio e formação profissional de professores não
Habilitados para o Magistério
CRC – Conselho Nacional de Contabilidade
EJA – Educação de Jovens e Adultos
ETFAL – Escola Técnica Federal de Alagoas
FACINTER – Faculdade Internacional de Curitiba
FUNESA – Fundação Universidade Estadual de Alagoas
GERE – Gerência Regional de Educação
IDEB – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica
IFAL – Instituto Federal de Alagoas
MATEJAZAP – Matemática, Eja e WhatsApp
OBMEP – Olímpiadas Brasileira de Matemática das Escolas Públicas
PCN – Parâmetros Curriculares NacionaisUFAL – Universidade Federal de Alagoas
PPGECIM – Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática
PRONATEC - Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego
SAGEAL – Sistema de Gestão Escolar de Alagoas
SBEM – Sociedade Brasileira de Educação Matemática
SBPC – Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência
SEDUC – Secretaria Estadual de Educação
SEMED – Secretaria Municipal de Educação
TCC – Trabalho de Conclusão de Curso
UNEAL – Universidade Estadual de Alagoas

LISTA DE FIGURAS
FERRAMENTA
MATEMÁTICA

MATEJAZAP

COMO

ESTRATÉGIA

NO

ENSINO

DE

Figura 1: Possibilidade do WhatsApp como aplicativo multiplataforma. .............................. 37
Figura 2: Logomarca MatEJAZap ....................................................................................... 42
Figura 3: Painel de entrada do Aplicativo Autoresponder .................................................... 43
Figura 4: Print que mostra de que forma foi salvo o contato do estudante .......................... 44
Figura 5: Questionário com utilização do WhatsApp ........................................................... 46
Figura 6: Print que mostra a interação com o representante de sala .................................. 47
Figura 7: Intervenção do Professor com utilização do WhatsApp........................................ 48
Figura 8: Intervenção do Professor com utilização do WhatsApp........................................ 49
Figura 9: Print que mostra a interação com o representante de sala .................................. 50

A UTILIZAÇÃO DO WHATSAPP PARA O ENSINO DE MATRIZES: UM ESTUDO
DE CASO NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
Figura. 1: Matrizes .............................................................................................................. 74
Figura. 2: Estudando Matrizes ............................................................................................ 75
Figura. 3: Introdução às Matrizes ........................................................................................ 75
Figura. 4: WhatsApp Business ............................................................................................ 88
Figura. 5: Autoresponder para WhatsApp ............................................................................ 88
Figura. 6: Logomarca MatEJAZap ...................................................................................... 89
Figura. 7: Contato salvo no telefone ................................................................................... 90
Figura. 8: Primeira Interação do estudante com “oi”............................................................ 91
Figura. 9: Print inicial do vídeo de abertura ......................................................................... 92
Figura. 10: Segunda Interação do estudante com “Número correspondente a série” .......... 93
Figura. 11: Terceira Interação do estudante com a resposta “ok” ....................................... 93
Figura. 12: Quarta Interação do estudante com “sim” ......................................................... 94
Figura. 13: Print do Canal no YouTube CEEJA com conteúdo de Matrizes ........................ 95
Figura. 14: Print do conteúdo de Matrizes da ferramenta MatEJAZap ................................ 96
Figura. 15: Print da atividade de Matrizes da ferramenta MatEJAZap ................................. 97

LISTA DE GRÁFICOS

FERRAMENTA
MATEMÁTICA

MATEJAZAP

COMO

ESTRATÉGIA

NO

ENSINO

DE

Gráfico 1: Relatos dos estudantes com relação ao tipo de internet que utilizam ................. 51
Gráfico 2: Opinião dos estudantes com relação a qualidade da internet ............................. 52
Gráfico 3: Opinião dos estudantes com relação ao aplicativo para uso nas aulas online .... 53
Gráfico 4: A importância dada pelos estudantes as aulas online ........................................ 54
Gráfico 5: A interação com professores são suficiente para as aulas online ....................... 54
Gráfico 6: A ferramenta MatEJAZap possibilitou o ensino e aprendizado das aulas ........... 55
Gráfico 7: Avaliação da ferramenta MatEJAZap ................................................................. 56

A UTILIZAÇÃO DO WHATSAPP PARA O ENSINO DE MATRIZES: UM ESTUDO
DE CASO NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
Gráfico. 1: Autoavaliação dos alunos utilizando a ferramenta MatEJAZap ....................... 107

LISTA DE TABELAS
FERRAMENTA
MATEMÁTICA

MATEJAZAP

COMO

ESTRATÉGIA

NO

ENSINO

DE

Tabela 1: Vantagens e desvantagens do uso do aplicativo WhatsApp na Educação. ......... 36
Tabela 2: Onze (11) características da pesquisa-ação ........................................................ 39
Tabela 3: Sujeitos da Pesquisa ........................................................................................... 40
Tabela 4: Estrutura dos momentos...................................................................................... 43

A UTILIZAÇÃO DO WHATSAPP PARA O ENSINO DE MATRIZES: UM ESTUDO
DE CASO NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................................18
1.1.

Problematização e Objetivos da Pesquisa ..................................................................... 19

1.2.

Organização da Dissertação (Multipaper) ..................................................................... 21

2.

FERRAMENTA MATEJAZAP COMO ESTRATÉGIA NO ENSINO DE MATEMÁTICA................... 24

ABSTRACT:.............................................................................................................................. 25
2.1.

INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 26

2.2.

REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................................. 27

2.2.1.

Redes Sociais – Um Breve Histórico ........................................................................... 27

2.2.2.

Redes Sociais e o Ensino ........................................................................................... 31

2.2.3.

Aprendizagem por Intermédio do Whatsapp ............................................................. 35

2.3.

METODOLOGIA ............................................................................................................ 38

2.3.1.

Caracterização da Pesquisa ....................................................................................... 38

2.3.2.

Sujeitos da Pesquisa ................................................................................................. 40

2.3.3.

A Ferramenta MatEJAZap ......................................................................................... 41

2.3.4.

Procedimentos de Geração de Dados ........................................................................ 44

2.3.5.

Questionário ............................................................................................................ 45

2.4.

RESULTADOS E DISCUSSÕES ......................................................................................... 46

2.4.1.

Análise dos Questionários ........................................................................................ 51

2.5.

CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................... 56

2.6.

REFERÊNCIAS ............................................................................................................... 58

3. A UTILIZAÇÃO DO WHATSAPP PARA O ENSINO DE MATRIZES:UM ESTUDO DE CASO
NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS ............................................................................. 61
RESUMO ................................................................................................................................. 61
ABSTRACT:.............................................................................................................................. 62
3.1.

INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 63

3.2.

REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................................. 65

3.2.1.

Educação de Jovens e Adultos no Brasil..................................................................... 65

3.2.3.

MATRIZES NO CONTEXTO DOS LIVROS DIDÁTICOS .................................................... 73

3.2.4.

Interação e Interatividade ........................................................................................ 79

3.2.5.

Aprendizagem Ubíqua .............................................................................................. 81

3.3.

METODOLOGIA ............................................................................................................ 83

3.3.1.

O Estudo de Caso...................................................................................................... 83

3.3.2.

Cenário da Pesquisa ................................................................................................. 85

3.3.4.

Funcionamento, Interação e Interatividade da FerramentaMatEJAZap ...................... 90

3.4.

RESULTADOS E DISCUSSÕES ....................................................................................... 102

3.4.1.

Autoavaliação ........................................................................................................ 106

3.5.

CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................. 108

3.6.

REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 110

4.

CONSIDERAÇÕES GERAIS ............................................................................................... 114

5.

REFERÊNCIAS GERAIS........................................................................................................112

6.

APÊNDICE.........................................................................................................................123

6.1. APÊNDICE - CONTEÚDO - MATRIZES..................................................................................123
6.2. APÊNDICE - ATIVIDADE - MATRIZES...................................................................................124
6.3. APÊNDICE - ATIVIDADE - MATRIZES...................................................................................125
6.4. APÊNDICE - PRODUTO EDUCACIONAL................................................................................126

1.

INTRODUÇÃO
A estrutura da dissertação é composta por três seções norteadoras, a primeira

seção, a Introdução, e as outras são artigos para publicações, assim discriminados:
seção 2 - A utilização do WhatsApp para ensino de matrizes: um estudo de caso na
Educação de Jovens e Adultos, e seção 3 - Ferramenta MatEJAZap como estratégia
do Ensino de Matemática.
Pesquisando vários autores, tais como: Flick, Freire, Moran, Pereira, Santaella,
Trip, Valente dentre outros, conforme apresentado na pesquisa, o trabalho foi
desenvolvido utilizando a ferramenta MatEJAZap. Essa ferramenta recebeu o nome
de MatEJAZap, devido a utilização da área do conhecimento de Matemática, por isso
o “Mat”, como é utilizado na modalidade de ensino da Educação de Jovens e Adultos
“EJA” e por usar o aplicativo WhatsApp, que popularmente é usado a expressão
“ZAP”, assim, foi intitulado com esse nome. É utilizada por meio do aplicativo
WhatsApp.
A primeira seção apresenta a problematização e objetivos da pesquisa que
neste sentido, investiga a contribuição e o uso do aplicativo WhatsApp no processo
de ensino e aprendizagem com a utilização da ferramenta MatEJAZap na Educação
de Jovens e Adultos (EJA) no estudo de Matrizes. Também, nessa seção,

a

organização da dissertação (Multipaper) tem uma estrutura com uma sequência de
capítulos, sendo uma coletânea de artigos publicáveis, e estes podem ser uma
colaboração com vários autores e que até o ato da defesa. Os artigos estão prontos
para submissão ou já foram submetidos ou aceitos para publicação.
A segunda seção que é o primeiro artigo, intitulado a utilização do WhatsApp
para o ensino de Matrizes: um estudo de caso na educação de jovens e adultos,
apresenta a utilização do WhatsApp para trabalhar o conteúdo de Matrizes na área de
conhecimento de Matemática, mediante as condições que a ferramenta MatEJAZap
possibilita no ensino e aprendizagem dos estudantes, por umaconcepção que faz com
que o professor-pesquisador tenha uma maior interação e

interatividade,

desenvolvendo assim uma matemática mais voltada para a modalidadede ensino da
Educação de Jovens e Adultos.
A terceira seção que é o segundo artigo, intitulado Ferramenta MatEJAZap
como estratégia no ensino de Matemática, demonstra a utilização do aplicativo
WhatsApp com a ferramenta MatEJAZap como estratégia de ensino de matemática
18

como possibilidade de promover o ensino e a aprendizagem dos estudantes, no
qual as interações que venham a ocorrer possam contribuir de forma a favorecer
as futuras ações pedagógicas com o uso do WhatsApp. Para essa pesquisa, optamos
por uma metodologia mista de cunho quali-quantitativa da pesquisa-ação que surgiu
da necessidade de superar a lacuna entre teoria e prática.

1.1.

Problematização e Objetivos da Pesquisa
Há muitos recursos didáticos que podem fazer a diferença no desenvolvimento

de uma aula de Matemática proveitosa, de forma que o professor assuma nova
postura e estratégias de ensino. Os recursos que o professor de Matemática pode
utilizar em sala de aula, enfatizam que o professor deve dar o primeiro passo, sendo
pesquisador, procurando novas estratégias e utilizando recursos que muitas vezes
estão ao alcance dos alunos, tais como: calculadora, computador, smartphone, redes
sociais, resolução de problemas e jogos, entre outros.
Da mesma forma, a organização do espaço, do tempo, o número de alunos
que compõe cada turma e os objetivos do ensino podem trazer mudanças
significativas para as maneiras como professores e alunos irão utilizar as
tecnologias em suas aulas. A escolha de determinado tipo de tecnologia
altera profundamente a natureza do processo educacional e a comunicação
entre os participantes (MORAN, 2007, p. 45).

Muitas são as dificuldades que o professor de Matemática encontra desde
sua formação, sua prática de ensino, os recursos utilizados nas aplicações em sala
de aula e os instrumentos utilizados na avaliação da aprendizagem no ensino de
Matemática.
... o avanço das tecnologias e o seu domínio técnico-pedagógico propiciam a
criação de espaço e atividades novos dentro da escola, que convivem com
os tradicionais: utiliza-se mais o vídeo, para tornar as aulas mais
interessantes; desenvolvem-se alguns projetos na internet, nos laboratórios
de informática (MORAN, 2007, p. 91).

É imprescindível que o professor tenha um profundo conhecimento do conteúdo
que trabalhará e que mantenha sempre a interação com o aluno, questionando seus
resultados, interpretando seu raciocínio e aproveitando os erros como forma de
explorar os conceitos que não ficaram explícitos. Sendo assim, o professor adotará
uma postura de facilitador entre o aluno e a construção do seu conhecimento mediante
o uso da tecnologia em sua aprendizagem. Entre tantas opções de ferramentas
disponíveis na rede, as videoaulas, são um bom exemplo disso, além dos grupos
19

criados nas redes sociais que além de privilegiar a interação social, facilita também a
aprendizagem de forma significativa e atrativa para nossos educandos.
Considerando o momento atual com a pandemia que assola o mundo, tornouse essencial buscar novas formas de facilitar o processo de ensino e aprendizagem e
isso foi um fator preponderante na escolha da temática para a pesquisa que apresenta
as seguintes problemáticas: a ferramenta MatEJAZap auxilia na interação com o
professor, facilitando a aprendizagem no ensino de matemática na educação de
jovens e adultos do ensino médio? E, ainda, a utilização do whatsapp, por meio da
ferramenta intitulada MatEJAZap, favorece o ensino e aprendizagem de matrizes?
Nesse sentido, temos por objetivo neste estudo de investigar as contribuições
do uso do aplicativo WhatsApp no processo de ensino e aprendizagem de matemática
com a utilização da ferramenta MatEJAZap na Educação de Jovens e Adultos do
Ensino Médio, no estudo de Matrizes.
Assim, podemos expor a trajetória da Educação de Jovens e Adultos no Brasil
e no Estado de Alagoas; apresentar as repercussões do uso das redes sociais com
enfoque na educação de forma colaborativa; discutir o estudo de Matrizes a partir da
Resolução de Problemas, utilizando como ferramenta Whatsapp; analisar, através da
metodologia de estudo de caso, o desenvolvimento dos alunos através da ferramenta
WhatsApp e utilizar o WhatsApp para trabalhar o conteúdo de Matrizes na área de
conhecimento de Matemática, mediante as condições que a ferramenta MatEJAZap
possibilita no ensino e aprendizagem dos estudantes, por uma concepção que faz
com que o professor-pesquisador tenha uma maior interação e interatividade,
desenvolvendo, assim, uma matemática mais voltada para a modalidade de ensino da
Educação de Jovens e Adultos.
A partir da discussão dos processos de envio e atendimento de informação, que
sugere uma relação entre pessoas nos smartphones, pode-se entender que as mídias
favorecem o ensino e aprendizagem do aluno, a partir de um trabalho no qual os
atores principais professores e alunos, sejam próximos, mesmo estando em espaços
virtuais.
Tal aspecto pode facilitar a interação e a uma participação maior em tempo real,
seja de um trabalho realizado em grupos e/ ou individual de uma investigaçãosobre
tema discutido em sala de aula, sendo assim uma forma colaborativa. Todosvão tendo
acesso à informação e várias referências, e vão construindo o conhecimento, sejam
20

através de textos, áudio e vídeos.
1.2.

Organização da Dissertação (Multipaper)
O texto e/ou apresentação de um estudo no ramo acadêmico, pode ser

realizado através de uma Monografia de final de curso de Graduação, conhecido como
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) que segundo Costa (2014, p.3):
A monografia é um relato acerca de um estudo sobre um tema específico e
deve demonstrar que o/a autor/a realizou uma razoável revisão bibliográfica
e que obedeceu a uma metodologia de pesquisa. Deve apontar, com clareza,
o problema e os objetivos da pesquisa, além de uma revisão teórica, os
resultados e conclusões.

Pode ser uma Dissertação, que possui um maior rigor acadêmico para o
Mestrado e que segundo Costa (2014) tem que apresentar clareza e objetividade, o
problema e os objetivos da pesquisa, sendo um estudo mais amplo.
E por final, no Doutorado, uma Tese, que deve ser apresentada com
características peculiares, tais como: originalidade, criatividade e uma fundamentação
teórica ampla.
Considerando a Dissertação e a Tese, sua estrutura de modo geral é composta
por uma sequência de capítulos, sendo considerado o formato utilizado por muitas
universidades e instituições de Ensino Superior. A sua estrutura é composta por:
Introdução, Revisão de Literatura, Metodologia, Resultados e Discussões e
Considerações finais.
Esse formato por capítulos em sequência, considerado o modo tradicional,
segundo Costa (2014), surgiu na Alemanha, sendo exportado para o Brasil no século
XIX e teve poucas mudanças para os dias atuais.
Inerente ao movimento de trazer à vista está a escolha por um modo de dizer
que se constitui particular a cada pesquisador, alinhado à perspectiva de
pesquisa que assume e as diferentes possibilidades de formato para
publicação que se abrem dos regulamentos dos programas de pósgraduação stricto sensu aos quais estão vinculados. Nos programas
brasileiros, por exemplo, dois formatos se destacam: o monográfico ou
tradicional e o Multipaper ou formato alternativo. (MUTTI; KLÜBER, 2018,
p.3).

O formato Multipaper foi introduzido no Reino Unido na década de 1960 e, logo
depois, para os Estados Unidos. Hoje, ele é adotado em vários países, mas de forma
lenta e em diversas áreas de estudos.
O formato Multipaper Segundo Mutti; Klüber (2018), refere-se à apresentação
de uma dissertação ou tese como uma coletânea de artigos publicáveis,
21

acompanhados, ou não, de um capítulo introdutório e de considerações finais.
O corpo da Dissertação ou da Tese toma a forma de uma combinação de
artigos de pesquisa(s). Como afirma Costa (2018), esses artigos podem ser em
colaboração com vários autores e podem ser provenientes de vários estudos
diferentes.
Segundo Costa (2018, p. 4), as principais características desse formato de
artigo são:
Que cada artigo tem suas próprias características de individualidade. Isto
significa que cada artigo terá seu próprio objetivo, revisão da literatura,
método de pesquisa, resultados, discussões e conclusões, de maneira que
ele possa ser submetido e aprovado em um periódico acadêmico
independentemente dos demais artigos, ou baseado nos resultados parciais
obtidos no artigo anterior.

Uma das exigências que constam nos documentos dos programas de pósgraduação, segundo MUTTI; KLÜBER (2018), é de que o texto das dissertações e
teses no formato Multipaper possuam até o ato da defesa, respectivamente e no
mínimo, 1 artigo e 2 artigos prontos para submissão, já submetidos ou aceitos para
publicação em periódicos com Qualis A1, A2, B1 ou B2.
Outra exigência expressa nas unidades é a de que os artigos que constituirão
as dissertações e teses sejam submetidos ou publicados durante o período
do mestrado ou doutorado, sendo que ao menos um deles deve ser de autoria
exclusiva do aluno e orientador, podendo os demais possuir um número maior de
coautores. (MUTTI; KLÜBER, 2018, p. 8).

Há uma orientação para que os artigos sejam organizados de acordo com as
diretrizes propostas pelos periódicos aos quais serão submetidos, podendo, inclusive,
ser publicados em outros idiomas além do Português.
Os artigos, segundo Costa (2018), podem ser horizontais, uma vez que cada
artigo abordaria o mesmo problema, embora com perspectivas diferentes ou verticais
sequenciais, pois abordaria um novo problema, comum em cada artigo.
Os trabalhos Multipaper estão prontos para alcançar um grande número de
leitores, porque o trabalho será divulgado para um público maior, pois tem a clareza
na sequência dos artigos e os objetivos estão explanados de forma clara.
A análise mais aprofundada das categorias revela, entretanto, que a decisão
de aceitar ou não o formato Multipaper, pode estar associada a algo mais do
que questões meramente estéticas ou burocráticas, evidenciando, para além
disso, particularidades concernentes ao modo como as instituições e
programas compreendem o processo de construção de uma dissertação ou
tese e a própria pesquisa. (MUTTI; KLÜBER, 2018, p. 10).

O argumento que ainda tem um longo caminho a ser percorrido para que o
22

formato Multipaper possa ser considerado como uma possibilidade para as pesquisas.
Além de nos investigarmos sobre como deve ser composta uma tese ou dissertação
Multipaper.
Esta é uma dissertação Multipaper composta por dois artigos. O Artigo I, com
o título Ferramenta Matejazap como Estratégia no Ensino de Matemática, aceito
para publicação na Revista de Ensino de Ciências e Matemática (RENCIMA), no dia
16 de outubro de 2021,

demonstra a utilização do aplicativo WhatsApp com a

ferramenta MatEJAZap, sendo uma estratégia de ensino de matemática como
possibilidade de promover o ensino e a aprendizagem dos estudantes, no qual as
interações que venham a ocorrer possam contribuir de forma a favorecer as futuras
ações pedagógicas com o uso do WhatsApp. Para essa pesquisa, optamos por uma
metodologia mista de cunho quali-quantitativa da pesquisa-ação, que surgiu da
necessidade de superar a lacuna entre teoria e prática.
Houve um percurso metodológico que abrangeu a abordagem qualitativa,
utilizando o estudo de caso para tal fim e que apresentamos também uma
autoavaliação realizada pelos estudantes que está inserida dentro da ferramenta
MatEJAZap.
O artigo II, com o título A Utilização do Whatsapp para o Ensino de Matrizes:
um Estudo de Caso na Educação de Jovens E Adultos, aceito para publicação na
Revista Brasileira de Educação em Ciências e Educação Matemática (REBECEM) no
dia 23 de outubro de 2021, constitui-se em utilizar o WhatsApp para trabalhar o
conteúdo de Matrizes na área de conhecimento de Matemática, mediante as
condições que a ferramenta MatEJAZap possibilita no ensino e aprendizagem dos
estudantes, por uma concepção que faz com que o professor-pesquisador tenha uma
maior interação e interatividade, desenvolvendo assim uma matemática mais voltada
para a modalidade de ensino da Educação de Jovens e Adultos.
Como produto final, o artigo apresenta um guia de todo o processo de
construção da ferramenta MatEAZap e as possibilidades de ensino e aprendizagem,
trazendo todosos documentos e aplicativos utilizados durante todo o processo.

23

2. FERRAMENTA

MATEJAZAP

COMO

ESTRATÉGIA

NO

ENSINO

DE

MATEMÁTICA

RESUMO
Considerando o momento atual com a pandemia que assola o mundo, tornou-se essencial
buscar novas formas de facilitar o processo de ensino e aprendizagem e isso foi um fator
preponderante na escolha da temática para a pesquisa que apresentaa seguinte problemática:
analisar a criação e implementação da ferramenta MatEJAZap auxilia na interação com o
professor facilitando a aprendizagem no ensino de matemática na educação de jovense adultos
do ensino médio? Este trabalho tem como objetivo criar e implementar a ferramenta chamada
MatEJAZap como estratégia no ensino de matemática na educação de jovens e adultos –
EJA, tendo como possibilidade promover maior interação aluno-professor com fins de facilitar
a aprendizagem dos estudantes por meio de um artefato digital. Para essa pesquisa, optamos
por uma metodologia mista de cunho quali-quantitativa da pesquisa-ação, que surgiu da
necessidade de superara lacuna entre teoria e prática, tendo como características intervir na
prática de modoinovador no decorrer do próprio processo. Relatamos os resultados no uso da
ferramenta MatEJAZap, em uma escola pública do Ensino Médio na modalidade da Educação
deJovens e Adultos, com a turma do 3º período “C”, para verificar a eficácia da ferramenta em
envolver os estudantes nas aulas eatividades desenvolvidas na área de conhecimento de
matemática, avaliando aparticipação, interação com o professor, opinião sobre a importância
das atividades online e avaliação da ferramenta MatEJAZap. Também exploramos as opiniões
dos estudantes utilizando um questionário elaborado com o aplicativo Survey Monkey, noqual
fizemos indagações sobre aplicativos utilizados de forma educacional. Os resultados obtidos,
por meio dos questionários de múltipla escolha respondi/dos pelosalunos participantes da
pesquisa, revelam que na sua maioria a ferramenta enriquecea interatividade e possibilita o
aprendizado dos estudantes, com o alcance de um engajamento maior, na motivação e na
melhoria da experiência de ensino e aprendizado. Dessa forma, consideramos que a
aplicação da ferramenta MatEJAZap com o aplicativo WhatsApp está relacionada a uma
metodologia ativa capaz de facilitar a construção do conhecimento.
Palavras-chaves: MatEJAZap; Ensino e aprendizagem; Artefatos digitais; Educação de
Jovens e Adultos.

24

ABSTRACT
Considering the current moment with the pandemic that devastates the world, it became
essential to seek new ways to facilitate the teaching and learning process and this was a major
factor in choosing the theme for the research that presents the following problem: analyzing
creation and Does the implementation of the MatEJAZap tool help in the interaction with the
teacher, facilitating learning in the teaching of mathematics in the education of young people
and adults in high school? This work aims to create and implement the tool called MatEJAZap
as a strategy for teaching mathematics in youth and adult education - EJA, with the possibility
of promoting greater student-teacher interaction in order to facilitate student learning through
a digital artifact . For this research, we opted for a mixed qualitative-quantitative researchaction methodology, which arose from the need to overcome the gap between theory and
practice, having the characteristics of intervening in practice in an innovative way during the
process itself. We report the results of using the MatEJAZap tool, in a public high school in the
form of Youth and Adult Education, with the 3rd period class "C", to verify the effectiveness of
the tool in involving students in classes and activities developed in the area of knowledge of
mathematics, evaluating participation, interaction with the teacher, opinion on the importance
of online activities and evaluation of the MatEJAZap tool. We also explored student opinions
using a questionnaire designed with the Survey Monkey app, in which we asked questions
about apps used educationally. The results obtained through the multiple-choice
questionnaires answered by the students participating in the research reveal that, for the most
part, the tool enriches interactivity and enables students to learn, with greater engagement,
motivation and improvement in the teaching experience. and learning. Thus, we consider that
the application of the MatEJAZap tool with the WhatsApp application is related to an active
methodology capable of facilitating the construction of knowledge.
Keywords: MatEJAZap; Teaching and learning; Digital artifacts; Youth and Adult Education.

25

2.1.

INTRODUÇÃO

Vivemos em um tempo no qual as redes sociais movimentam muitas
informações,por meio de vários artefatos e smartphones de todos os tipos e utilidades
com variadostamanhos e portes, que permitem trocas de dados em tempo real. As
pessoas estão cada vez mais conectadas e as informações são repassadas de forma
mais rápida. Assim, as redes sociais se adequam perfeitamente às necessidades dos
indivíduos ao permitir a troca de mensagens, áudio, vídeo e documentos de forma
instantânea.
Considerando o momento atual, com a pandemia do coronavírus e a
necessidade de ministrar aulas apenas de forma remota durante muitos meses no ano
de 2020 bem como em 2021, a aplicação de uma metodologia com o uso de celular,
computador, aplicativos, foi o que aproximou o aluno da escola e dos professores e
buscar uma forma de interação maior no processo de ensino-aprendizagem se tornou
essencial nessa fase.
Temos várias opções de redes sociais, tais como: o Google Talk, também
conhecido por Hangout, Skype, Viber, Telegram, Facebook, Messenger, Instagram e
o WhatsApp. O nome do aplicativo WhatsApp tem origem na tradução simples do
termo “What’s up?”- que significa “o que se passa” ou “quais as novidades” (ALMEIDA,
2015).
Segundo o site oficial (www.whatsapp.com), o WhatsApp é um aplicativo de
mensagens multiplataforma que permite trocar mensagens pelo celular sem pagar por
SMS (serviço de mensagens curtas). Atualmente, está disponível para smartphones
dos seguintes modelos: iPhone, BlackBerry, Windows Phone, Android e Nokia.
Pensando no aplicativo WhatsApp como uma possibilidade de aprendizagem,
sendo uma rede social acessível para dispositivos móveis, nas possíveis formas de
trabalhar este aplicativo, associando com o pensamento nos artefatos digitais e no
grande crescimento de aplicativos voltados para educação e/ou usados com esse fim,
a prática pedagógica começa a ter várias perspectivas de possibilidades de
conhecimento, interação, reflexão e autonomia, o que pode trazer transformações nos
processos de ensino e aprendizagem.
O professor pode ter uma associação dos artefatos digitais e sua postura se
articula mediante o descobrimento de uma nova forma de ensinar e uma nova forma
26

de aprender, ou seja, inicia-se uma busca constante de descobertas e uma nova
configuração nas concepções de ensino e aprendizagem.
A investigação aqui descrita está organizada metodologicamente com uma
abordagem qualitativa, que contempla estudos investigativos que valorizam a
comunidade e a interação existentes entre todos os aspectos, tendo diferentes
perspectivas na forma de ensinar e aprender. Foi utilizada a pesquisa-ação, tendo
como instrumento a ferramenta MatEJAZap que tem como base o aplicativo
WhatsApp, tendo sido utilizada a observação dos participantes como estratégia de
pesquisa. Assim, apresenta a seguinte problemática: A ferramenta MatEJAZap auxilia
na interação com o professor facilitando a aprendizagem no ensinode matemática na
educação de jovens e adultos do ensino médio?
Este trabalho tem como objetivo criar e implementar a ferramenta chamada
MatEJAZap como estratégia no ensino de matemática na Educação de Jovens e
Adultos – EJA, tendo como possibilidade promover maior interação aluno-professor
com fins de facilitar a aprendizagem dos estudantes por meio de um artefato digital,
no qual as interações que venham a ocorrer possam contribuir de forma a favorecer
as futuras ações pedagógicas com o uso do WhatsApp.
A aprendizagem através dessa ferramenta, que tem sua inserção em um
ambiente de tecnologia, vem acompanhada na relação de interação entre professor e
estudante favorecendo assim o melhor desenvolvimento das atividades propostas.

2.2.

REFERENCIAL TEÓRICO

2.2.1. Redes Sociais – Um Breve Histórico
Redes Sociais são estruturas dinâmicas e complexas formadas por pessoas
com valores e/ou objetivos em comum, interligadas de forma horizontal e
predominantemente descentralizada. As redes sociais têm sido utilizadas por muitos
especialistas, cientistas da informação e pesquisadores de várias áreas para explicar
uma série de acontecimentos diferenciados por troca intensiva de informação e

27

conhecimento entre os indivíduos.
A informação e o conhecimento estão em todas as esferas e áreas, são
considerados essenciais tanto do ponto de vista acadêmico quanto
profissional e, quando transformados pelas ações dos indivíduos, tornam-se
competências valorizadas, gerando benefícios sociais e econômicos que
estimulam o desenvolvimento e são, ainda, recursos fundamentais para
formação e manutenção das redes sociais. (TOMAÉL; ALCARÁ; CHIARA;
2005, p. 93).

O poder que a tecnologia possibilita no acesso às informações, passa a
desempenhar uma função enorme nos artefatos digitais, que, em geral, atuam como
conectores entre diferentes redes. Outros conceitos gerais sobre redes sociais é que
ela assume diferentes formatos e níveis de protocolos; podem surgir vários objetivos,
seja cultural, social, econômico e/ou geográficos; são baseadas em comunicação e
interações de suporte tecnológicos.
O termo rede tem origem etimológica no vocabulário latim rete e assume nos
dias atuais diversos significados. Pode significar espécie de malha formada por um
entrelaçado de fios; cordas; artefato para fins de apresamento ou retenção do animal
desejado; conjunto de pessoas, estabelecimentos ou organizações que trabalham
comunicando entre si e sistema interligado de meios de comunicação; sistema
interligado de computadores e seus periféricos. O conceito de rede deste século nãoé
o mesmo, mas traz outros significados voltados para a era da tecnologia.
Segundo Lucena e Oliveira (2017, p. 35),
O desenvolvimento tanto dos Apps quanto dos softwares sociais iniciaram a
partir dos anos 2000 e ganhou popularidade entre os utilizadores dos
smartphones e demais dispositivos móveis. Atualmente existem Apps para
várias funções, tais como: previsão do tempo, jogos, mapas, GPS, emissão
de bilhetes de viagem, compra de ingressos, cuidados com a saúde,
habilidades esportivas, moda, aplicações financeiras, comunicação e
educação.

Iremos descrever um breve histórico das redes sociais, e muitas delas serviram
de base para nossa pesquisa, então vamos nos remeter a década de 1990, mais
precisamente em 1995, com o surgimento do ClassMates, considerada a primeira
rede social que foi utilizada nos Estados Unidos e Canadá, que tinha como propósito
reencontrar amigos que em algum momento da vida estudaram juntos, em algum
momento da vida. Vale ressaltar que o serviço era pago, tinha um layout simples e
fazia sucesso online.
Em 2002, surgiu a Friendster, baseada na técnica de círculo de amigos, tendo
como seu criador Jonathan Abrams, Califórnia – Estados Unidos. A rede social fez
grande sucesso, chegando até três milhões de usuários e recebeu uma proposta da
28

Google de US$ 30 milhões, que foi recusada. Depois da chegada de muitos
concorrentes, e sem recurso a empresa teve que fechar as portas.
O My Space foi criado em 2003 e em um tempo inacreditável de dez dias, tendo
como ponto principal os recursos multimídias das redes sociais, tipo: músicas, fotos e
blog. Em 2004 já tinham ultrapassado a Friendster se tornando a mais popular da
época. No mesmo período, em 2003, surge a Linkedin, com uma proposta diferente
de rede social, que é voltada para contatos profissionais. Existe até hoje e é voltado
apenas para um determinado público.
Com a Web 2.0 em alta, surgem duas redes sociais de relacionamento e que
são as mais famosas. O Orkut teve seu início em 2004 e foi criado por um engenheiro
turco que teve como seu público-alvo os norte-americanos. Sua popularização
aconteceu nos países emergentes, como Índia e Brasil, no início só poderiam usar
pessoas convidadas. Logo em seguida foi liberado para todos, com layout na cor azul,
sua grande inovação foram as comunidades, além de ter perfis e álbuns de fotos.
Surgiu interesse de outras empresas e, em seguida, a Google comprou, tornou-se a
febre do momento e teve diversas formulações, ganhando temas diversos, um espaço
maior de armazenamento, a integração de bate-papo e uma alimentação de notícias
na tela principal.
O Facebook foi criado por Mark Zuckerberg e amigos universitários. No início,
funcionava para uso interno, mas o serviço se expandiu, sendo hoje a maior rede
social do mundo. Em 2006, foi liberado o acesso para maiores de 13 anos, hoje conta
com mais de 900 milhões de usuários e já foi até tema de filme, que retrata o início de
tudo e da batalha judicial que envolveu a rede social. É a companhia que mais vendeu
ações no mundo e umas das mais bem sucedidas. Suas principais ações são: feed
de notícias, localização onde o usuário encontra álbuns de fotos, tendo um limite de
200 fotos, games e serviços. Além de dominar o mercado, sempre estálançando várias
novas ferramentas.
O Twitter, uma inovação que funciona com 140 caracteres para mensagens,
surgiu em 2006, mas só foi popularizado em 2008, modificou todo o conceito de rede
social e é uma espécie de microblog, no qual o indivíduo pode seguir quem ele tem
interesse. É uma das redes sociais preferidas de celebridades, noticiários, blogueiros e
usuários. Atualmente possui 400 milhões de usuários e é um dos pilares da Web 2.0.

29

O WhatsApp foi criado por Jan Koum e Brian Actions, trabalhou no Yahoo
durante 20 anos. Surgiu como uma alternativa de possibilitar os diversos usos de
mídias, tais como: fotos, vídeos, documentos, localização, chamada de voz, entre
outros. Em 2014, juntou-se ao Facebook, mas continuou atuando como um aplicativo
independente. O WhatsApp é gratuito e está disponível em mais de 180 países com
cerca de mais de um bilhão de usuários. Tem como significado um trocadilho usado
muito em inglês da frase “What’s Up” que significa “o que está havendo” ou “o que
está rolando”. Para aproveitarem a sonoridade da palavra “app” que soa similar a “up”
e é abreviação de “Application program” (aplicativo).
Além do Twitter, nos anos 2000 surgiram outras redes sociais, como Tumblr,
que é um espécie de blog que é possível criarem perfis a seguir seus amigos. O Flickr,
que funciona como um Fotolog moderno e o Instagram, que com suas fotos eseus
filtros. O Pinterest, faz o maior sucesso, considerado um dos que vem crescendo em
todo mundo. Mas a Google resolveu lançar o Google+ ou também conhecido como
Google Plus, muitos usuários criaram contas com uma grandeexpectativa no serviço,
mas seu principal concorrente, o Facebook, está entre os preferidos das redes sociais.
O Google segue seu investimento adicionandoà página muitas novidades, entre elas
o serviço hangouts.
Hoje, é comum ver várias pessoas conectadas, seja para ver notícias,
atualização de status ou apenas por um lazer. A cada dia surgem novidades e o
mercado tende a crescer mais. Vale ressaltar que estamos na era das redes sociais.
As tecnologias apontadas pela telemática estão definitivamente
revolucionando as comunicações. Os exemplos são evidentes nas indústrias
culturais, na multimídia, na televisão (interativa, digital, por cabo e de alta
definição), nos aparelhos celulares e em todas as interações das mídias
disponíveis. Toda essa convergência midiática é uma realidade presente nos
dias de hoje e acontece, também, nos processos comunicativos das
organizações. Uma das forças dessa sociedade midiática é a web – rede
mundial de computadores. (KUNSCH; MARGARIDA; 2007, p.42).

A produção acadêmica passou a ter uma ampla possibilidade com o advento
da Web 2.0, pois as pessoas passaram a ser um potencial de produção de conteúdos
disponíveis em organização. A escrita ganhou um novo olhar e muitos assuntos são
discutidos em redes sociais, passando a ter novos espaços de interação, ganhando
mobilidade, rapidez e muitas vezes agilidade na disseminação de muitos dispositivos
móveis encontrados nos dias atuais.

30

2.2.2. Redes Sociais e o Ensino
Atualmente, muitas são as redes sociais disponíveis, muitas delas sãoutilizadas
no ensino e/ou em práticas pedagógicas, criando um novo espaço e em especial um
novo olhar na escrita científica, possui uma funcionalidade na forma da comunicação,
dependendo da sua aplicação e conexão de acesso a internet.
Estes novos artefatos proporcionam uma maneira peculiar de interagir com o
mundo, com os conteúdos, com os professores e com outros estudantes,
apesar de não existirem dados empíricos suficientes que corroborem com
essa afirmação. Esta interação é realizada de forma colaborativa, com o uso
de tecnologias conectadas que possibilitam a ubiquidade e a mobilidade,
como também o compartilhamento de arquivos de forma mais rápida.
(PIMENTEL, 2017, p.22).

Tem sido desafiador pensar nos processos de ensino e aprendizagem, porque
cada vez mais as práticas pedagógicas não estão tendo uma articulação na vida dos
professores e também dos estudantes. Assim, existe uma disputa para que o
professor tenha a atenção dos estudantes com as tecnologias e as novas mídias.
O que queremos mostrar é que o computador não vai, por si só, modificar a
concepção de aprendizagem das escolas, uma vez que ele pode ser usado
para lidar com diversas situações. E é aí que está uma das vantagens de se
usar o computador em sala de aula. Cada momento da situação de
aprendizagem requer uma estratégia diferente, e o computador pode ser útil
em várias ocasiões, bastando para isso que o professor planeje atividades
mais dirigidas, ou menos, conforme o momento. (COSCARELLI e RIBEIRO,
2005, p.27).

A maioria dos professores tem enfrentado o uso dos artefatos digitais, entre
eles o smartphone, quase que diariamente, os estudantes ficam conectados e assim
se distraem na sala de aula. Esse enfrentamento tem que vir coma integração desses
artefatos como um recurso para facilitar o ensino e aprendizagem.
Na contemporaneidade, envolver o estudante ativamente nas tarefas
pertinentes ao processo de construção colaborativa de sua aprendizagem;
exige do professor uma mudança de papel – passando a ser um mediadorfacilitador. Dessa maneira, os dispositivos móveis estão deixando de ser os
vilões para se tornar importantes aliados nos processos de ensino e de
aprendizagem. (ALVES; PORTO; 2019, p. 15).

A Internet vem oferecendo várias oportunidades para colaboração e
comunicação que envolve os estudantes, seja de maneira a estimular ou não, já que
a tecnologia está cada vez mais móvel, visualizarmos desta forma um estudante
digital, não importando onde ele esteja e tendo acesso a diversos aplicativos, e uma
infinidade de ferramentas

que

poderão

ajudar

a

aprender

e

fazer

o

compartilhamento deconhecimento.
31

Segundo ALVES; PORTO (2019, p. 37),
Há uma tendência, cada vez mais, pujante de inserção dos dispositivos
móveis, aplicativos e sites de redes sociais digitais junto aos professores
educativos contemporâneos; como um recurso estratégico voltado para uma
ação pedagógica personalizada e diferenciada das abordagens tradicionais.

Em sua maioria, a escola não considera o contexto da vida atualno que diz
respeito a seus objetivos e métodos, que não estão em consonância com as diferentes
formas de aprender e de ensinar. Deixando de cumprir seu papel social , a escola não
pode ignorar os artefatos digitais e muito menos falar uma linguagem distorcida no
qual está inserido os estudantes.
A utilização da internet na educação faz acreditar numa nova dimensão
cognitiva e social na relação de ensino e aprendizagem. No ensino porqueo
docente terá novos recursos para tornar sua aula mais atrativa eparticipativa,
e na aprendizagem pela oportunidade que os alunos terão de buscar novas
fontes e espaços para a construção do conhecimento. "A aprendizagem é,
sem dúvida, um processo complexo que envolve fatores sensório-motores,
neurológicos, afetivos, emocionais, linguísticos, cognitivos, comportamentais,
ambientais e interacionistas”. (SANTAELLA,2013, p. 289).

Tudo está muito acelerado e mudam muito rápido, valores se desfazem e/ou
os indivíduos trazem em sua bagagem o contexto social que por si só tem várias
implicações. A participação deles na busca de informações é cada vez mais
questionadora, fazendo intervenções e agindo de forma autônoma, tanto na
apropriação das novas ferramentas tecnológicas, como também na aprendizagem.
No contexto da sociedade que vivemos, a mudança pedagógica significativa e
as exigências estão sendo maiores com relação aos professores, pois com a inserção
dos artefatos digitais, se exige uma nova forma de ampliar suas possibilidades de
interação com o mundo que o cerca e com isso mudar a sua práticaem sala de aula.
Segundo Lucena e Oliveira (2017, p.35),
O desenvolvimento tanto dos Apps quanto dos softwares sociais iniciaram a
partir dos anos 2000 e ganhou popularidade entre os utilizadores dos
smartphones e demais dispositivos móveis. Atualmente existem Apps para
várias funções, tais como: previsão do tempo, jogos, mapas, GPS, emissão
de bilhetes de viagem, compras de ingressos, cuidados com saúde,
habilidades esportivas, moda, aplicação financeiras, comunicação e
educação.

Atualmente muitas são as redes sociais disponíveis, algumas delas são utilizadas
no ensino e/ou em práticas pedagógicas, criando um novo espaço e em especial um
novo olhar na escrita científica voltada para uma maior funcionalidade na forma da
comunicação, dependendo da sua aplicação e conexão de acesso a internet.
Assim, as redes sociais pode se tornar mais uma alternativa de comunicação,
32

escrita e aprendizagem, possibilitando que várias pessoas, em especial os
interessados no ensino, usem como uma maior abrangência. Podendo ser utilizada
em qualquer espaço, lugar e tempo, favorecendo assim o processo de ensino e
aprendizagem, promovendo a imersão do contexto digital e tecnológico,aproximando
quem participa do processo.
Desde os estudos clássicos de redes sociais até os mais recentes, concordase que não existe uma “teoria de redes sociais” e que o conceito pode ser
empregado com diversas teorias sociais, necessitando de dados empíricos
complementares, além da identificação dos elos e relações entre indivíduos.
A análise de redes pode ser aplicada no estudo de diferentes situações e
questões sociais. (MARTELETO, 2001, p.72).

A principal contribuição das redes sociais é possibilitar aos envolvidos no
processo, a criação de formas e métodos de uma comunicação de maior interação e
empregá-la tendo a certeza que todos serão protagonistas. Inovar, não é
necessariamente se apropriar da tecnologia, mas, precisar repensar e adaptar suas
atitudes, práticas, pensar e observar suas limitações com relação a tecnologia e em
especial as redes sociais.
Aprendemos por meio de processos organizados, junto com processos
abertos, informais. Aprendemos quando estamos com um professor e
aprendemos sozinhos, com colegas, com desconhecidos. Aprendemos de
modo intencional e de modo espontâneo, quando estudamos e também
quando nos divertimos [... todos somos aprendizes e mestres, consumidores
e produtores de informação (MORAN, 2015, p.28).

O ensino com redes sociais tem tido um bom significado no processo de ensino
e aprendizagem, por enquanto permite uma organização do ambiente no qual
acontece a aprendizagem por meio colaborativo, fortalecendo as interações do ensino,
tendo umadimensão lúdica no processo de ensino e aprendizagem, favorecendo a
liberdade decriação e autonomia.
A informação e o conhecimento estão em todas as esferas e áreas, são
consideradas essenciais tanto do ponto de vista acadêmico quanto
profissional e, quando transformadas pelas ações dos indivíduos, tornam-se
competências valorizadas, gerando benefícios sociais e econômicos que
estimulam o desenvolvimento e são, ainda, recursos fundamentais para
formação e manutenção das redes sociais. (TOMAÉL, 2005, p.93).

Vale ressaltar que o ensino ou qualquer outra área, deve ter seus objetivos
bem traçados, assim como destacar quais materiais serão utilizados, promovendo
uma reflexão sobre os temas abordados, fazendo com que os sujeitos envolvidos
produzam e sejam de alguma forma colaborativos.
Ficamos atentos aos questionamentos e dúvidas, dando orientações no
processo de ensino e aprendizagem, pois a rapidez, neste sentido, nas redes sociais,
33

podem ocasionar dificuldades, angústias e até mesmo falta de concentração. Por isso,
um bom planejamento e os objetivos sendo traçados de forma clara, requer uma
atenção maior dos envolvidos, tendo em vista que o foco principal é a aprendizagem.
Segundo TOMAÉL (2005, p.102),
As redes sociais influenciam tanto a difusão de inovações, quanto a
propagação da informação e do conhecimento que oportuniza o
desenvolvimento de inovações. A literatura nos permite inferir que as redes
sociais são recursos importantes para a inovação, em virtude de manterem
canais e fluxos de informação em que a confiança e o respeito entre atores
os aproximam e os levam ao compartilhamento de informações que incide no
conhecimento detido por eles, modificando e/ou ampliando-o.

Algumas áreas de ensino se caracterizam por manter uma postura tradicional
na sua estrutura, utilizando-se de aulas expositivas, não tendo assim uma associação
com prática e pouco uso das tecnologias digitais. Preparar o indivíduo, deve ser
também, agregar as tecnologias, no nosso contexto dos artefatos digitais, fazer com
que o estudante fique mais próximo da produção científica num cenário de mobilidade,
interação e colaboração, contribuindo, assim, no desenvolvimento de competências e
habilidades que favoreçam a aprendizagem e que ela seja significativa. Para Valente
(2007, p. 38):
[...] o processo ensino-aprendizagem deve incorporar cada vez mais o uso
das tecnologias digitais para que os alunos e os educadores possam
manipular e aprender a ler, escrever e expressar-se usando novas
modalidades e meios de comunicação, procurando atingir o nível de
letramento.

Do ponto de vista educacional os artefatos digitais, em particular o uso do
smartphone com WhatsApp, está conquistando muito espaço, provocando assim uma
mudança na prática pedagógica do professor, proporcionando um espaço de
construção de conhecimento, sendo possível a sua utilização em sala de aula de
maneira a contribuir com as metodologias utilizadas.
O desafio de fazer pesquisa em Educação e tecnologias móveis no remete a
reflexões sobre as possibilidades e potencialidades que esse binário possui
para produzir significados nos processos de ensino e de aprendizagem
relativo às mudanças curriculares, buscando encarar desafios, numa
construção coletiva de conhecimento científico. (PORTO; OLIVEIRA;
CHAGAS; 2017, p. 218).

34

O aplicativo torna-se um importante meio para favorecer a aprendizagem de
forma colaborativa e significativa, sendo um espaço para ampliar o ensino e a
aprendizagem, a interação entre professores e estudantes tornar-se visível por meio
da tecnologia móvel sob as trocas de mensagens entre outras situações mencionadas
ao longo do processo educativo.

2.2.3. Aprendizagem por Intermédio do Whatsapp
Atualmente, uma boa parte dos estudantes já possui um aparelho celular
(smartphone) com possibilidades de acesso à Internet e na sua maioria com o
aplicativo WhatsApp. O aplicativo tem grandes potencialidades e possui a capacidade
de explorar vários temas e todas as áreas do conhecimento. Na educação possibilita
experiências que permite interações ao professor e ao estudante, como compartilhar
vários tipos de informações.
Assim, a Internet oferece oportunidades para interação, colaboração e
comunicação entre os participantes de maneira que não tenha território marcado e
que seja ou não sincronizada. A tecnologia é cada vez mais móvel e digital tendo
ingresso a vários aplicativos, usando várias ferramentas que podem possibilitar o
aprendizado e compartilhamento do conhecimento, dentro e fora da sala de aula da
maneira que for conveniente e no ambiente que for propício e interessante para o
aprendizado.Percebe-se a possibilidade de ter um ação educativa com o aplicativo
WhatsApp em sala de aula sendo inserido no cotidiano escolar e não sendo visto como
o inimigo doprofessor.
Vejamos a seguir uma tabela com algumas das vantagens e desvantagens do
uso deste aplicativo na área educacional (ARAÚJO, BOTTENTUIT JUNIOR, 2015,
BOTTENTUIT JUNIOR, 2012; CARVALHO, 2015):

35

Tabela 1: Vantagens e desvantagens do uso do aplicativo WhatsApp na Educação.
VANTAGENS DO WHATSAPP
Interatividade e facilidade de acesso;

DESVANTAGENS DO WHATSAPP
Pode distrair ou desviar o foco de atenção
dosalunos;
Compartilhamento de conhecimento professor- Necessita de acesso à internet para
aluno e aluno-professor;
funcionar;
Possibilita
uma comunicação síncrona Os
alunos necessitam de telefones
eassíncrona;
maismodernos para utilizar a
ferramenta;
Permite um maior diálogo e problematização
de temas;
Ferramenta motivadora dentro e fora da sala
de aula;
Permite esclarecer dúvidas fora da sala de aula;
Permite compartilhar informações em
múltiplosformatos (texto, áudio, vídeo e
documentos).
Fonte: Araújo, Bottentuit (2015); Carvalho (2015)

Lemos (2008, p. 20), afirma que
A conectividade generalizada põe em contato direto homens e homens,
homens e máquinas mas também máquinas e máquinas que passam a trocar
informação de forma autônoma e independente. Nessa era da conexão o
tempo reduz-se ao tempo real e o espaço transforma-se em não espaço,
mesmo que por isso a importância do espaço real e do tempo cronológico,
que passa, tenham suas importâncias renovadas.

Existe a possibilidade de que cada vez mais os artefatos digitais, sites,
aplicativos, redes sociais, plataformas digitais, entre outros estejam sendo utilizados
nos processos de ensino e aprendizagem, sendo um recurso de intervenção
pedagógica e assim uma possibilidade de estratégias diferenciadas.
Dessa forma, possibilita ao indivíduo que está desenvolvendo as atividades se
envolvam cada vez mais e incorporem aos espaços de aprendizagem práticas
educativas significativas tendo uma dinâmica que ofereça possibilidades de ensino e
aprendizagem.Tem-se como destaque, nesse contexto, o aplicativo WhatsApp, por ter
uma variedade de recursos tecnológicos e pela facilidade de uso a partir do próprio
celular, contribuindo para a aproximação dos indivíduos em um contexto social.
Assim, o aplicativo torna-se um importante meio para propiciar a
aprendizagem colaborativa. Ele é visto como espaço de ampliar a
aprendizagem, cujo sistema permite divisão em pequenos grupos, repasse
de documentos necessários para o estudo dos alunos e acompanhamento
pelo professor ao longo do processo educativo. (PEREIRA, 2019, p.43).

Segundo Pereira (2019), existe uma possibilidade de aprendizagem pela
experiência do WhatsApp. No qual mostra na figura abaixo de como o aplicativo
permite um ensino e aprendizagem de forma colaborativa no compartilhamento de
conteúdo.
36

Figura 1: Possibilidade do WhatsApp como aplicativo multiplataforma.

Fonte: Pereira (2019, p. 45)

Segundo Alves e Porto (2019), a aprendizagem colaborativa não está ancorada
exclusivamente

nos

artefatos

tecnológicos,

mas

estes

têm

potencializado

oportunidades para que se criem espaços colaborativos de ensino e aprendizagem.
Segundo Moura e Carvalho (2009, p 24), “o trabalho colaborativo é condição
indispensável para a sua continuidade e construção do conhecimento entre os seus
intervenientes”. A possibilidade de interagir como colaborador eleva todos os
participantes da interação ao status de atores e autores nesse processo.
O aprender “em conjunto” pode ser interpretado de diversas maneiras, como
situações de aprendizagem presenciais ou virtuais, síncronas ou
assíncronas, esforço totalmente em conjunto ou com divisão de tarefas.
Assim sendo, a prática de aprendizagem colaborativa pode assumir múltiplas
caracterizações, podendo haver dinâmicas e resultados de aprendizagem
diferentes para cada contexto específico (TORRE; IRALA, 2014, p.65 ).

Deste modo,parte-se do princípio que a educação se dá em todos os espaços
humanos e as tecnologias contribuem para as mudanças de paradigmaem todos os
espaços de aprendizagem, as mídias locativas e tecnologias móveis adentram aos
espaços formais de instrução educativa, promovendo mudança no paradigma de
ensino e aprendizagem, transformando estes espaços, alterando aspectos culturais e
tradicionais, exigindo do agente formador adaptação ao paradigma convergente.

37

2.3.

METODOLOGIA

2.3.1. Caracterização da Pesquisa
Em consonância, optamos por uma pesquisa mista, predominantemente
qualitativa. A conjugação quali-quantitativa justifica-se pelas vantagens de articulação
qualitativa de dados descritivos, referentes ao problema em investigação, com
sustentação quantitativa de dados numéricos, utilizando tratamento estatístico.
Segundo Flick (2009, p.43), a base desta concepção é o insight lentamente
estabelecido de que os métodos qualitativos e quantitativos devem ser vistos como
campos que se complementam e não adversários.
Um estudo poderá incluir abordagens qualitativas e quantitativas em
diferentes fases do processo de pesquisa sem concentrar-se
necessariamente na redução de uma delas a uma categoria inferior ou em
definir a outra como sendo a verdadeira abordagem da pesquisa. (Flick, 2009,
43).

Para essa pesquisa optamos por uma metodologia de pesquisa-ação, que
surgiu da necessidade de superar a lacuna entre teoria e prática, tendo como
características intervir na prática de modo inovador no decorrer do próprio processo e
não apenas como possível consequência de uma recomendação na etapa final do
projeto.
Um dos principais objetivos dessas propostas consiste em dar aos
pesquisadores e grupos e de todas as pessoas ou grupos de participantes os
meios de se tornarem capazes de responder com maior eficiência aos
problemas da situação em que vivem, em particular sob a forma de diretrizes
de ação transformadora (THIOLLENT, 2002, p. 8).

Segundo Thiollent (2002), este tipo de pesquisa é atrativa por encontrar um
resultado específico e de forma próxima ao contexto do ensino e aprendizagem. Além
disso, a pesquisa-ação em sala de aula também se revela como um instrumento eficaz
para o desenvolvimento profissional dos professores e pesquisadores.
Além da área educacional, a pesquisa-ação pode ser aplicada em qualquer
ambiente de interação social que se caracterize por um problema, no qual estão
envolvidas pessoas, tarefas e procedimentos.
Na pesquisa-ação os pesquisadores desempenham um papel ativo no
equacionamento dos problemas encontrados, no acompanhamento e na
avaliação das ações desencadeadas em função dos problemas. Sem dúvida,
a pesquisa-ação exige uma estrutura de relação entre pesquisadores e
pessoas da situação investigada que seja de tipo participativo. (THIOLLENT,
2002, p. 15).
38

A pesquisa-ação é um instrumento valioso, a qual os professores podem
recorrer com o intuito de melhorarem o processo de ensino e aprendizagem, pelo
menos no ambiente em que atuam. Segundo Tripp (2005, p. 447), a questão é que a
pesquisa-ação requer ação tanto nas áreas da prática quanto da pesquisa, de modo
que, em maior ou menor medida, terá características tanto da prática rotineira quanto
da pesquisa científica.
De acordo com a tabela a seguir sobre a pesquisa-ação, apresentam-se suas
diferentes caracterizações:
Tabela 2: Onze (11) características da pesquisa-ação
Linha Prática rotineira
1
Habitual
2
Repetida
3
Reativa contingência
4
5
6
7
8
9
10
11

Pesquisa-ação
Pesquisa científica
Inovadora
Original/ financiada
Continua
Ocasional
Pro-ativa estrategicamente Metodologicamente conduzida

Individual
Participativa
Naturalista
Intervencionista
Não questionada
Problematizada
Com base na experiência Deliberada
Não-articulada
Documentada
Pragmática
Compreendida
Específica do contexto
Privada
Disseminada
Fonte: Tripp (2005, p. 447)

Colaborativa/ colegiada
Experimental
Contratual (negociada)
Discutida
Revisada pelos pares
Explicada/ teorizada
Generalizada
publicada

O processo de pesquisa deve tornar-se uma metodologia de aprendizagem
para todos os envolvidos, não havendo uma separação entre o objeto a ser estudado
e os pesquisadores. O pesquisador faz intervenções com a finalidade de verificar se
os procedimentos estão sendo eficazes.
A delimitação do campo de observação empírica, no qual se aplica o tema da
pesquisa, é objeto de discussão entre os interessados e os pesquisadores.
Uma pesquisa-ação pode abranger uma comunidade geograficamente
concentrada (favela) ou espalhada (camponeses). Em alguns casos, a
delimitação empírica é relacionada com um quadro de atuação, como no caso de
uma instituição, universidade, etc.. (THIOLLENT, 2002, p. 60-61).

A ferramenta MatEJAZap – foi pensada e criada para iniciar assuntos da área
de conhecimento da Matemática, mas sendo possível sua utilização por outras áreas de
conhecimento. Neste sentido, foi feita na turma do 3º Período da Educação de Jovens
e Adultos do Ensino Médio. Os estudantes tiveram apenas como pré- requisito os
conhecimentos nas operações básicas da matemática e dos conteúdosvisto por eles
no período anterior. Nesse contexto e seguindo o planejamento anuallda escola, foi
selecionado o conteúdo de Matrizes.

39

2.3.2. Sujeitos da Pesquisa
O estudo envolveu os alunos de uma das turmas do 3º Período da Educação
de Jovens e Adultos da Escola Estadual Ana Lins, escola de ensino médio de São
Miguel dos Campos, AL, a investigação ocorreu durante o primeiro semestre do
período letivo de 2020.
Os dados recolhidos para caracterizar os estudantes da turma são resultantes
do 1SAGEAL (Diário on-line), ferramenta de gestão da escola para fazer frequência,
colocar notas, descrever conteúdos e procedimentos metodológicos utilizados em sala
de aula.
Na escola existia três turmas de 3º períodos da EJA e a turma selecionada foi
a do 3 Período “C” , na qual lecionava e que, de acordo com planejamento,
enquadrava-se no conteúdo selecionado para a pesquisa. Constituída por 35
estudantes, sendo 13 do sexo masculino e 22 do sexo feminino, com idades entre 21
a 51 anos. Vale ressaltar que na EJA Médio todos os estudantes devem ser maiores
de idade de acordo com legislação:
Em 8 de outubro de 2008, por meio do Parecer CNE/CEB nº 23/2008, a
Câmara de Educação Básica definiu Diretrizes Operacionais para a
Educação de Jovens e Adultos – EJA, especificamente no que concerne aos
parâmetros de duração e idade dos cursos para a EJA; [...]O CNE relembra
as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação de Jovens e Adultos, em
que a idade inicial para matrícula nos cursos de EJA é a partir de 15 anos
para o ensino fundamental e a partir de 18 anos para o ensino médio, em
consonância com a disposição da LDB. (BRASIL, 2010, p. 2).
Tabela 3: Sujeitos da Pesquisa
Aluno
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12

Sexo
F
M
F
M
F
M
F
F
F
F
M
M

Idade
21
23
23
29
30
31
31
32
33
33
34
34

Aluno
Sexo
Idade
13
M
34
14
F
34
15
F
34
16
M
35
17
M
35
18
F
35
19
M
36
20
M
37
21
F
37
22
F
37
23
F
38
24
F
38
Fonte: Autoria Própria

Aluno
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35

Sexo
F
F
F
F
M
F
M
F
F
M
F

Idade
38
39
39
40
41
41
43
44
50
51
51

1

O SAGEAL é um software de gestão escolar desenvolvido a partir do Sistema Mineiro de Administração Escolar
(SIMADE), utilizado por todas as escolas da rede estadual do estado de Minas Gerais e criado pelo Centro de
Políticas e Avaliação da Educação (CAED) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Instituído através das
Portarias SEE Nº 525/2012, D.O.E. 30/05/2012; 408/2013, D.O.E. de 16/05/2013 e Nº 1.582/2014, publicada no
D.O.E. de 12/06/2014 como osistema oficial de gestão escolar da rede estadual de Alagoas, o SAGEAL visa o
gerenciamento da escola, possibilita o monitoramento de todo o processo educacional.

40

Conforme o Tabela 2, encontramos uma relativa heterogeneidade quanto à
idade e o sexo dos estudantes e acreditamos que todos tem a capacidade de estudar
o assunto abordado (Matrizes) e fazer uma ligação com o seu cotidiano através do da
ferramenta MatEJAZap.

2.3.3. A Ferramenta MatEJAZap
A ferramenta MatEJAZap recebeu esse nome devido a utilização da área de
conhecimento de Matemática, por isso o “Mat”, como é utilizado na modalidade de
ensino da Educação de Jovens e Adultos “EJA”, e por usar o aplicativo WhatsApp, que
popularmente é usado a expressão “ZAP”, assim, foi intitulado com esse nome.
Partiu da ideia de uma ferramenta chamada AprendiZap, que é uma plataforma
para estudantes do 6º ao 9º ano, criada para que os estudantes recebam conteúdos
e exercícios gratuitos no WhatsApp para estudar em casa.
É uma plataforma da fundação Ibi e tem o apoio de várias instituições, sendo
elas: Wavy, que é uma plataforma completa que viabiliza o envio de mensagens
através de diferentes canais como SMS, WhatsApp, RSC e mais; (APRENDIZAP,
2019) a Fundação Lemann, que realiza projetos ao lado de professores, gestores
escolares, secretarias de educação e governos por uma aprendizagem de qualidade
e também apoia centenas de talentos, lideranças e organizações que trabalham pela
transformação social; e a empresa imaginable futures, que está ajudando a construir
um futuro onde cada indivíduo tem a oportunidade de construir um futuro mais
brilhante, desde a educação infantil até a aprendizagem de adultos.
É uma ferramenta utilizada por meio do aplicativo WhatsApp de forma intuita,
no qual os estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA) do Ensino Médio
recebem conteúdos e atividades de forma gratuita dentro da própria conversa do
WhatsApp, tendo links que direcionam para vídeos e/ou arquivos em PDF.
Os estudantes tem acesso aos conteúdos referente a área de conhecimento de
Matemática de acordo com o planejamento inicial. O MatEJAZap não é uma
ferramenta feita pela escola, foi desenvolvida pelo professor pesquisador para área
de conhecimento de matemática, mas pode ser utilizado por qualquer outra área de
conhecimento.
Funciona enviando um “oi” para o número do WhatsApp (82) 99163-7672 e já se inicia
41

a interação com a ferramenta MatEJAZap, seguindo as istruções que aparecem no
WhatsApp.
Foi criado o primeiro esboço no papel, desenhando a logomarca da ferramenta
até chegar ao seu desenho final, na figura a seguir.
Figura 2: Logomarca MatEJAZap

Fonte: Autoria Própria

Logo após a criação da logomarca, iniciou-se a preparação das aulas e,
nesse processo, a busca de conteúdos, atividades e vídeos adequados para a
modalidade de ensino e de acordo com o período, no nosso caso, 3º período da EJA.
Após todos os materiais selecionados, se fez necessário a criação de um canal
no youtube para que os vídeos ficassem disponíveis para serem colocados na
ferramenta MatEJAZap e também ser acessível ao público acessar.
Para criação dessa ferramenta, fez-se necessário a utilização de três
aplicativos:
-

O primeiro, WhatsApp, que é o foco da nossa pesquisa e é uma ferramenta

que possibilita um ação educativa;
-

WhatsApp Business, que é dedicado ao uso empresarial para atendimento

eoferecimento de produtos e serviços;
-

E, por fim, o aplicativo Autoresponder, um aplicativo que cria respostas

automatizadas para qualquer mensagem do WhatsApp (ou WhatsApp Business).
O Autoresponder é o aplicativo onde são criadas todas as regras disponíveis
no qual o professor irá usar sua imaginação, criação e possibilidades de atividades
criadas para o fim educativo.

42

Figura 3: Painel de entrada do Aplicativo Autoresponder

Fonte: Autoria Própria

A investigação surgiu de uma ferramenta intitulada MatEJAZap cuja área de
conhecimento é Matemática e o conteúdo abordado foi Matrizes, que consta no
planejamento do semestre.
Os estudantes foram inseridos em uma linha de transmissão do aplicativo
WhatsApp, a partir da qual receberam orientações e o número da ferramenta
MatEJAZap.Com isso, tiveram seu primeiro acesso com a ferramenta, sendo bem
intuitiva e autoexplicativa. A tabela 4 mostra como se deu a estruturação da
ferramenta.
Tabela 4: Estrutura dos momentos
Momento Descrição
Duração Observação
0
Estudo em várias plataformas 1 semana Apesar de não ter nenhuma formação
(Google, Google Acadêmico e
em informática, tive a curiosidade de
YouTube)
e
aplicativos
conhecer como funcionam várias
(WhatsApp
Business,
ferramentas. Pesquisa realizada fora
Autoresponder e SurveyMonkey)
do espaço
escolar.
para a criação da ferramenta
MatEJAZap.
1

2

3

4

5

Solicitação dos contatos dos 1 aula
Contato
preferencialmente
doWhatsApp.
estudantes
através
de uma lista de
frequência
(Presencial);
Formação da linha de transmissão 1 aula
disponívelno aplicativo WhatsApp
dos estudantes da turma do 3º
período
aplicativo
Criação
da
ferramenta 1 semana O
MatEJAZap com utilização dos
Autoresponder para teracesso a
todas as suas
aplicativos WhatsApp Business e
ações tem um custo.
Autoresponder;
Aplicação da ferramenta
acordo com asistemática
1 semana De
MatEJAZap com osestudantes do
da escola.
3º período.
Recebia o questionário eaplicativo
Aplicação
de
questionário 1 aula
automaticamente produzas tabelas e
utilizando
o
aplicativo
gráficos.
SurveyMonkey
através
do
WhatsApp dos estudantes.
Fonte: Autoria Própria
43

Fora da sala de aula ou on-line, o professor pôde observar as atividades e o
desenvolvimento dos estudantes na ferramenta MatEJAZap, pois o trabalho foi
realizado fora do espaço da sala de aula, devido a pandemia (Decreto Estadual n.º
69.541 de 19 de março de 20202). Os estudantes tinham suporte pelo WhatsApp do
professor de forma on-line.

2.3.4. Procedimentos de Geração de Dados
Os procedimentos metodológicos da investigação envolveram os critérios
técnicos que estão relacionados a seguir:
✔ Observação dos estudantes no desenvolvimento e/ou no processo do
MatEJAZap durante os acessos às ferramentas e com a interação pelo WhatsApp
fazendo esclarecimentos;
✔ Investigação por meio de

um questionário a

todos

os

estudantes

participantes;
✔ Análise das situações problemas resolvidas e pelo diário de bordo de acordo
com o modelo sugerido.
O papel do professor é engajar os estudantes e acompanhar o processo de
desenvolvimento do ensino e aprendizagem, conforme as atividades sejam elas de
forma presencial e/ou on-line e presencial.
Todos os números dos estudantes (Figura 4) foram registrados na agenda de
contatos do smartphone do professor, registrando o nome do(a) estudante e o período
(turma) no qual ele(a) estava frequentando as aulas e o nome da escola.
Figura 4: Print que mostra de que forma foi salvo o contato do estudante

Aluno 1
Fonte: Autoria Própria
2

Declara a situação de emergência no estado de alagoas e intensifica as medidas para enfrentamento
da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do Covid – 19 (Coronavírus) no âmbito
do estado de alagoas, e dá outras providências.

44

Vale ressaltar que os estudantes participam de um grupo de WhatsApp criado
pela escola para que possa fazer intervenções com informes e esclarecimentos pela
Coordenadora Pedagógica, Articuladora de Ensino e Gestoras.

2.3.5. Questionário
Sendo a MatEJAZap uma ferramenta que tem como propósito a interação e a
interatividade dos estudantes no sentido de ter uma possibilidade de aprendizagem,
um processo no qual o estudante terá que ter uma disposição para acessar e com
consequência aprender, fez-se necessário conhecer algumas particularidades dos
estudantes em estudo, vendo os seguintes aspectos:
✔ Se possui internet e qual o tipo de internet utilizada;
✔ A qualidade da internet utilizada;
✔ Qual o aplicativo mais acessível para o estudo online;
✔ A opinião sobre a importância das atividades online;
✔ A interação com os professores através de algum aplicativo;
✔ A ferramenta MatEJAZap e o aprendizado;
✔ A avaliação da ferramenta MatEJAZap;
✔ Sugestões e/ou reclamações referentes ao processo de ensino e
aprendizagem da ferramenta MatEJAZAp.
O questionário foi criado no SurveyMonkey que é um aplicativo móvel gratuito
líder mundial em softwares de pesquisa, disponível para IOS e Android. Trabalha de
maneira integrada com seu computador, tablet e smartphone, podendo fazer de
maneira dinâmica perguntas e personalizando de forma simples, sendo usado por email, mensagens de texto ou redes sociais (incluindo Facebook, Twittere WhatsApp),
para enviar pesquisa e filtrar as respostas obtendo de forma mais rápida e prática as
análises detalhadas, podendo ser visualizado por tabelas e gráficos de acordo com
sua escolha e na nossa pesquisa foi enviado para os estudantes através de uma linha
de transmissão utilizada no aplicativo WhatsApp de acordo com a Figura 5 a seguir:

45

Figura 5: Questionário com utilização do WhatsApp

Aluno 1

Fonte: Autoria Própria

O questionário é constituído por sete itens de questões de resposta fechada e
um de questão de resposta aberta. A colocação de uma questão aberta foi para que
o estudante pudesse dar sua opinião de forma clara, conhecendo, assim, sua
satisfação e/ou insatisfação com a ferramenta utilizada.

2.4.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Os dados da investigação foram adquiridos em diferentes momentos do
processo, numa modalidade de estudo de caso e inclui indicadores qualitativos e
quantitativos, assim havendo um tratamento diferenciadodas informações.
O questionário foi aplicado ao iniciarmos o processo de investigação para que
pudessem conhecer o perfil dos estudantes. Os dados apresentados das questões
fechadas tiveram gráficos gerados e uma análise descritiva dos mesmos, sendo
utilizado o aplicativo SurveyMonkey na tabulação estatística, tendo uma praticidade
maior.
Os registros automáticos da ferramenta MatEJAZap foram utilizados como
instrumentos de observação através dos acessos dos estudantes à ferramenta e as
respostas dadas no diário de bordo através do aplicativo WhatsApp.
O contato inicial do professor foi realizado através do representante de turma
pelo aplicativo WhatsApp, que também passou todas as informações (Figura 5).

46

Figura 6: Print que mostra a interação com o representante de sala

Aluno 1

Fonte: Autoria Própria

Dentro do WhatsApp , por meio dos materiais utilizados, o professor
acompanhou, através de mensagem de texto e vídeos explicativos, para fazer
esclarecimentos, assim como dar explicações e tirar dúvidas referentes aos
conteúdos.
Seguem algumas das formas de intervenção realizadas pelo professor,
instruindo de como entrar e utilizar a ferramenta MatEJAZap, no início de todo o
processo de ensino e aprendizagem com a utilização de mensagens de texto e vídeos.

47

Figura 7: Intervenção do Professor com utilização do WhatsApp

Aluno 1

Fonte: Autoria Própria

Nessa intervenção, o professor explica de que forma entra na ferramenta
MatEJAZap e quais procedimentos o aluno irá fazer para ter o acesso, assim como
encaminha um vídeo explicativo de como utilizar a ferramenta, além de ficar a
disposição para que o estudante pudesse ter mais esclarecimentos com relação a
todo o processo de ensino e de aprendizagem.

48

Figura 8: Intervenção do Professor com utilização do WhatsApp

Aluno 1

Fonte: Autoria Própria

O contato inicial do professor foi realizado por intermédio do representante de
turma pelo aplicativo WhatsApp, que também passou todas as informações (Figura
8).

49

Figura 9: Print que mostra a interação com o representante de sala

Aluno 1

Fonte: Autoria Própria

Dentro do WhatsApp foi observado, por meio dos materiais utilizados, através
de mensagem de texto e vídeos explicativos, no sentido de fazer esclarecimentos,
assim como dar explicações e tirar dúvidas referentes aos conteúdos.
Seguem algumas das formas de intervenção realizadas pelo professor,
instruindo de como entrar e utilizar a ferramenta MatEJAZap no início de todo o
processo de ensino e aprendizagem com a utilização de mensagens de texto e vídeos.

50

2.4.1. Análise dos Questionários

Com base no questionário aplicado com os alunos participantes da pesquisa,
foram criados gráficos para melhor compreensão dos dados. Quando questionados
sobre o tipo de internet que utilizavam, de acordo com as respostas obtidas percebese com clareza que a maioria dos estudantes tem plano residencial, o total de 58% e
que 34% têm plano móvel no seu aparelho celular (Smartphone), enquanto que 8%
utilizavam a internet do vizinho (Gráfico 1). Salientamos que nenhum aluno citou não
possuir acesso à internet, mas isso não é garantia de que mesmo tendo internet em
casa e/ou no seu celular, estará tendo acesso às informações e/ou atividades
desenvolvidas online, pois se faz necessário, estimular os estudantes a participação
e o envolvimento no que se é proposto, fazendo com que tenha uma interação,
participação e colaboração, como destaca Pimentel (2017).
Gráfico 1: Relatos dos estudantes com relação ao tipo de internet que utilizam
8%

0%
34%

58%
Plano Móvel (Operadora)

Plano Residencial (Wifi)

Internet do vizinho

Não tem internet

Fonte: Autoria Própria

No Gráfico 2, apresentamos as respostas obtidas dos estudantes sobre a
qualidade da internet que utilizavam. A maioria dos estudantes consideraram a
conexão regular (42%), 29% marcou a opção “boa”, 12% consideraram ótima e 13%
consideraram ruim. Esta questão depende diretamente do pacote de dados e do plano
de internet que cada um possui. Desta forma, essa qualidade pode dificultar o trabalho
que venha ser desenvolvido pelo professor. Vale ressaltar que no Gráfico 1 todos
alegaram possuir internet e nesta questão 4% mencionaram não possuir internet,
lembrando que como citado acima foram dadas

várias opções de internet que o

estudante utilizava.
51

Gráfico 2: Opinião dos estudantes com relação a qualidade da internet
4%
13%

12%
29%

42%

Ótimo

Boa

Regular

Ruim

Não tenho internet

Fonte: Autória Própria

No Gráfico 3, apresentamos a opinião dos estudantes sobre qual o melhor
aplicativo para uso das aulas online. De acordo com as resposta dos estudantes, 57%
tem como preferência o aplicativo Whatsapp e 26% escolheram ou escolheu? o
Google Sala de Aula, 9% preferem o Google Meet e empatados em 4% a junção dos
aplicativos e outros aplicativos, no caso de uso de outros aplicativos o estudante
poderia sugerir qual, mas não foi mencionado nenhum aplicativo, ficando em aberto
essa situação. Salientamos que nenhum aluno marcou as opções Instagram e
Facebook, sendo assim ficou claro que os mesmos não consideram estes aplicativos
como ferramentas educacionais.
Acreditamos que a necessidade de tornar a escola mais eficiente frente às
modificações sofridas com o avanço das TIC 's, dentre estas, utilizar o aplicativo do
WhatsApp, é uma maneira de ajudar no processo de ensino e aprendizagem. Vejo
vemos que o aplicativo possibilita uma interação maior e um fácil acesso aos
materiais, sejam áudios, imagens e vídeos.
No Google sala de aula, por não ser tão popular, em especial com os
estudantes da EJA, apesar de também existir a possibilidade de fácil acesso e
postagem de materiais, percebemos uma certa dificuldade, devido ao aluno não estar
familiarizado com o uso do aplicativo. com relação ao google meet. Entendemos que
os alunos que optaram por este aplicativo preferem ver o professor nos seus
momentos de estudo e esta ferramenta permite esta visualização e interação direta.
Os artefatos digitais têm deixado os indivíduos mais conectados durante um
período de tempo de suas vidas, que poderia até caber um estudo referente a essa
52

situação. Mas os smartphones com um plano de internet móvel e/ou ter acesso ao wifi têm tido uma evolução constante e a escola e os profissionais envolvidos nesse
processo devem tirar proveito para prender os estudantes dando possibilidades de
aprender, como constatado por Santaella (2013).
Gráfico 3: Opinião dos estudantes com relação ao aplicativo para uso nas aulas online
4%
0%

0%

4%
4%

9%
13%

12%

26%

29%

57%

42%

WhatsApp
Ótimo
Boa

Regular

Google sala
aulainternet
Ruim
Nãode
tenho

Instagram

Facebook

Google Meet

A junção de aplicativos

Outro (Especifique)
Fonte: Autoria Própria

Na questão 4, os alunos foram indagados sobre a importância da realização de
atividades online nos seius estudos (Gráfico 4). Os resultados obtidos demonstram
que 58% dos estudantes consideram as atividades online importantes, 38% afirmam
que não e 4% afirmam que outro, demonstrando não querer opinar sobre o tema. Vale
ressaltar que o acesso a artefatos digitais conectados à internet nos possibilita e
apresenta oportunidades de busca e construção de conhecimento. É importante que
o professor venha a desenvolver nos estudantes um pensamento reflexivo e crítico,
pois são muitas informações que circulam, basta fazer uma avaliação da veracidade
destas informações e como elas se adequam às nossas concepções de mundo.
Ainda assim, se faz importante desenvolver a resolução de problemas e de
tomadas de decisões, para que possamos conseguir lidar com as atividades comuns
de nosso dia-a-dia, em especial nos estudos, levando isso para sua vida. É de
fundamental importância que as habilidades se encontrem presentes nas salas de
aulas, isso pode ser presencial e/ou online como preparar os estudantes para usar
fora do contexto educacional, como destaca Moran (2015).
53

Gráfico 4: A importância dada pelos estudantes as aulas online
4%

38%
58%

Sim

Não

Outro (Especifique)

Fonte: Autoria Própria

No Gráfico 5, apresentamos a opinião dos alunos sobre a importância da
interação com os professores por meio das atividades remotas e o uso de recursos
diversos. Foi observado que a maioria dos estudantes, 58%, compreendem que é tão
necessário quanto fundamental que as aulas aconteçam com utilização de recursos
sejam eles: áudio, imagens e vídeos. 38% dos estudantes consideram que não se faz
necessária esta interação ou não estão interessados nesta prática de ensino e
aprendizagem com utilização destes recursos. E 4% afirmam que outros, mas não
informaram qual seria essa outra situação, lembrando que tinha a opção de descrever.
Segundo Alves e Porto (2019), envolver o estudante ativamente nas tarefas
pertinentes ao processo de construção colaborativa de sua aprendizagem exige do
professor uma mudança de papel, passando a ser um mediador-facilitador.
Gráfico 5: A interação com professores são suficiente para as aulas online

4%
38%
58%

Sim

Não

Outro (Especifique)

Fonte: Autoria Própria
54

No Gráfico 6, os alunos foram indagados sobre a eficiência da ferramenta
MatEJAZap no seu processo de ensino e aprendizagem. A maioria dos estudantes
(70%), respondeu que

a ferramenta MatEJAZap auxiliou na aprendizagem dos

conteúdos apresentando desta forma boa aceitação, fato este evidenciado e
destacado pelo uso da maioria dos estudantes do app WhatsApp e da facilidade de
acesso para realização das atividades propostas. 26% dos estudantes afirmaram que
não teve aceitação e 4% relataram que outro, e destacaram qua tiveram dificuldade
no uso da tecnologia.
Conforme enfatiza Dante (1991), durante as aulas de Matemática, “é preciso
desenvolver no aluno a habilidade de elaborar um raciocínio lógico e fazer uso
inteligente e eficaz dos recursos disponíveis, para que ele possa propor boas soluções
às questões que surgem em seu dia-a-dia, na escola ou fora dela.” (DANTE, 1991,
p.12).
Gráfico 6: A ferramenta MatEJAZap possibilitou o ensino e aprendizado das aulas

4%
26%

70%

Sim

Não

Outro (Especifique)

Fonte: Autoria Própria

Na pergunta 7, os alunos foram questionados sobre sua satisfação com o uso
da ferramenta MatEJAZap (Gráfico 7). Os resultados demonstraram que os
estudantes estão muito satisfeitos (17%) e satisfeitos (42%), sendo assim a soma das
porcentagens chega até 59% dos estudantes que participaram das aulas com o uso
da ferramenta MatEJAZap, isto dá um significado importante ao uso da ferramenta.
29% dos estudantes ficaram poucos satisfeitos e 13% estão insatisfeitos. Ao
compararmos o resultado do Gráfico 6 com o 7, veremos que apesar de ter uma
diferença, os estudantes aprovaram a ferramenta na sua maioria.
Assim, quando os estudantes têm oportunidade de ter acesso a uma nova
ferramenta que é de fácil acesso e tem a possibilidade de resolver problemas, o
55

pensamento matemático vai se aprimorando e assim tornando um aprendizado
significativo.
No contexto educacional, professores e estudantes podem ser mais flexíveis e
criativos na construção de forma coletiva e/ou individual do processo de ensino e
aprendizagem, sejam por meio de imagens, áudio, vídeos e trocas de mensagens de
maneira a contribuir com estratégias pedagógicas.
A utilização do MatEJAZap como pesquisa-ação no ensino de Matemática pode
ser um dos fatores que possibilite a mudança de postura do professor na sua prática
pedagógica e dando sentido ao processo educativo, possibilitando acessos de várias
formas, sempre pensando no aprendizado do aluno de forma significativa.
Acreditamos que, como professores, devemos utilizar a tecnologia para a
aprendizagem dos nossos estudantes, demonstrando interesse no que aguce a
curiosidade e faça com que tenham um aprendizado significativo através da interação
com a ferramenta, provocando quem sabe a autonomia do estudante por meio do
MatEJAZap.
Gráfico 7: Avaliação da ferramenta MatEJAZap

12%

17%

29%
42%

Muito satisfeito

Satisfeito

Pouco satisfeito

Insatisfeito

Fonte: Autoria Própria

2.5.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os artefatos digitais mostram como nós evoluímos na área da tecnologia e

atualmente na educação, colocando-se como um grande aliado no processo de ensino e
aprendizagem. A utilização da ferramenta MatEJZAp mostra um trabalho diferenciado
realizado com os estudantes, podemos verificar isso, através dos resultados
demonstrados nas respostas obtidas.
56

Um ponto importante da ferramenta MatEJAZap é o uso fácil no qual todos os
materiais desenvolvidos foram pensados na praticidade e de que forma os estudantes
têm acesso às atividades da modalidade da educação de jovens e adultos.
Com essa experiência na utilização da ferramenta MatEJAZap no ambiente
educacional no processo de ensino e aprendizagem, avaliamos que este teve sucesso
na maneira que foi conduzido e em sua aplicação nas atividades desenvolvidas e é
assim mais uma aliada para a aprendizagem de todos os estudantes que participaram.
Quando pensamos em uma atividade com o uso de artefatos digitais, no nosso
contexto o MatEJAZap que usa o aplicativo WhatsApp, é necessário e primordial
trabalhar a motivação dos estudantes, além das atividades serem diferenciadas, já
que trabalhamos com jovens e adultos.
Aproveitar todas as vivências e experiências trazidas por esses estudantes é
fundamental no desenvolvimento da pesquisa realizada, tendo bastante atenção na
linguagem utilizada, nas imagens a serem fornecidas. Os áudios e vídeos por sua vez
devem ser bem objetivos e claros, assim facilitando a interatividade de material e troca
de conhecimentos devido a facilidade de acesso dos estudantes.
O professor passa a ser o mediador das interações realizadas pelos estudantes
possibilitando a construção do conhecimento e conduzindo da melhor maneira o
processo de ensino e aprendizagem
No decorrer de todo a aplicabilidade do instrumentos foi possível observar a
participação, o desenvolvimento e a interação dos estudantes com o uso da
ferramenta MatEJAZap. Um processo pedagógico que tem integração com os
artefatos digitais pode ser sim consistente e significativo, seja com a ferramenta criada
MatEJAZap ou qualquer outro recurso. Quando existe um bom planejamento
enriquecendo o conteúdo a partir de objetivos e metodologia bem definidos, fica
explícito todo o processo de ensino e aprendizagem.
Concluímos, portanto, que foi importante e gratificante o uso da ferramenta
durante as atividades propostas e conforme os resultados apresentados, recebemos
o feedback positivo dos estudantes referente ao MatEJAZap enquanto possibilidade
de aprendizagem.
Dessa forma, consideramos que a aplicação da ferramenta MatEJAZap como
aplicativo WhatsApp está relacionada a uma metodologia capaz de proporcionar a
construção do conhecimento.
57

2.6.

REFERÊNCIAS

ALVES, André Luiz; PORTO, Cristiane de Magalhães. “Whatsaula: aprendizagem
colaborativa em movimento. João Pessoa: Editora UFPB, 2019. 180 p.

APRENDIZAP.

C2019.

Página

inicial.

Disponível

em:

<

https://www.aprendizap.com.br/>

ARAUJO, P. C.; BOTTENTUIT JUNIOR, J. B. O Aplicativo de Comunicação
WhatsApp como Estratégia no Ensino de Filosofia. Temática (João Pessoa.
Online), v. XI, p. 11-23, 2015.

BRASIL, Conselho Nacional de Educação. Parecer n.º 6/2010. Distrito Federal: 2010.

COSCARELLI, C. V.; RIBEIRO, A. E. (Org.). Letramento digital: aspectos sociais e
possibilidades pedagógicas. Coleção Linguagem e Educação. Belo Horizonte:
Ceale/Autêntica, 2005. 244 p.

DANTE, L. R. Didática da resolução de problemas de matemática. 3. ed. São
Paulo: Ática, 1991.

FLICK, U. Introdução à pesquisa qualitativa. Tradução Joice Elias Costa. 3. ed.
Porto Alegre: Artmed, 2009.

KUNSCH, Margarida M. Kröhling. Comunicação organizacional na era digital:
contextos, percursos e possibilidades. Signo y Pensamiento, vol. XXVI, núm. 51,
julio-diciembre, 2007, pp. 38-51.

LEMOS, André. As estruturas antropológicas do ciberespaço. In: Cibercultura:
tecnologia e vida social na cultura contemporânea. Porto Alegre, Sulina, 2008.

LUCENA, S.; OLIVEIRA, A. A. D. Os softwares sociais e a web 2.0 como espaços
multirreferencias em programa de iniciação a docência. Lappage em Revista.
Sorocoba, v. 3, n.2, p. 34-46, maio/ago. 2017.
58

MARTELETO, Regina Maria. A análise de redes sociais – aplicação nos estudos
de transferências da informação. UFRJ/ECO, Brasília, v.30, n.1, p.78-81, Jan/NOV
2001.

MORAN, J. Educação híbrida. Um conceito-chave para educação, hoje. In:
BACHIC, Lilian; TANZI NETO, Adolfo; TREVISANI, Fernando de Mello (Org.) Ensino
híbrido: personalização e Tecnologia na Educação, Porto Alegre: Penso, 2015.

MOURA, A.; CARVALHO, A. A. Peddy-paper literário mediado por telemóvel.
Revista Educação, Formação e Tecnologias, v. 2, nº 2, p. 22-40, nov. 2009.

PEREIRA, Priscila Campos. A Colaboração no Ensino da Matemática por meio do
aplicativo Whatsapp. Brasília: DF, 2019.

PIMENTEL, Fernando Silvio Cavalcante. A aprendizagem das crianças na cultura
digital. 2 ed. ver e ampl. – Maceió: EDUFAL, 2017. 208 p.

PORTO; Cristiane; OLIVEIRA, Kaio Eduardo; CHAGAS, Alexandre. (Org.) WhatsApp
e educação. Entre mensagens, imagens e sons. Salvador: EDUFBA, 2017. 302 p.

SANTAELLA, Lúcia. Comunicação ubíqua: repercussões na cultura e na educação.
São Paulo: Paulus, 2013. (Coleção comunicação).

THIOLLENT, Michel. Metodologia da pesquisa-ação. 11. Ed. São Paulo: Cortez,
2002.

TOMAÉL, Maria Inês; ALCARÁ, Adriana Rosecler; DI CHIARA, Ivone Guerreiro. Das
redes sociais à inovação. CI. INF., Brasília, v.34, n.2, pp.93-104, Maio/Ago, 2005.

TORRES, Patrícia Lupion; IRALA, Esrom Adriano F. Aprendizagem colaborativa:
teoria

e

prática.

Complexidade:

redes

e

conexões

na

produção

do

conhecimento. Curitiba: Senar, p. 61-93, 2014.
59

TRIP, David. Pesquisa-ação: uma introdução metodológica. Educação e
Pesquisa. São Paulo, v. 31, n. 3, p. 443-466, set./dez. 2005.

VALENTE, J. A. As tecnologias digitais e os diferentes letramentos. Porto Alegre:
Pátio, 2007.

60

3.
A UTILIZAÇÃO DO WHATSAPP PARA O ENSINO DE MATRIZES: UM
ESTUDO DE CASO NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
RESUMO
Esta pesquisa justifica-se pela dificuldade dos estudantes em vislumbrar uma relação com o
conteúdo abordado, Matrizes, fazendo uma relação com seu cotidiano, problema próprio ao
tema seja pela aparente inaplicabilidade dos conceitos, o que geralmente advém de uma
contextualização inadequada do assunto. Desta forma, a pergunta da pesquisa se configura
em: Como o whatsapp favorece por meio daferramenta MatEJAZap o ensino e aprendizagem
de matrizes por meio de ferramentas acopladas? O objetivo do trabalho é empregar uma
estratégia de ensino e aprendizagem do conteúdo de matrizes, com utilização do WhatsApp,
por meio da ferramenta criada e intitulada MatEJAZap, um método que visa a interação dos
estudantes entre si e como professor em prol da aprendizagem. Desta forma, a presente
pesquisa constitui-se em utilizar o WhatsApp para trabalhar o conteúdo de Matrizes na área
de conhecimento de Matemática mediante as condições que a ferramenta MatEJAZap
possibilita no ensino e aprendizagem dos estudantes, por uma concepção que faz com que o
professor-pesquisador tenha uma maior interação e interatividade, desenvolvendo assim uma
matemática mais voltada para a modalidade de ensino daEducação de Jovens e Adultos.
Teve como percurso metodológico a abordagem qualitativa utilizando o estudo de caso para
tal fim onde foram aplicados textos, vídeos e atividades pré-selecionadas nos livros utilizados
como referências desta pesquisa e de acordo com os conteúdos que foram abordados e
aplicados por meio da ferramenta MatEJAZap. Os resultados alcançados por esta pesquisa
demonstraram que possibilitou um desempenho favorável no aproveitamento dos estudantes,
o que indicou a viabilidade de aplicação da metodologia proposta. O uso da ferramenta
MatEJAZap no processo ensino e aprendizagem do conteúdo de Matrizes da disciplina de
Matemática permitiu ainteração e possibilitou o estímulo dos estudantes por ser aplicado de
forma que utilizassem conhecimentos presentes no cotidiano deles.
Palavras-Chaves: Matemática, WhatsApp, EJA, Estudo de Caso.

61

ABSTRACT:
This research is justified by the students' difficulty in envisioning a relationship with the
addressed content, Matrices, making a relationship with their daily lives, a problem specific to
the topic, whether due to the apparent inapplicability of the concepts, which generally comes
from an inadequate contextualization of the subject. Thus, the research question is configured
in: How does whatsapp favor, through the MatEJAZap tool, the teaching and learning of
matrices through coupled tools? The objective of the work is to employ a strategy for teaching
and learning the content of matrices, using WhatsApp, through the tool created and entitled
MatEJAZap, a method that aims at the interaction of students with each other and with the
teacher in favor of learning. Thus, the present research consists of using WhatsApp to work
the content of Matrices in the area of knowledge of Mathematics under the conditions that the
MatEJAZap tool makes possible in the teaching and learning of students, through a conception
that makes the teacher- researcher has a greater interaction and interactivity, thus developing
a mathematics more focused on the teaching modality of Youth and Adult Education. Its
methodological approach was the qualitative approach, using the case study for this purpose,
where texts, videos and pre-selected activities were applied in the books used as references
in this research and according to the contents that were approached and applied through the
MatEJAZap tool. The results achieved by this research showed that it enabled a favorable
performance in the students' achievement, which indicated the feasibility of applying the
proposed methodology. The use of the MatEJAZap tool in the teaching and learning process
of the Matrices content of the Mathematics discipline allowed for interaction and enabled the
encouragement of students to be applied in a way that they used knowledge present in their
daily lives.
Keywords: Mathematics, WhatsApp, EJA, Case Study..

62

3.1.

INTRODUÇÃO
A importância da matemática no currículo escolar não é novidade, bem como

não é novidade seu uso no cotidiano de qualquer pessoa, e isso é retratado pelo papel
que deve ser exercido pelo professor no espaço escolar.
O professor deve chegar à sala de aula conhecendo a realidade de seus
estudantes, seu cotidiano, suas experiências e trabalhar de forma a inseri-los nas
atividades. Fazer com que os alunos vivenciem o conteúdo que tenha a ver com seu
contexto cultural, social e não um conteúdo desconexo da realidade.
Jovens e adultos têm procurado as salas de aulas no sentido de recuperar seus
estudos com um pensamento voltado para o futuro, seja ele no ramo profissional ou
por outras situações.
O papel do professor no processo de ensino e aprendizagem vem exigir
estratégias diversificadas para que o mesmo atinja o seu objetivo final, que é o melhor
aprendizado de forma significativa do seu estudante e a utilização de artefatos digitais
e/ou uso da internet em suas contribuições.
Os artefatos digitais dispositivos móveis têm tido um aumento considerável,
tendo uma grande variedade de artefatos digitais como Tablet e Smartphones,
disponíveis no mercado. O avanço das tecnologias digitais da informação e
comunicação (TDIC) e sua inclusão no cotidiano da escola têm proporcionado às
crianças uma nova forma de aprender.
Os estudantes não imaginam um mundo sem esses novos artefatos. A escola,
particularmente, os professores terão que repensar o seu papel na forma de ensinar,
como também fazer um esforço acrescido de adaptação a esta realidade. A tecnologia
não exige apenas o repensar do papel do professor e da forma como ensina, mas
também um pensamento de que maneira os estudantes estão aprendendo, o que se
caracteriza em um desafio para os professores, já que de um modo geral, as práticas
pedagógicas e educativas não estão articuladas ao estilo de vida móvel de
professores e alunos em tempos de App-Learning - aprendizagem por meio de
aplicativos (SANTAELLA, 2016).
Esta pesquisa justifica-se pela dificuldade dos estudantes em vislumbrar uma
relação com o conteúdo abordado, Matrizes, fazendo uma relação com seu cotidiano,
problema próprio ao tema, seja pela aparente inaplicabilidade dos conceitos, o que
,geralmente advém de uma contextualização inadequada do assunto. Desta forma, a
63

pergunta da pesquisa se configura em: a utilização do whatsapp, por meio da
ferramenta intitulada MatEJAZap, favorece o ensino e aprendizagem de matrizes?
O objetivo da pesquisa é empregar uma estratégia de ensino e aprendizagem
doconteúdo de matrizes, com utilização do WhatsApp, por meio da ferramenta criada
e intitulada MatEJAZap, um método que visa a interação dos estudantes entre si e com
o professor em prol da aprendizagem.
A união de preceitos de uma ciência básica, a matemática, e a criatividade
humana, tendo como plano de fundo um mercado tecnológico em franco crescimento,
o de aplicativos e jogos para smartphone, servirá de estímulo para os alunos.
A metodologia utilizada para alcançar os objetivos foi um estudo de caso
aplicado com 35 estudantes de uma turma de 3º Período da EJA da Escola Estadual
Ana Lins da rede estadual de ensino situada no município de São Miguel dos Campos
em Alagoas.
A escolha do público-alvo e do tema manteve relação direta com o fato de o
professor-pesquisador atuar como docente dessa turma e o conteúdo utilizado foi
proposto por ser o conteúdo previsto no planejamento realizado pelos professores da
escola.
O desenvolvimento do trabalho se deu em diferentes etapas. A primeira etapa
foi composta de aula expositiva do conteúdo de matrizes, com utilização do quadro
branco e caneta para quadro branco.Na segunda etapa, iniciou-se o uso da ferramenta
MatEJAZap, os estudantes utilizavam a ferramenta acompanhando o conteúdo por
meio de vídeos, exposição de conteúdo noformato PDF e atividades desenvolvidas,
utilizando o caderno como diário de bordode, acordo seguindo as determinações da
escola.
A interatividade e a interação foram fatores importantes em todo o
desenvolvimento da pesquisa, já que a ferramenta era utilizada pelo aplicativo
WhatsApp e no final, o estudante tinha a oportunidade de realizar sua autovaliação.
A autoavaliação realizada na forma processual foi um elemento significativo na
prática avaliativa. Fez-se necessário uma análise, por parte do estudante, de todos os
elementos envolvidos no seu processo de ensino e aprendizagem. Vale ressaltar que
não foi vinculada à atribuição de notas, mas o estudante percebeu a sua importância,
pois, realizou o seu próprio diagnóstico e buscou estratégias que possibilitassem o
desenvolvimento das suas aprendizagens.
64

A obtenção e análise dos dados aconteceram por meio do resultado da
autovaliaçãorealizado no final de todo o processo na ferramenta MatEJAZap e depois
dos resultados visou uma análise qualitativa, além da observação participante, que,
durante todo o processo, buscou analisar a motivação e a interação dos estudante no
decorrer da pesquisa.
É imprescindível que o professor tenha um profundo conhecimento do conteúdo
que trabalha e que mantenha sempre a interação com os estudantes, questionando
seus resultados, interpretando seu raciocínio e aproveitando os erros como forma de
explorar os conceitos que não ficaram explícitos. Sendo assim, o professor adotará
uma postura de facilitador entre o estudante e a construção do seu conhecimento
mediante o uso da ferramenta MatEJAZap em sua aprendizagem.

3.2.

REFERENCIAL TEÓRICO

3.2.1. Educação de Jovens e Adultos no Brasil
No Brasil, a Educação de Jovens e Adultos (EJA) viveu um processo de
amadurecimento que transformou a compreensão que tínhamos há pouco tempo
atrás. Num sentido amplo, a educação para adultos foi ofertada no Brasil no período
colonial com características bem distintas dos dias atuais, ofertada para índios e
escravos com intenção de catequisar sendo realizada por missionários portugueses
da igreja católica.
Muito embora a educação de adultos finque suas origens ainda no período
jesuítico, o nosso foco de estudo tem como base o momento em que esta
começa a se consolidar dentro do sistema público de educação elementar no
país, cujo marco histórico delimita o seu lugar a partir da década de 30. Neste
período, a sociedade brasileira passava por grandes transformações,
associadas ao processo de industrialização e concentração populacional em
centros urbanos. A oferta de ensino básico gratuito estendia-se
consideravelmente, acolhendo setores sociais cada vez mais diversos.
(BRITO, p.36-37, 2011).

O país passou por grandes transformações, isso devido a revolução de 1930,
no que se refere à educação e em especial a EJA, na constituição de 1934, surgiu a
necessidade de ofertar essa modalidade de ensino, [...] (BRITO, p. 37, 2011) a
ampliação da educação elementar foi impulsionada pelo governo federal, que traçava
diretrizes educacionais para todo o país, determinando aos estados e municípios a
exequibilidade do ensino neste nível.
65

Ainda a respeito da década de 30, é pertinente destacar que o período em que
tem o gaúcho Getúlio Vargas no poder, é criado o Ministério da Educação que de 1930
a 1937 passou por três gestões3. Em 1931ganha destaque no cenário educacional a
criação do Conselho Nacional de Educação.
Segundo Gadotti e Romão (p. 42, 2011), até os anos 40 a educação de adultos
era concebida como uma extensão da escola formal, principalmente para a zona rural.
Era entendida como democratização da escola formal.Frente aos índices de
analfabetismo no país (60%), a educação de adultos passa a ter relevância e uma
certa independência a partir da criação de um fundo destinado à alfabetização e à
educação da população analfabeta. (Haddad & Pierro, p. 112, 2000).
A educação de adultos passou a ser vislumbrada como um problema de política
pública no âmbito nacional no final da década de 40, em que o ensino primário integral
deveria ser gratuito, sendo a presença obrigatória, desde o Plano Nacional de
Educação em 1934. Foi instituído em 1945, o fundo de escolarização de jovens e
adultos, no qual foi regulamentado e sendo destinado a adolescentes e adultos
analfabetos.
A partir da I Conferência Internacional sobre Educação de Adultos, realizada
na Dinamarca (1949), a educação de adultos foi concebida como uma
espécie de educação moral. A escola não havia conseguido evitar a barbárie
da guerra. Ela não havia dado conta de formar o homem para a paz. Por isso
se fazia necessário uma educação “paralela”, fora da escola, cujo objetivo
seria contribuir para o respeito aos direitos humanos e para a construção de
uma paz duradoura, que seria a educação continuada para jovens e adultos,
mesmo depois da escola. (GADOTTI; ROMÃO, p. 41, 2011).

O final da década de 50 e início da década de 60 merecem uma atenção para
a atuação de Paulo Freire, que realizava diversos estudos, muitos de seus
pensamentos foram destaques, numa nova visão do pensamento pedagógico. Houve
neste período uma diminuição no clima de entusiasmo, pois os resultados tenderam
a decair e não houve êxito em todas as regiões. Nesta época, o paradigma aceito era
o de que o analfabetismo era a causa da situação econômica, social e cultural em que
o país vivia, nasce a ideia de um programa permanente da alfabetização, tentando
sanar o problema da educação de adultos, mas com os mesmos moldes da educação
primária, o adulto era considerado uma pessoa ignorante.
Embora a mobilização em favor da educação dos adultos tenha realmente se
intensificado a partir de 1962, encontramos em todo período 1958/64 algumas
características que se manterão estáveis e que atravessam mesmo o período
subsequente. Uma delas refere-se ao preconceito contra o analfabeto. [...]
com os movimentos voltados para a promoção da cultura popular, valorizando
as expressões artísticas e culturais do povo, o combate ao preconceito torna66

se mais compacto e o sistema Paulo Freire – desenvolvido a partir do conceito
antropológico de cultura [...] (PAIVA, p. 233, 2003).

Neste período a educação de adultos passou a ser reconhecida, com suas
especificidades e com um olhar voltado para o fazer pedagógico e didático
diferenciado,tendo as pessoas uma consciência de seus direitos e um conhecimento
comum, passando a ser um instrumento de mudança nas ações políticas.
Segundo Haddad & Di Pierro (2000, p. 6), o golpe militar de 1964 produziu uma
ruptura política em função da qual os movimentos de educação e cultura populares
foram reprimidos, seus dirigentes, perseguidos, seus ideais, censurados.
Na Educação de Jovens e Adultos, o governo não poderia abandonar, pois fazia
uma ponte com a sociedade, na qual mediava a escolarização tendo uma papel
importante para as comunidades nacionais e internacionais na intenção de tornar o
país uma potência mundial que tivesse de atender ao regime militar.
No fim da década de 60, o governo militar era persistente nas campanhas da
Cruzada do ABC (Ação Básica Cristã) e o MOBRAL (Movimento Brasileiro de
Alfabetização), segundo Paiva (p. 320, 2003), criado pela Lei n. 5379 de 15 de
dezembro de 1967, o MOBRAL sucedeu a mobilização observada nos meses
anteriores em relação ao problema da educação dos adultos.
Na década de 70, o MOBRAL chegava com a promessa de finalizar o
analfabetismo, que num prazo de 10 anos de sua existência iriam resolver o problema
que consideravam uma decepção nacional, sem participação de educadores e da
sociedade brasileira e sem nenhuma organização pedagógica.
A educação oferecida pelo poder público começou a pensar na alfabetização
de adultos além do MOBRAL, que já estava em todo território nacional, considerado
um maior programa do combate ao analfabetismo no país. Foi criado o Programa de
Educação Integrada (PEI) que correspondia hoje ao 1º segmento do Ensino
Fundamental, que visava a possibilidade de pessoas que não dominavam a leitura e
nem a escrita (analfabetos funcionais) ter continuidade aos estudos.
Foi em 1971, com a publicação da LDB 5692/71, que a educação de adultos
foi instituída para além da alfabetização, regulamentada pelo Parecer 699,
com o objetivo de suprir a escolarização regular para jovens e adultos que
não haviam concluído seus estudos na idade regular. Este foi um grande
avanço na direção de universalizar o atendimento escolar para os níveis
fundamental e médio, até então não contemplados pelo Poder Público.
(BRITO, p. 39, 2011).

A Lei 5692/1971 mencionou pela primeira vez um capítulo sobre a Educação
67

de Adultos, que tinha o nome de Ensino Supletivo, a formação do professor não era
uma necessidade, se soubesse ensinar a ler e escrever, poderia também trabalhar
com adolescentes e adultos, priorizava soluções técnicas, mesmo com o problema da
exclusão da maioria da sociedade na educação nacional.
O Ensino Supletivo, por sua flexibilidade, seria a nova oportunidade dos que
perderam a possibilidade de escolarização em outras épocas, ao mesmo
tempo em que seria a chance de atualização para os que gostariam de
acompanhar o movimento de modernização da nova sociedade que se
implantava dentro da lógica de “Brasil Grande” da era Médici. (HADDAD; DI
PIERRO, p. 118, 2000).

Na década de 80, o marco principal foi à promulgação da Constituição Federal
de 1988, que tinha como meta acabar com o analfabetismo num prazo de 10 anos,
tendo como a maior responsável a Fundação Educar pelas execuções das tarefas
junto ao Ministério da Educação (MEC). Foram também convocados nesse período
uma comissão que tinham especialistas que desenvolveram várias pesquisas e
trabalhos voltados para EJA.
Em seguida, com a “redemocratização” (1985), a “Nova República”, sem
consultar os seus 300 mil educadores, extingue o MOBRAL e cria a Fundação
Educar, com objetivos mais democráticos, mas sem os recursos de que o
MOBRAL dispunha. A educação e jovens e adultos foi, assim, enterrada pela
“Nova República” e o autodenominado “Brasil Novo” (1990) do primeiro
presidente eleito depois de 1961, criou o PNAC (Plano Nacional de
Alfabetização e Cidadania), apresentado com grande pompa publicitária em
1990 e extinto no ano seguinte sem qualquer explicação para a sociedade
civil que o havia apoiado. (GADOTTI; ROMÃO, p. 43-44, 2011).

Segundo Haddad & Di Pierro (p. 120, 2000), com o processo de
redemocratização política do país, a reorganização partidária, a promoção de eleições
diretas nos níveis subnacionais de governo e a liberdade de expressão e organização
dos movimentos sociais urbanos e rurais [...] a educação de jovens e adultos teve um
novo processo de organização, tanto no campo pedagógico, como experiências
voltadas nessa modalidade, que logo a seguir teve com Paulo Freire a criação no
Brasil da Comissão Nacional de Alfabetização, com a finalidade de preparar o Ano
Internacional da Alfabetização que seria em 1990.
Na década de 1990, umas das primeiras medidas tomadas neste período foi a
extinção da Fundação Educar, que causou grandes transtornos para entidades e
instituições que tinha convênio com a fundação. Na mesma década a Lei de Diretrizes
e Bases da Educação Nacional (LDB) nº 9394, após oito anos de discussões e
tramitação foi aprovada em 1996, trazendo uma seção dedicada a educação de jovens
e adultos, que incorporavam várias contribuições das entidades civis e educadores de
68

todo o país.
[...] a LDB 9.394/96 vem conferir à EJA uma nova identidade, incluindo-a
como uma modalidade da educação básica.
A CF/88 já prenunciava essa concepção, quando, no art. 208, inciso I,
garantia como dever do Estado “ensino fundamental, obrigatório e gratuito,
inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria”.
Em se tratando da EJA, posteriormente, a Emenda Constitucional nº 14/96,
encaminhada pelo Congresso Nacional ao Poder Executivo e sancionada em
setembro de 1996, modificou a redação do inciso I, alterando o espírito da
redação original, inscrevendo no texto constitucional “ensino fundamental
obrigatório e gratuito, inclusive, sua oferta gratuita para os que a ele não
tiveram acesso na idade própria”.
Se por um lado o art. 208, em seu inciso I, exclui o princípio da
obrigatoriedade para os que a ele não tiveram acesso na idade própria, por
outro, a nova redação do art. 60, exclui as matrículas da EJA para a
composição do FUNDEF. (CARLI, p. 64, 2004).

Segundo Haddad & Di Pierro (p. 122, 2000), o MEC deu início a um processo
de consultas que resultou no Plano Nacional de Educação (PNE) apresentado em
fevereiro de 1998 à Câmara dos Deputados.
As ações aparecem como uma cobrança tanto da parte da sociedade como
também dos governantes, uma mobilização para utilização de recursos, sejam eles
financeiros ou humanos. A sociedade tem como principal obrigação contribuir com
ações políticas públicas na década de 1990.
Na EJA é importante destacar que Paulo Freire fazia referência a uma
educação pensada de maneira bem diferente, no qual o indivíduo no processo de
ensino e aprendizagem tivesse um diálogo de forma que a criticidade fosse ressaltada
na alfabetização. Suas teorias podem ser destacadas no Plano Nacional de
Alfabetização (PNA), que se propunha a fazer um atendimento da classe analfabeta
que era a maior parte no país, aos poucos os resultados do programa gerou benefícios
políticos e passou a ter maior apoio do governo como processo fundamental.
Nas áreas sociais e de igualdade da educação na EJA foram realizadas
importantes mudanças na gestão de novos significados, uma luta de profissionais da
educação. Em 2008, a EJA, ficou reconhecida como um direito público, pois passou a
fazer parte das Leis das Diretrizes e Bases da Educação (LDB) e o parecer CNE CEB
11/2000, inclusive trata de esclarecer que não é uma forma de suprir a educação
perdida e sim uma nova educação.
Aconteceu o surgimento de vários programas de financiamento na implantação
de projetos, tendo como objetivo a alfabetização com ajuda da sociedade civil, dos
movimentos sociais e as instituições de ensino. O Programa de Alfabetização Solidária
(PAS) deu uma contribuição as zonas urbanas de baixa renda
69

Neste sentido, a proposta política que privilegiava a constituição de Agenda
Territorial de Desenvolvimento Integrado de Alfabetização e de Educação de
Jovens e Adultos representou um importante marco nesta direção, visto que
vislumbrava possibilitar melhor compreensão dos dados hoje dispersos em
estados, regiões, municípios, bairros e comunidades.
No âmbito do PDE (Plano de Desenvolvimento da Escola), as ações
buscaram, também, minimizar a dissociação que havia se instaurado entre a
EJA e a Educação Profissional, instituindo-se, em 2005, dois programas:
oPrograma Nacional de Inclusão de Jovens – Educação, Qualificação e Ação
Comunitária (Projovem) e o Programa Nacional de Integração da Educação
Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens
e Adultos (Proeja). (JULIÃO; BEIRAL; FERRARI, p. 48, 2017).

A EJA passa a ser valorizada, não sendo só usada para assistencialismo , mas
para que os alunos entendam o seu papel social, passando a valorizar os alunos e
toda a bagagem de vida que trazem para o contexto escolar, tendo acesso a novos
conhecimentos, facilitando a aprendizagem e valorizando a autoestima.
Neste período, foram se desenvolvendo várias propostas para o melhoramento
da EJA, a mais contemporânea das ações governamentais foi a criação do Programa
Brasil Alfabetizado (PBA), que através dessas teve uma contribuição na tentativa de
diminuição do analfabetismo no país.
Nesta década, lançou o Programa Brasil Alfabetizado (PBA) pelo governo
federal que no início se caracterizava por ser mais uma campanha que previa o
trabalho voluntário com a intenção de acabar com o analfabetismo no tempo de quatro
anos, que no nosso cenário mostrava 20 milhões de pessoas
O PBA foi criado por um Decreto nº 6093 de 24 de abril de 2007, o seu principal
objetivo era a alfabetização de Jovens e Adultos de forma universal, uma conquista,
pois a EJA que estava tendo sua precariedade passou a ter um financiamento por
parte do governo.
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) promoveu importantes
reformulações na implementação da política nacional de EJA no Brasil,
destacando-se, dentre elas, a criação, em 2004, da então Secretaria de
Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do Ministério da
Educação (SECAD); a aprovação do Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da
Educação (Fundeb), que substituiu o Fundef a partir de 2007, incluindo as
matrículas da EJA na previsão dos seus recursos – Lei nº 11.494/07 (BRASIL,
2007); a instituição, em 2007, da proposta de Agenda Territorial de
Desenvolvimento Integrado de Alfabetização e de Educação de Jovens e
Adultos; e a implementação do Programa Nacional do Livro Didático para a
Educação de Jovens e Adultos (PNLDEJA) em 2010. (JULIÃO; BEIRAL;
FERRARI, p. 8, 2017).

Com o fundo do Desenvolvimento da Educação Básica o FUNDEB, a EJA teve
uma grande conquista, pois ele ajudou muito nas questões básicas, como reservar
70

recursos para EJA, mesmo que eles ainda fossem menores que as outras modalidades.

3.2.2. Educação de Jovens e Adultos em Alagoas
Refletir sobre o processo de formação dos educandos da EJA em Alagoas
torna-se importante por exigir uma perspectiva diferenciada enquanto sujeitos de
transformação social dentro e fora das salas de aulas. Neste sentido, educadores
possibilitam a ampliação do conhecimento, enquanto educandos buscam na
escolarização a construção de uma vida mais digna. Com isso, é necessário entender
quem são esses sujeitos da EJA para viabilizar um trabalho educativo mais coerente
com suas necessidades e peculiaridades.
A trajetória da educação de jovens e adultos no estado de Alagoas esteve
sempre ligada a campanhas nacionais, cujas finalidades foram sempre ensinar as
pessoas jovens e adultas a ler e a escrever seu próprio nome, e isso tudo no menor
tempo possível. Assim, o estado de Alagoas não tinha iniciativas próprias na
Educação de Adultos (EDA), nem participava das iniciativas implantadas na região
Nordeste na década de 1950 a 1963.
De acordo com Jesus (2011), ao fazermos referência aos estudantes inseridos
na Educação de Jovens e Adultos em Alagoas, estamos nos referindo a uma
significativa parte da população, que são sujeitos que estão além da modalidade de
ensino, trazendo em sua bagagem diversas experiências já vivenciadas, apontadas
quase sempre por situações difíceis. No aspecto social, eles surgem de realidades
bem conflitantes que decorrem dos mais variados grupos sociais.
Segundo Amorin; Freitas; Moura (2009, p. 145)
Investigação realizada em 2005 mostrou que na segunda metade de 1960 e
principalmente nos anos 1970, diferentemente do que ocorreu em outros
países, a política de EDA, no Brasil, resumiu-se ao desenvolvimento de uma
campanha centralizadora de caráter nacional denominada Movimento
Brasileiro de Alfabetização - MOBRAL, desmobilizando todos os movimentos
que vinham sendo organizados pela sociedade civil à época.

As campanhas aliaram-se aos déficits do atendimento no ensino, provocando
o aumento dos números de jovens e adultos analfabetos, dificultando o acesso e a
término da escolaridade que, por sua vez, foi assegurada pela Constituição Nacional.
Esse tipo de atendimento frustrou as expectativas da população em concluir o ensino,
e mostrou como o estado de Alagoas teve as piores posições nas estatísticas
educacionais do País.
71

Os recursos oriundos do Governo Federal para o desenvolvimento do chamado
Movimento eram pulverizados através das prefeituras municipais, da mesma forma
que as decisões em torno da gerência, coordenação e supervisão das ações
pedagógicas, desde a seleção dos coordenadores e alfabetizadores até os rituais das
escolas e das salas de aula, dependiam das relações de poder entre as forças
políticas do estado e de cada município em particular.
A Cruzada de Ação Básica Cristã, conhecida como Cruzada ABC, que foi
subsumida pelo MOBRAL4, teve uma área de atuação restrita ao Nordeste,
sendo seu campo de atuação mais amplo na Paraíba. Em Alagoas, as suas
ações foram localizadas, predominantemente, no município de Maceió.
Apesar de contar com recursos do convênio MEC/USAID, sua passagem foi
tão rápida e silenciosa que não deixou frutos sequer na memória dos poucos
que atuaram como coordenadores e alfabetizadores. Isso se confirma quando
uma alfabetizadora em Maceió, ao ser indagada, responde: “[...] então a
Cruzada ABC foi uma fase curta, né, um período curto [...]”.(Amorin; Freitas;
Moura; 2009, p. 145)

O Projeto Minerva, diferentemente do MOBRAL, possibilitava a continuidade
dos estudos para aqueles sujeitos que já tinham cursado a alfabetização e a pósalfabetização advindos dos cursos supletivos ou os evadidos dos cursos do dito ensino
regular diurno e que já se encontravam fora da faixa etária permitida por lei. Mesmo
esse Projeto tendo um grande raio de abrangência no estado, considerando que
utilizava a mídia rádio5 e que permaneceu por quase 20 anos em atuação, não deixou
grandes marcas na história da EDA. Registra-se, ainda nesse contexto, o Projeto João
da Silva com uso da televisão, que, unindo som e imagem, já iniciava uma conquista
para o povo brasileiro.
O que se constata é que as ações de EDA no Estado de Alagoas,
principalmente nas quase duas décadas do governo militar, além de serem
meramente federalizadas, degradaram-se. “[...] isto significaria que a
enfermidade que afeta a razão que a instaurou e seus profissionais é
igualmente [...]” (CERTEAU, 2005, p.174) a razão que silenciou os inúmeros
intelectuais e educadores que conduziam os movimentos de educação e
cultura popular a partir de uma utopia de uma sociedade mais justa e mais
igualitária. (Amorin; Freitas; Moura; 2009, p. 146)

Dessa forma, a EDA em Alagoas no período caracterizado pelos governos
militares segundo Amorin; Freitas; Moura (2009, p. 146) “[...] se torna o tema
dominante dos legendários políticos, mas não é mais um campo de operações
programadas [...]”. No qual as pessoas não alfabetizadas que são encontrados em
diversos lugares do país e em especial, nas salas de aula, onde se entendem que se
desenvolverá os programas financiados pelo Governo Federal.
Então a história vem revelando que na década de 80 no Estado de Alagoas
72

estava ligado ao estudo de pessoas consideradas produtivas e isso tinha como
contribuição significativa para que no final da primeira década do século XXI o Censo
do IBGE/2009 apresentava 38,6% de analfabetos funcionais no Estado de Alagoas.
Na década de 1990, a educação do povo pouco tinha importância, pois estava
vinculado a plantações e vida rural, saber ler e escrever era um privilégio no Estado
de Alagoas, sendo considerado de grande importância para os coronéis e pelos
poderes em Alagoas.
Ao longo do século XX, com o progresso do Brasil e em Alagoas, aconteceu
que a sociedade cobrou dos órgãos públicos do Estado a responsabilidade de uma
educação pública de qualidade e igualitária para todos os cidadãos. A educação de
Jovens e Adultas surgiu da necessidade de levar cultura para toda a população e
principalmente dos menos favorecidos.
Surgia nesse contexto um escola para o adulto alagoano tendo um local oficial
para estudar e a escola passa a ser para esse público um espaço de democratização
e mudança. Nesse aspecto, passou a incluir o cidadão a responsabilidade de buscar
o conhecimento e assim ter um melhor desenvolvimento do estado e de todo o país.
3.2.3. MATRIZES NO CONTEXTO DOS LIVROS DIDÁTICOS
Segundo Iezzi e Hazzan (1977, p. 35-D, 36-D), a definição de noção de matrizes
é
Dados dois números m x n naturais e não nulos, chama-se matriz m por n
(indica-se m x n) toda tabela M formada por números reais distribuídos em m
linhas e n colunas.
Em uma matriz qualquer M, cada elemento é indicado por aij. O índice i indica
a linha e o índice j indica a coluna às quais o elemento pertence.

A definição segundo Callioli (1993, p. 16) traz a seguinte forma:
Sejam m ≥ 1 e n ≥ 1 dois números inteiros. Uma matriz m x n real é uma
dupla sequência de números reais, distribuídos em m linhas e n colunas,
formando uma tabela que se indica doseguinte modo:

Abreviadamente essa matriz pode ser expressa (aij)1 ≤ 𝑖 ≤ 𝑚 1 ≤ 𝑗 ≤ 𝑚
, ou apenas (aij), se não houver possibilidade de confusão quanto à variação
dos índices.

Muitos autores na atualidade têm demonstrado o uso da contextualização na
73

introdução de diversos conteúdos, no caso de Matrizes, no início do capítulo, os
autores fazem uma introdução do significado de linhas e colunas.
No do Programa Nacional do Livro Didático de 2018 (PNLD, 2018), teve uma
novidade, foi aberto um processo seletivo em âmbito nacional pelo Ministério da
Educação, no qual professores da Educação Básica e do Ensino Superior poderiam
participar da avaliação dos livros didáticos inscritos a partir de critérios previamente
estabelecidos.
Na área de conhecimento de Matemática, procuramos demonstrar a evolução
dos livros didáticos, no nosso caso, o conteúdo para a nossa pesquisa Matrizes. No
ano de 2018, foram aprovados nessa área de conhecimento sete (07) livros, dos quais
destacamos no estudo três (03), sendo um deles o que está sendo utilizado em nossa
escola no Ensino Médio Regular, que estão demonstrados a seguir:
Figura. 1: Matrizes

Fonte: Matemática, Ensino Médio – Vol. 2 - Kátia Stocco Smole e Maria Ignez Diniz – Editora Saraiva.

74

De acordo com a apresentação do livro, as constantes mudanças que estão
sendo provadas pelos avanços da tecnologia, a aquisição de informações vêm
possibilitando aos estudantes a aprendizagem através da leitura independente da
área de conhecimento.
Figura. 2: Estudando Matrizes

Fonte: #Contato Matemática, Ensino Médio – Vol. 2 – Joamir Roberto Souza e . Jaqueline da Silva
Ribeiro Gárcia – Editora FTD

De acordo com a apresentação do livro acima, está caracterizado por uma
variedade de texto com a possibilidade de contextualizações e interdisciplinaridade e,
geralmente, na abertura de um capítulo são feitas generalizações, mas de forma breve
e sem o devido rigor.
Figura. 3: Introdução às Matrizes

Fonte: Matemática, Contexto e Aplicações, Ensino Médio – Vol. 2 – Luiz Roberto Dante.
75

A apresentação do livro acima destaca a utilização das imagens e textos que
buscam motivar os estudantes. Embora essa abordagem possa limitar uma
construção mais autônoma dos conhecimentos matemáticos, há questões que
instigam a argumentação, a formulação de hipótese e as generalizações.
A teoria de matrizes tem aplicações em diversas áreas do conhecimento
humano. Como exemplos na física, economia, estatística, psicologia e etc. Com o
advento do computador, grandes quantidades de informações podem ser
armazenadas e manipuladas de maneira bastante rápida com o uso de matrizes. É
difícil convencer os alunos do ensino médio da importância da teoria de matrizes.
A manipulação de matrizes como técnica de resolução de equações vem de
longa data. O registro que se tem notícia é no texto chinês Jiu Zhang Suan
Shu, (“Nove capítulos sobre a Arte matemática”, entre 300 aC e 200 dC). Que
também cita o conceito de determinante, cerca de 1000 anos antes de Seki
(1683) e Leibniz (1693). Em 1750, Cramer apresentou a regra que leva seu
nome.
No início, a teoria das matrizes enfatizou mais os determinantes que as
matrizes propriamente, e um coneito de matriz semelhante à noção moderna
surgiu apenas em 1858, no livro Memoir on the theory of matrices, de Cayley.
O termo “matriz” foi cunhado por Sylvester, que via a matriz como um objeto
que dava origem a outros menores, semelhantes ao que hoje conhecemos
como cofatores. Etimologicamente, a palavra “matriz” vem do latim mater
(mãe). (BORBA, 2011, p. 12)

Para a maioria dos estudantes esta teoria não passa de um amontoado de
regras difíceis de serem compreendidas e manipuladas e sem utilidade prática. Para
tentar superar este obstáculo, consideramos útil trabalhar com matrizes e introduzir os
conceitos por meio da ferramenta MatEJAZap.
A utilização da ferramenta MatEJAZap tem por objetivo fazer com que o
estudante perceba que o arranjo das informações em formato de tabelas (matrizes)
torna a tarefa de resolver um problema bem mais simples e atrativa. Inicialmente, para
a sistematização dos conceitos de linhas, colunas e a notação e definição de matrizes,
utilizamos problemas do tipo: “representar através de uma tabela, a altura, o peso e a
idade em anos, de todos os alunos do grupo”.
Os conceitos básicos da teoria de matrizes, como adição, subtração,
multiplicação por escalar e multiplicação de matrizes deverão ser obtidos pelos
próprios estudantes.
Tanto para a sistematização do conteúdo, utilizam-se problemas que tenha
uma visibilidade do cotidiano dos estudantes, sendo que a maior dificuldade é
demonstrar onde está sendo aplicado o conteúdo.
Observando essas definições, para o estudante da EJA não faz sentido o que
76

se apresenta, pois não possui uma apresentação concreta onde ele possa vislumbrar
o uso de matrizes. Assim, tornando-se uma das dificuldades de lecionar não só esse
conteúdo, mas também, outros.
Assim com a definição descrita acima, temos duas bases que nos possibilitam
o desenvolvimento da pesquisa: o conteúdo de Matrizes e a ferramenta MatEJAZap,
utilizado como uma estratégia didática e pedagógica com a possibilidade de dar
significado ao ensino e a aprendizagem dos estudantes.
Abordar as definições de Matrizes na EJA, no que se refere à matemática, é
algo a ser debatido com cautela, podemos fazer relações nas quais possibilitem
aos estudantes dominar técnicas operatórias, com o objetivo de ir além de concepções
usualmente difundidas.
A vantagem de se abordar matrizes com estudantes da EJA vem do fato deles
trazerem uma bagagem de vida, no qual suas experiências e conhecimentos são
amplos. Assim, tais situações vividas podem ajudar o professor em suas aulas,
podendo começar por apresentar situações simples e posteriormente apresentar
situações mais complexas.
Dessa forma, o professor deve procurar maneiras de fazer com que esse
conteúdo tenha uma aplicação na vida do aluno e além do mais que seja algo no qual
o conhecimento matemático seja identificado e estabeleça um significado, assim
sendo, o estudante possa investigar e compreender o conteúdo.
É importante desenvolver a capacidade de raciocinar frente a uma
determinada situação em vez de somente trabalhar técnicas de resolução, o
professor deve propiciar momentos de diálogo para melhor entender os seus
próprios alunos, visando atribuir repertórios matemáticos suficientes para o
bom entendimento de vocabulários próprios da área de Matemática. Pois, o
estudante deve refletir, analisar e adquirir experiência objetivando autonomia
no seu modo de pensar ao realizar operações matemáticas mais complexas,
relacionando com problemas mais simples ou correlatos. Pois, “é difícil
imaginar um problema absolutamente novo, sem qualquer semelhança ou
relação com qualquer outro que já haja sido resolvido; se um tal problema
pudesse existir, ele seria insolúvel” (POLYA, 2006, p. 41).

Os livros que foram escolhidos para a revisão de literatura dessa pesquisa
foram os seguintes: Fundamentos de matemática (1977) e Álgebra Linear e aplicações
(1993). Por terem explicações e exemplos de diversas formas e suas resoluções
trazem uma facilidade de compreensão melhor, devido as suas explicações claras.
Vale ressaltar que na Educação de Jovens de Adultos (EJA) não temos o uso do livro
de didático e fica ao critério do professor de que forma será trabalhando os conteúdos,
seguindo o planejamento prévio realizado pelos professores da área de conhecimento
77

de matemática e a utilização deum roteiro detalhado, que passa pela avaliação da
coordenação pedagógica da escola.
A pesquisa vem apresentar um uso para uma definição de matrizes que
possibilite de certa forma ser mais simples, já que podemos, através do uso da
tecnologia, do nosso caso, da ferramenta MatEJAZap, colocar uma situação problema
que tem na vivência dos estudantes da EJA e que possam utilizar uma técnica
matemática simples e acessível aos estudantes.
No que se refere ao conhecimento matemático do nosso dia a dia, cito a Base
Nacional Curricular Comum do Ensino Médio (BNCC), na área de conhecimento de
Matemática e suas tecnologias, na competência 3:
Utilizar estratégias, conceitos, definições e procedimentos matemáticos para
interpretar, construir modelos e resolver problemas em diversos contextos,
analisando a plausibilidade dos resultados e a adequação das soluções
propostas, de modo a construir argumentação consistente. (BRASIL, 2018, p.
531)

Quando pensamos na atualidade do ensino de matemática, pretendemos
sugerir ideias e alternativas de aulas que sejam bem diferentes daquelas que têm sido
comuns nas escolas, as aulas que habituamos é chamada de tradicional com a
utilizaçãoda lousa e piloto de quadro branco. Porém o uso dos artefatos digitais vem
contribuir e ser um importante aliado no processo ensino e aprendizagem, visto que o
une conhecimento, interação, interatividade e a criticidade dos estudantes, tornandose personagens ativos.
O professor utiliza-se de várias estratégias específicas como aliadas no ensino.
A utilização da ferramenta MatEJAZap, configura assim, como uma prática didática
que tem a possibilidade de melhorar o processo de ensino e aprendizagem e sendo
colocado em prática com os estudantes e tendo sempre uma orientação do professor
que é seu parceiro e motivador.
De acordo com a BNCC (2018, p. 535):
No caso da resolução e formulação de problemas, é importante contemplar
contextos diversos (relativos tanto à própria Matemática, incluindo os
oriundos do desenvolvimento tecnológico, como às outras áreas do
conhecimento). Não é demais destacar que, também no Ensino Médio, os
estudantes devem desenvolver e mobilizar habilidades que servirão para
resolver problemas ao longo de sua vida – por isso, as situações propostas
devem ter significado real para eles. Nesse sentido, os problemas cotidianos
têm papel fundamental na escola para o aprendizado e a aplicação de
conceitos matemáticos, considerando que o cotidiano não se refere apenas
às atividades do dia a dia dos estudantes, mas também às questões da
comunidade mais ampla e do mundo do trabalho.
78

No texto ainda desse documento, apresenta-se a possibilidade do uso de
tecnologias que pode dar aos estudantes alternativas de facilitar o ensino e
aprendizagem, reforçando o raciocínio lógico e a possibilidade de construir vários
argumentos.
Além do caráter motivador para o estudo de matrizes, a ferramenta MatEJAZap
e as disposição das imagens, áudios e vídeos, além das atividades que nela se
apresenta, podem também ser utilizadas pelo professor como uma aplicação posterior
à apresentação do conteúdo.
Esperamos que a utilização da ferramenta MatEJAZap seja uma experiência
pedagógica que possibilite aos outros professores, independente da área

de

conhecimento que leciona, que sejam inspirados a uma prática docente diferenciada.

3.2.4. Interação e Interatividade
Na educação, existem vários termos que estão sendo usados e que por si só já
tem um conceito próprio, podemos citar; tecnologias, artefatos digitais, aprendizagem
online, ensino à distância, trabalho remoto, interação e interatividade, estes dois
últimos são os termos que nossa pesquisa tomará como base.
Quando nos referimos à educação, seja ela em qualquer modalidade,
consequentemente estamos falando de interação. Tal prática, inerente às relações
sociais, sempre se fez presente nos processos educacionais.
Quando estamos uma intervenção em aula, seja o professor e aluno e/ou aluno
e aluno, estamos nos referido à interação, mesmo que esteja ocorrendo de maneiras
diferentes.
Segundo Primo (2011, p. 9), os meios digitais abrem novas formas de
comunicação e demandam a reconfiguração dos meios tradicionais ao mesmo tempo
em que ampliam potenciais pouco explorados.
A interação pode acontecer de diversas formas, seja ela fora, ou dentro da sala
de aula. Uma das maneiras de interagir que podemos mencionar é o uso de artefato
digital como mediador do processo de ensino e aprendizagem o que geralmente
ocorre na educação à distância ou até mesmo no ensino em sala de aula de forma
presencial. É nesse contexto que vislumbramos alguns níveis de interatividade, que
não usávamos a certo tempo atrás e na atualidade tem facilidade nos artefatos digitais.
Nossa formação de raízes na Teoria da Informação resiste e impregna a
reflexão sobre a interação mediada por computador. A tão conhecida fórmula
79

emissor — mensagem meio receptor acaba sendo atualizada no seguinte
modelo: webdesigner site Internet usuário. Os termos são outros, foram
"modernizados", mas trata-se da mesma e caduca epistemologia. A diferença
é que se destaca que não apenas se recebe o que o polo emissor transmite,
mas também se pode buscar a informação que se quer. O novo modelo,
então, seria: webdesigner — site — Internet usuário. Essa seria a fórmula da
chamada "interatividade". (PRIMO, 2011, p. 11)

Segundo Pimentel (2013, p.27), o vocábulo “interação” tem sido alvo de muitos
debates e produções científicas, tanto na educação presencial quanto na EAD.
Originalmente a palavra designa a relação entre sujeitos, mediada por processos
comunicacionais escritos, gestuais ou orais.
Existe um novo termo utilizado no século XX e faz com que tenhamos um difícil
conceito, a interatividade, esse conceito é amplamente utilizado no campo das novas
Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) e, não diferentemente, na
educação.
Muitos estudiosos analisam os termos interação e interatividade,
diferenciando-os ou utilizando-os como sinônimos. De forma geral,
entretanto, o que predomina é uma diferenciação básica: a interação envolve
trocas entre os sujeitos, enquanto a interatividade envolve um contato com as
tecnologias atuais. (SALLES, 2019, p.2)

Segundo Salles (2019, p. 02), nossos alunos, hoje, desejam dialogar, participar,
intervir. Dessa forma, os processos de ensino e aprendizagem podem ser ou não
mediado por uma artefato digital, nesse sentido, a escola tem um papel importante
para facilitar a interatividade e termos alunos capazes de fazerem intervenções de
forma significativa.
interatividade mediática geral ultrapassa a situação concreta de espaço e
tempo em que alguém produz; ou alguém "lê" (usa) um produto; ou alguém
reage a um produto; ou alguém age de tal forma a fazer chegar às instâncias
produtoras suas reações, etc. Deve-se perceber a interatividade social em
uma sociedade de comunicação como um conjunto de todas estas (e outras)
ações de tal forma que uma parte significativa das interações em sociedade
se desenvolve em consequência e em torno de "mensagens" (proposições,
produtos, textos, discursos, etc.) diferidas no tempo e no espaço. (Fragoso,
2001 apud Braga, 2000, s.p.)

Segundo Fragoso (2000, p. 3), a palavra interatividade, derivada do neologismo
inglês interactivity, foi cunhada para denominar uma qualidade específica da chamada
computação interativa (interactive Associação Nacional dos Programas de PósGraduação em Comunicação computing). Retornando aos anos 1960, a computação
interativa nasceu da incorporação de teleimpressoras e máquinas de escrever como
unidades de entrada e saída de dados (input e output) de sistemas computacionais.
Segundo Lévy (1999, p. 73), mesmo sentado na frente de uma televisão sem
80

controle remoto, o destinatário decodifica, interpreta, participa, mobiliza seu sistema
nervoso de muitas maneiras, e sempre de forma diferente de seu vizinho.
Estamos querendo, ao falar de interatividade, que o canal de comunicação
funciona nos dois sentidos? Neste caso, o modelo da mídia interativa é
incontestavelmente o telefone. Ele permite do diálogo, a reciprocidade, a
comunicação efetiva, enquanto a televisão, mesmo digital. Navegável e
gravável, possui apenas um espetáculo para oferecer. (Lévy, 1999, p. 79).

3.2.5. Aprendizagem Ubíqua
Segundo Santos (2017, p. 1), o aplicativo WhatsApp foi criado em 2009 por Jan
Koun (EFE, 2014) e o site oficial o descreve como um aplicativo de mensagens
multiplataforma que permite trocar mensagens pelo celular.
Santos (2017) afirma que os usos dos dispositivos móveis pelos praticantes
culturais têm surgido uma busca de alternativas para a produção de outros
conhecimentos e de outras práticas nas diversas redes educativas.
O smartphone, por exemplo, tem o papel de cumprir diversas atividades em seu
cotidiano, registra momentos vivenciados em fotografia, possibilita a troca das
mensagens gerencia atividades e propicia a navegação na internet.
Mídias móveis propiciam que tudo isso seja agenciado de qualquer lugar para
qualquer lugar e em quaisquer momentos, portanto, acesso ubíquo à
informação, à comunicação e à aquisição de conhecimento. Além disso, os
recursos móveis oferecem conectividade individualizada e personalizada o
que intensifica a colaboração em tempo real ou interatividade instantânea que
pode permitir melhores tomadas de decisão. (SANTAELLA, 2014)

Alguns artefatos digitais têm sido naturalizados, proporcionando a partir de
cliques a resolução de problemas e obtenção de informações. O Smartphone
conectado à internet é um exemplo destes artefatos digitais, no qual as redes sociais
têm ocupado boa parte da rotina diária das pessoas de modo geral.
A formação dos indivíduos e como está sendo os seus hábitos na atualidade
vem criar uma tendência de vida, por serem constituídas por artefatos digitais, dando
uma nova roupagem as coisas já existentes.
Os jovens da atualidade estão sendo rotulados da seguinte forma: nativos
digitais ou “Geração Y”. Que tem como característica a maneira de estar ligado aos
artefatos digitais em sua vida, proporcionando formas diferentes de ver a vida.
No campo da educação, surgiu um raciocínio que semelhante ao conceituar a
aprendizagem ubíqua como uma maneira de incorporar o WhatsApp. Segundo
SANTAELLA (2010, p. 19):
Processos de aprendizagem abertos significam processos espontâneos,
81

assistemáticos e mesmo caóticos, atualizados ao sabor das circunstâncias e
de curiosidades contingentes e que são possíveis porque o acesso à
informação é livre e contínuo, a qualquer hora do dia e da noite. Por meio dos
dispositivos móveis, à continuidade do tempo se soma a continuidade do
espaço: a informação é acessível de qualquer lugar. É para essa direção que
aponta a evolução dos dispositivos móveis, atestada pelos celulares
multifuncionais de última geração, a saber: tornar absolutamente ubíquos e
pervasivos o acesso à informação, a comunicação e a aquisição de
conhecimento.

A educação mediada por artefatos digitais torna-se uma ferramenta importante
para uma aprendizagem mais significativa, assim, oferecendo alternativas para o
processo de ensino. A evolução das mídias vem melhorando o desenvolvimento de
metodologias para o ensino e aprendizagem que ampliam as possibilidades de
aprendizagem. Na aprendizagem ubíqua, as tecnologias móveis e portáteis são
utilizadas como instrumentos que permitem que discentes acessem informações em
qualquer lugar e tempo.
Com as tecnologias comunicacionais impressas, temos processos de ensinoaprendizagem baseados no livro didático. Com as tecnologias digitais, em
rede, temos processos de ensino-aprendizagem que se dão por meio de
ambientes virtuais, e hoje, com a emergência dos dispositivos móveis,
processos de ensino-aprendizagem ubíquos. Isso acontece porque nenhuma
forma de comunicação elimina as precedentes. O que observamos é uma
mudança nas funções sociais de cada tecnologia envolvida nos processos
comunicacionais, fazendo emergir práticas sociais novas, suscitando
mudanças também nos espaços-tempos de aprendizagem.

A globalização e o avanço das tecnologias, a educação mediada por artefatos
digitais vêm mudando a maneira de adquirir e compartilhar informações, pela qual
podemos transformá-la em conhecimento, assim, tendo novas metodologias e várias
possibilidades práticas pedagógicas.
Ao dialogarmos com a abordagem multirreferencial, entendemos que
educação não é sinônimo de escolarização, que a aprendizagem não se dá
entre quatro paredes; ela está além dos muros da escola/universidade, numa
relação híbrida com todos os espaços-tempos que nos cercam: museus,
parques, cafés, livrarias, bibliotecas, shopping centers, centros culturais,
clubes, redimensionados pela possibilidade de conjugação desses espaçostempos com o ciberespaço, criando espaços intersticiais (SANTAELLA,
2009). O foco não é a tecnologia em si, mas uma trama que se estabelece na
interatividade, nos usos que produzem conhecimento a partir de novas formas de
ensino-aprendizagem.

Santaella (2013) ressalta que foram as possibilidades da mobilidade que
proporcionaram um tipo de aprendizado individual, personalizado, em grupo e aberto
que trouxeram a superfície esse fenômeno que ela denomina de aprendizagem
ubíqua. A autora entende que a aprendizagem ubíqua está relacionada às
informações que circulam ao redor do aprendiz e que podem ser acessadas de forma
82

simples e rápida, inclusive utilizando os dispositivos móveis, pois estão disponíveis.
Ela considera que a aprendizagem ocorre mesmo quando o aprendiz não tem
consciência dela.

3.3.

METODOLOGIA
De acordo com Flick (2009), a pesquisa qualitativa busca entender, descrever

e explicar os fenômenos sociais a partir “de dentro”, seja analisando indivíduos ou
grupos, examinando as interações e comunicações que eles estejam desenvolvendo
ou investigando documentos, tais como imagens, filmes, textos ou músicas ou algo
semelhante de experiências e interações. Ela busca encontrar padrões 78 e reproduzir
explicações através da interpretação daquilo que os entrevistados ou participantes
dizem ou fazem (GIBBS, 2009).
Ainda segundo Gibbs (2009), uma pesquisa qualitativa é nomotética e dedutiva,
pois está relacionada com a explicação do que as pessoas e as situações têm em
comum com base em teorias e conceitos existentes. Nela, o pesquisador sabe que
suas deduções são interpretações e que é importante representar as visões de
participantes e entrevistados da forma mais fiel e precisa possível.
3.3.1. O Estudo de Caso
A metodologia utilizada para o desenvolvimento dessa investigação foi a
abordagem de pesquisa qualitativa do Estudo de caso, na qual tivemos como
referencial teórico André (2013) e Yin (2001; 2005).
Se o interesse é investigar fenômenos educacionais no contexto natural em
que ocorrem, os estudos de caso podem ser instrumentos valiosos, pois o
contato direto e prolongado do pesquisador com os eventos e situações
investigadas possibilita descrever ações e comportamentos, captar
significados, analisar interações, compreender e interpretar linguagens,
estudar
representações,
sem
desvinculá-los
do
contexto
e
dascircunstâncias especiais em que se manifestam. Assim, permitem
compreender não só como surgem e se desenvolvem esses fenômenos, mas
também como evoluem num dado período de tempo (ANDRÉ, 2013, p. 97).

A metodologia e os métodos que o investigador utiliza encontram-se
dependentes da investigação no qual compõe o referencial teórico de estudo. O
estudo de caso valoriza o conhecimento experiencial e enfatiza o papel importante do
leitor na geração desse conhecimento.
Se o interesse é investigar fenômenos educacionais no contexto natural em
que ocorrem, os estudos de caso podem ser instrumentos valiosos, pois o
contato direto e prolongado do pesquisador com os eventos e situações
83

investigadas possibilita descrever ações e comportamentos, captar
significados, analisar interações, compreender e interpretar linguagens,
estudar representações, sem desvinculá-los do contexto e das circunstâncias
especiais em que se manifestam (ANDRÉ, 2013, p. 97).

Os objetivos do estudo em questão e o que se pretende responder compreende
a experiência de implementação do MatEJAZap do ponto de vista dos alunos da
Educação de Jovens e Adultos do Ensino Médio e a investigação escolhida foi o
estudo de caso.
Para Yin (2001, p.18), os estudos de caso que se destinam ao ensino não
precisam se preocupar com a apresentação justa e rigorosa dos dados empíricos, os
que se destinam à pesquisa precisam fazer exatamente isso.A metodologia estudo de
caso aplica-se quando se procura responder a questão de como e/ou o porquê sobre
os fatos e/ou acontecimentos.
A proposta de Yin certamente oferece diversos parâmetros para se pensar e
discutir o método, pois foi concebida a partir de uma experiência pessoal e de um
contexto específico, que é o aparato burocrático-científico norte-americano
contemporâneo, cuja dotação orçamentária é dramaticamente superior aos recursos
econômicos existentes nos demais países de Primeiro Mundo.
Estudo de Caso como ferramenta de investigação cientifica é utilizado para
compreender processos na complexidade social nas quais estes se manifestam: em
situações problemáticas, para análise dos obstáculos e em situações bem-sucedidas,
para avaliação de modelos exemplares (YIN, 2001, p. 21).
O estudo de caso é próprio para a construção de uma investigação empírica
que pesquisa fenômenos dentro de seu contexto real com pouco controle do
pesquisador sobre eventos e manifestações do fenômeno.
A investigação assumiu uma abordagem de estudo de caso de carácter misto,
em que para além de métodos de índole qualitativa na ecolha e análise dos dados
foram integrados outros de natureza quantitativa sobre a “forma de estatística
descritiva” (BOGDAN & BIKLEN, 1994: 194).
Num estudo de caso, o investigador tem necessidade de “fazer inferências”
sempre que “um evento não pode ser diretamente observado” (YIN, 2005). A
confrontação de dados permite encontrar pontos que possa fazer interferências e
reforça se o estudo é válido ou não. Segundo André (2013, p. 98),
Entre os vários autores que discutem o uso do estudo de caso em educação
(ANDRÉ, 2005; MAZZOTTI, 2006; STAKE, 1995; YIN, 2001), há dois traços
comuns: a) o caso tem uma particularidade que merece ser investigada; e b)
84

o estudo deve considerar a multiplicidade de aspectos que caracteriza o caso,
o que vai requerer o uso de múltiplos procedimentos metodológicos para
desenvolver um estudo em profundidade. A pergunta chave é a seguinte: qual
é o caso? Uma vez identificado o caso, precisa-se indagar: por que é
importante estudá-lo? E após o reconhecimento de sua relevância, é
necessário realizar o estudo, tendo em conta o seu contexto e a multiplicidade de
elementos que o compõem.

Estudo de caso, análises e reflexões estão presentes durante os vários
estágios da pesquisa, particularmente quando do levantamento das informações,
dados e evidências, em situações em que resultados parciais sugerem alterações,
correções de rumo. A sistematização e organização de rascunhos, notas de
observações, transcrições, registros de comentários, diários, opiniões etc. são
coligidos em campo e indexados segundo algum critério definido no protocolo do
estudo.

3.3.2. Cenário da Pesquisa
A pesquisa foi realizada com estudantes da rede pública estadual numa turma
de 3º Período “C” do Ensino Médio da Educação de Jovens e Adultos. Essa turma foi
escolhida porque no seu planejamento está sendo trabalhado o conteúdo abordado
de Matrizes. Vale ressaltar que a escola possuia mais dois 3º períodos que tinha outro
professor atuando, composta por trinta e cinco (35) estudantes, sendo vinte e duas
(22) do sexo feminino e treze (13) do sexo masculino, no turno noturno da Escola
Estadual Ana Lins, situada à Rua Senador Máximo, 131, no centro do município de
São Miguel dos Campos, Alagoas.
A Escola Estadual Ana Lins pertence a rede estadual de educação do estado
de Alagoas. Atende cerca 1044 estudantes que residem próximo à comunidade
escolar e também a estudantes oriundos de outros bairros, principalmente da parte
alta da cidade, que escolhem se deslocar para estudar na escola, pois a escola tem
um histórico de bons resultados em aprovação no Enem e outros vestibulares.
A caracterização da turma foi adquirida do SAGEAL (Diário on-line), que é um
software de gestão escolar desenvolvido pelo Centro de Políticas e Avaliação da
Educação (CAED) da Universidade Federal de Juiz de Fora em Minas Gerais, para
realização da frequência, colocar notas, descrever conteúdos e procedimentos
metodológicos de acordo com a Portaria/SEDUC n.º 4195/20174.
Caracteriza-se por ser uma escola de grande porte, com 14 salas

de aula em

funcionamento, sendo 773 estudantes no Ensino Médio Regular, que compreendem
85

os turnos matutino e vespertino com turmas do 1º, 2º e 3º séries e 271 estudantes na
Educação de Jovens e Adultos (EJA) do Ensino Médio, no turno noturno com turmas do
1º, 2º, 3º e 4º períodos, totalizando 1044 estudantes.A escola possui ainda sala de
recursos, auditório, laboratório de informática, sala de robótica, laboratório de
ciências, além das salas de cunho administrativo.
2.3.3. Ferramenta MatEJAZap
O trabalho de investigação ocorreu no período de aulas presenciais, sendo
utilizado o horário de contra turno para utilização da ferramenta MatEJAZap, que é
utilizada por meio do aplicativo WhatsApp.
A ferramenta MatEJAZap, foi criada no intuito de ser uma possibilidade de
ensino e aprendizagem, vale ressaltar, que na criação dessa ferramenta não se teve
ajuda e nem apoio de nenhuma empresa e/ou órgão. A criação se deu por muita
pesquisa e estudo do professor-investigador em diversas plataformas: Sites,
aplicativos e vídeos de modo geral do yuotube.
É uma ferramenta utilizada por meio do aplicativo WhatsApp de forma intuitiva,
no qual os estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA) do Ensino Médio
recebem conteúdos e atividades de forma gratuita dentro da própria conversa do
WhatsApp, tendo links que direcionam para vídeos e/ou arquivos em PDF.
Os estudantes tem acesso aos conteúdos referente a área de conhecimento de
Matemática de acordo com o planejamento inicial. O MatEJAZap não é uma
ferramenta feita pela escola, foi desenvolvido pelo professor-pesquisador da área de
conhecimento de matemática, mas pode ser utilizado por qualquer outra área de
conhecimento.
Funciona enviando um “oi” para o número do WhatsApp (82) 99163-7672 e já
se inicia a interação com a ferramenta MatEJAZap, seguindo as instruções que
aparecem no WhatsApp.
Para a criação da ferramenta MatEJAZap, foram utilizados outros aplicativos,
sendo eles: WhatsApp Business (Figura 4) e Autoresponder (figura 5). O primeiro é
utilizado devido a possibilidade de criar horários para ter acesso e funcionar como um
robot de atedimento, e o Autoresponder tem a facildade de criação de regras, fazendo
a criação, a inserção de materiais através de links de fácil acesso.

86

3

PORTARIA/SEDUC Nº 4.195/2017
Torna obrigatório e dispõem orientações, responsabilidades, prazos e sanções para utilização do Diário de Classe
on-line no Sistema de Gestão Escolar de Alagoas - SAGEAL.
RESOLVE:
Art. 1º.: Tornar obrigatório o uso do Diário de Classe on-line, disponibilizado no Sistema de Gestão Escolar da
Rede Pública Estadual de Ensino de Alagoas – SAGEAL, como mecanismo oficial da Rede Público Estadual de
Ensino para registro das atividades docentes, avaliação e frequência dos escolares, bem como estabelecer
procedimentos referentes à inserção de dados, prazos e sanções para seu uso pelas Unidades de Ensino.

87

Figura. 4: WhatsApp Business

Fonte: Google

Veja mais informações em:

https://www.whatsapp.com/business/?lang=pt_br

Figura. 5: Autoresponder para WhatsApp

Fonte:Google

88

Veja mais informações em:

https://autoresponder-for-a.br.uptodown.com/android
A logomarca (Figura 6) da ferramenta tem como visual a ideia do WhatsApp
devido ao seu formato, mas traz a letra “M” no centro que indica a área de
conhecimento de Matemática e a sigla EJA, que representa a modalidade Educação
de Jovens eAdultos, sendo assim, é descrito : Mat – Matemática; EJA Educação
de Jovens e Adultos e Zap sigla
utilizada para representa o aplicativo WhatsApp.

Figura. 6: Logomarca MatEJAZap

Fonte: Autoria Própria

O WhatsApp Business (Figura 4) é um aplicativo gratuito que foi desenvolvido
para atender as necessidades de pequenas empresas. O processo de instalação é
simples e leva poucos minutos, sendo apenas duas etapas: fazer o download do
aplicativo para celulares Android e IOS, e depois validar seu número de telefone. O
aplicativo permite que o usuário organize as conversas com clientes e ofereça seus
produtos de forma profissional.
O Autoresponder é um recurso que integra o seu WhatsApp a mecanismo de
mensagem para realizar envios automáticos em massa. Além de servir como uma
maneira de otimizar o seu tempo, também permite impactar o seu público com
89

mensagens personalizadas em diversos contextos diferentes. Em tese, qualquer envio
que é feito automaticamente a partir de uma ação do usuário é classificado como
autoresponder.

3.3.4. Funcionamento, Interação e Interatividade da Ferramenta MatEJAZap
O Funcionamento da ferramenta da ferramenta é feito de forma simples e
intuitiva e estão relacionados a seguir de forma bem detalhada:
Salvar o número da ferramenta no seu celular, 82-991637672 adicionando o
nome de MatEJAZap (Figura 7).
Figura. 7: Contato salvo no telefone

Fonte: Autoria Própria

Após ter salvo o nome, envia uma mensagem de texto “oi” na MatEJAZap,
caso seu nome esteja salvo no celular do professor (Figura 8), a ferramenta irá lhe
responder com seu nome, se não estiver salva, responderá com seu número de
telefone (Figura 7) e irá responde e, nesse texto, irá aparecer os passos a serem
seguidos, assim como vídeo de abertura da ferramenta MatEJAZap.

90

Figura. 8: Primeira Interação do estudante com “oi”

Fonte: Autoria Própria

91

-

A partir desse momento acontece tudo de forma intuitiva e o professor

também estará lhe acompanhando desde o início para observar se estão seguindo os
passos corretos.
Figura. 9: Print inicial do vídeo de abertura

Fonte: Autoria Própria

Veja esse vídeo (Figura 9) em:

https://www.youtube.com/watch?v=WZRkZzqTDs8&t=6s

No vídeo de abertura, vem mostrando como é bem interativa a ferramenta e
quais são as formas de utilização. Vale ressaltar que a intervenção do professor é feito
pelo WhatsApp privado do professor, para dar orientações necessárias e/ou se
porventura, haja alguma dúvida ou esclarecimento para o estudante.

92

Figura. 10: Segunda Interação do estudante com “Número correspondente a série”

Fonte: Autoria Própria

Após assistir ao vídeo inicial que mostra como funciona a ferramenta
MatEJAZap, o estudante irá escolher sua turma, no caso do nosso estudo, o número
a ser digitado será o três (3), por se trata da turma do 3º Período “C”.Assim acontecerá
mais uma interação com o aluno, nesse caso, irá mostrar os conteúdos a serem
estudados.
Feito a leitura do texto e seguindo a regra irá enviar uma mensagem de “ok”.
Assim seguirá para a próxima etapa da ferramenta.
Figura. 11: Terceira Interação do estudante com a resposta “ok”

Fonte: Autoria Própria

93

Quando o estudante segue a instrução da ferramenta e digita de acordo com o
que é solicitado, terá uma nova interação e sempre com um comando a seguir e esse
pode ser alterado de acordo com a construção das regras pelo professor-pesquisador.

Figura. 12: Quarta Interação do estudante com “sim”

Fonte: Autoria Própria

A partir desse momento está sendo disponibilizados os materiais de estudo
para o estudante, no qual ele pode ver e rever a qualquer momento e em qualquer
ambiente que ele se encontra, no nosso caso de estudo será disponibilizado um vídeo,
e como se trata da modalidade EJA, procuramos um canal no YouTube que tivesse
uma linguagem apropriada para os estudantes maiores de 18 anos, no caso
escolhemos o canal do Centro Estadual de Educação de Jovens e Adultos (CEEJA),
do Professor Luiz Carlos Romanzzini, que atende aos estudantes das modalidades
dos Ensino Fundamental e Médio aos alunos maiores de 18 anos.

94

Figura. 13: Print do Canal no YouTube CEEJA com conteúdo de Matrizes

Fonte: Autoria Própria

Veja esse vídeo (Figura13) em:

https://www.youtube.com/watch?v=yHdXxaX3JmI&t=70s

95

Figura. 14: Print do conteúdo de Matrizes da ferramenta MatEJAZap

Fonte: Autoria própria

Veja esse conteúdo em:

https://drive.google.com/file/d/1vfpgRYVIKwnsM-Hjb2UnVUJbE0kutBu_/view?usp=sharing

O conteúdo trabalhado foi abordado de forma a trazer clareza e que seja de
forma simples. Segundo Gardner (2000), cada pessoa é um sujeito ímpar com forças
cognitivas diferentes. Cada indivíduo aprende de forma e estilos diferentes do outro,
mesmo que sejam ambos oriundos de uma mesma sociedade ou meio cultural. Ele
afirma que as inteligências não mudam com a idade humana, mas sim com a
experiência como sendo um atributo ou faculdade do indivíduo. Segundo o estudioso,
as inteligências não nascem prontas nos indivíduos, ainda que uns possam apresentar
níveis mais elevados do que outros nesta ou naquela inteligência. Por isso a ideia de
vídeo, texto e imagens.
96

Figura. 15: Print da atividade de Matrizes da ferramenta MatEJAZap

Fonte: Autoria Prórpia

Veja essa atividade em:

https://drive.google.com/file/d/1kj4w6hZ5l1aopUL3ieg2eo7kKJ_x8E5s/view?usp=sharing

Espera-se uma atitude positiva do estudante com relação ao conteúdo, ou seja,
desenvolvendo sua capacidade de “fazer Matemática”, construindo conceitos e
procedimentos, formulando e resolvendo problemas por si mesmo e, assim, aumentar
sua autoestima e perseverança na busca de uma solução para um problema.
O estudante deverá demonstrar o domínio do conteúdo, abordado em sala de
aula e utilizar a ferramenta MatEJAZap para auxiliar no processo de ensino e
aprendizagem. É oportuno ressaltar que este conteúdo está contemplado na Base
Nacional Comum Curricular na competência n.º 3, na habilidade EM13MAT301,
respectivamente:
Utilizar estratégias, conceitos, definições e procedimentos matemáticos para
interpretar, construir modelos e resolver problemas em diversos contextos,
analisando a plausibilidade dos resultados e a adequação das soluções
97

propostas, de modo a construir argumentação consistente. (Brasil, 2018, p.
531).

Ainda, segundo a BNCC (2018, p. 536), de acordo com a habilidade
EM13MAT301:
Resolver e elaborar problemas do cotidiano, da Matemática e de outras áreas
do conhecimento, que envolvem equações lineares simultâneas, usando
técnicas algébricas e gráficas, com ou sem apoio de tecnologias digitais.
Figura. 16: Quinta Interação do estudante com as respostas das atividades, digitando “feito”

Fonte: Autoria Própria

O professor tem a possibilidade de proporcionar situações que permitam surgir
uma variedade de procedimentos, dando ênfase a resolução e não apenas a obtenção
das respostas corretas. Na figura 9, os estudantes poderão analisar se suasrespostas
estão corretas ou não.
Figura. 17: Sexta Interação do estudante, digitando o termo “vamos”

Fonte: Autoria Própria
98

Na Figura 17, é como se o professor observasse se o aluno quer dar
continuidade aos conteúdos e/ou atividades, pois depois que o estudante fizer a
avaliação das atividades respondidas, ele irá perceber se está pronto e com
disposição para continuar utilizando a ferramenta.

99

Figura. 18: Sétima Interação do estudante, digite a letra “s” e/ou “n”

Fonte: Autoria Própria

Na figura 18, o estudante irá fazer sua autoavaliação de acordo com interação
feita na ferramenta, assim também como das respostas obtidas das atividades por ele
respondidas. A autoavaliação realizada de forma processual pode ser um fator
importante na prática avaliativa, tanto da área de conhecimento como para sua vida.
Requer que o estudante faça uma análise de todos os aspectos que estão envolvidos
no seu processo de aprendizagem, vendo suas percepções, seus sentimentos e
futuras ações.

100

Figura. 19: Oitava interação do estudante

Fonte: Autoria Própria

É muito comum uma pessoa, no seu dia a dia, refletir sobre suas ações,
buscando alternativas que a leve à realização das suas metas. A atitude de avaliar
suas próprias ações também pode ser útil no desenvolvimento das aprendizagens
escolares. Villas Boas (2009, p. 51), conceitua assim a autoavaliação:
A autoavaliação é um componente importante da avaliação formativa. Referese ao processo pelo qual o próprio aluno analisa continuamente as atividades
desenvolvidas e em desenvolvimento, registra suas percepções e seus
sentimentos e identifica futuras ações, para que haja avanço na
aprendizagem.

Segundo (Costa, 2013, p. 3), uma estratégia a ser desenvolvida na prática da
autoavaliação é a autocorreção. O erro precisa assumir uma conotação na qual possa
servir como elemento para a realização das aprendizagens dos estudantes. Isso
poderá ocorrer oportunizando ao estudante a autocorreção, momento em que, a partir
de uma reflexão sobre sua produção, ele mesmo procurará caminhos alternativos que
sejam satisfatórios à solução das atividades propostas.
O uso da autocorreção durante o processo de ensino e aprendizagem colabora
para o desenvolvimento da capacidade de refletir e analisar antes, durante e depois
da realização das atividades propostas ao longo das aulas.

101

Figura. 20: Print final do vídeo de encerramento

Fonte: Autoria Própria

Veja esse vídeo (Figura 20) em:

https://www.youtube.com/watch?v=bSBWkmHc47c

3.4.

RESULTADOS E DISCUSSÕES
No caso da nossa pesquisa, as atividades foram realizadas de acordo com o

conteúdo de Matrizes, conforme planejamento realizado no início do ano letivoe focado
à modalidade da Educação de Jovens e Adultos.
A utilização da tecnologia e da internet como via de comunicação entre
professor e o estudante, em especial o estudante adulto, torna-se importante no
momento em que os envolvidos possam trocar informações referentes ao ensino da
matemática, e em nosso caso, o estudante tem uma ferramenta que possa possibilitar
uma maior interação e interatividade, como menciona Martins (2014, p. 118):
Ao valorizarmos as interações, não estamos esquecendo que a sala de aula
tem papéis que precisam estar bem-definidos, mas também queremos
reforçar que estes papéis não estão rigidamente constituídos, ou seja, o
professor vai, sim, ensinar o seu aluno, mas este poderá aprender também
com os colegas mais experientes ou que tiverem vivências diferenciadas.

Portanto, a utilização da ferramenta MatEJAZap, trouxe as atividades para a
102

resolução dos estudantes, onde os registros das respostas devem serem feitas no
caderno.
Nesse delineado, as atividades desenvolvidas, propostas foram:
Figura. 21: Atividade 1 – Ferramenta MatEJAZap

Fonte: Autoria Própria

Na atividade, inicialmente apresenta-se um texto informativo, no qual tem uma
tabela de tarifas bancárias e que está disponibilizada em linhas e colunas para que o
estudante possa ter essa visão e perceba uma matriz, conhecendo assim seus
alimentos. Tem como objetivo levar o estudante a compreender que o estudo das
Matrizes não possui apenas apresentação de fórmulas prontas e que a mesma está
presente em diversas áreas do conhecimento, como destaca Borba (2011).

103

Figura. 22: Evidências de algumas respostas dos estudantes da Atividade 1

Fonte: Autoria Própria

A figura 22 mostra como está sendo registrada pelos estudantes a resolução das
atividades, neste caso, para ser mais específico, da Atividade 1.
Percebe-se que a ferramenta propicia uma eficaz interação e uma
interatividade e que assim pode mudar e que possa existir uma possibilidade na
melhoria da prática professor no processo de ensino e aprendizagem.

104

Figura. 23: Atividade 2 – Ferramenta MatEJAZap

Fonte: Autoria Própria

A atividade acima apresenta uma situação do cotidiano, na qual o estudante irá
procurar visualizar um objeto e/ou um material que possibilite lembrar uma matriz,
assim terá a possibilidade de demonstrar se realmente entendeu o conteúdo.
O domínio da ferramenta MatEJAZap é um fator importante que pode
influenciar no resultado. Os estudantes em todo o processo de ensino e aprendizagem
tem que saber manusear de forma consistente e motivadora.
É válido enfatizar que os alunos que não tinham smarthphone poderiam fazer
apenas o desenho no caderno, de forma que representasse uma matriz.

105

Figura. 24: Evidências de algumas respostas dos estudantes da Atividade 2

Fonte: Autoria Própria

Esses são registros de alguns estudantes referente à Atividade 2, a partir dos
quais fica claro que o estudante já faz a associação do conteúdo Matrizes com o seu
cotidiano.

3.4.1. Autoavaliação
A autoavaliação dos estudantes foi uma estratégia encontrada pelo professor
na sua vivência com os estudantes, tornando a pesquisa do estudo de caso uma
interação e uma interatividade nas situações propostas.
Acreditamos que a utilização da tecnologia para o processo de ensino e
aprendizagem, demonstrando interesse naquilo que os estudantes acham
significativo, na busca de conhecimentos matemáticos, no nosso caso de estudo,
Matrizes, e, para isso, o professor deve ter autonomia da aprendizagem por meio de
ferramentas que os motive a buscar mais conhecimentos.
Moran (2013, p. 142), destaca que:
O professor assume uma nova atitude. Embora, vez por outra, ainda
desempenhe o papel do especialista que possui conhecimentos e/ou
experiências a comunicar, o mais das vezes ele vai atuar como orientador
das atividades dos alunos, consultor, facilitador, planejador e dinamizador de
situações de aprendizagem, trabalhando em equipe com o aluno e buscando
os mesmos objetivos. Em resumo: ele vai desenvolver o papel de mediador
pedagógico.

Segundo Costa (2013, p. 4), o aluno passa a julgar as suas produções e, ainda,
controlar as suas ações, passando a não depender apenas da avaliação do professor,
mas, torna-se capaz de monitorar as suas produções.
106

A autoavaliação realizada na forma processual pode ser um elemento muito
importante na prática avaliativa. Requer uma análise, por parte do aluno, de
todos os elementos envolvidos no seu processo de aprendizagem (aspectos
cognitivos e atitudinais), levando ao registro de suas percepções e seus
sentimentos, identificando futuras ações. (Costa, 2013, p. 32).
Gráfico. 1: Autoavaliação dos alunos utilizando a ferramenta MatEJAZap

6%

14%

20%
20%
11%

29%

Ótimo

Bom

Regulat

Insuficiente

Não respondeu

Não concluiram

Fonte: Autoria Própria

Na ferramenta MatEJAZap, após o momento de estudo dos estudantes, o aluno
realizou uma autoavalação, na qual fez o seu desenvolvimento do conteúdo estudado,
no nosso caso Matrizes.
Optamos por este tipo de avaliação, devido a opinião do estudante ser
fundamental no processo e na prática da autoavaliação utilizar a autocorreção, assim,
o erro precisa assumir um papel que possa servir como elemento para a realização
das aprendizagens dos estudantes. Isso poderá ocorrer oportunizando ao estudante
a autocorreção e reavaliação de ações e atitudes, pois é o momento em que, a partir
de uma reflexão sobre o que foi respondido e realizado, o aluno pode redesenhar suas
atitudes frente ao que foi trabalhado, como comenta Costa (2013).
Observando as autovaliações que os estudantes realizaram, percebe-se que
14% dos estudantes consideram ótimo o desenvolvimento, já 20% consideraram bom
o seu desempenho, 29% consideraram regular, 11% consideram insuficientes, 20%
não responderam e 6% não concluíram a autoavaliação. Com relação aos que não
responderam e/ou não concluíram, uma observação importante a destacar é que, na
sua maioria, fizeram as atividades, até comprovando com fotos, mas não realizaram
a autoavaliação.
Acreditamos que o desempenho foi satisfatório. somando-se os estudantes que
107

se autoavaliaram como regular,bom e ótimo, o valor totalizou 63% dos estudantes que
participaram da pesquisa. O fato de não serem habituados a participarem de uma
autoavaliação, principalmente na área de conhecimento de matemática, deve ser
considerado nestes resultados.

3.5.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Mesmo estando presente no cotidiano da população e os estudantes estarem

habituados a esta tecnologia, o uso do celular, para ser mais claro, o uso do WhatsApp,
,para fins educacionais ainda é visto como um desafio para muitos educadores, que
precisam estar preparados para fazer uso de forma eficaz e significativa como uma
ferramenta pedagógica.
No caso da matemática, a aprendizagem se concretiza praticando, exercitando,
resolvendoexercícios. A sensibilização do estudante e acompanhamento do professor
na execução das atividades pelo WhatsApp contribuem para eficiência dos objetivos
propostos, por isso a criação dessa ferramenta intitulada MatEJAZap.
Foi observado na pesquisa que a interação e interatividade entre o estudante e
o professor-pesquisador foram significativas, assim como o fato do estudante poder
realizar seu estudo a qualquer momento e em qualquer lugar.
Na troca de informações, os estudantes tiveram uma preferência em fazê-la com
o professor-pesquisador do que entre eles, vale ressaltar que essa troca de
informações era realizada pelo Whatsapp particular do professor e não pela
ferramenta MatEJAZap. Nas intervenções realizadas pelo professor-pesquisador, o
atendimento aos estudantes é significativo, pois sentem-se valorizados e motivados a
resolver as atividades propostas.
Através da interação pela ferramenta MatEJAZap, o professor e o estudante
têm uma comunicação mais efetiva, assim o estudo de Matrizes, nosso estudo de
caso, os estudantes têm mais tempo de estudar e percebe-se que não tem uma
imposição no que é feito.
A ferramenta MatEJAZap fornece facilidade na busca de conteúdos e
atividades, o que proporciona ao estudante uma infinidade de possibilidades de
visualizar o conteúdo pretendido e de várias formas, seja em vídeo, em texto (PDF)
ou em imagens.
As atividades geraram novas experiências, pois além das aulas, houve um
108

processo de interação e interatividade. A tarefa do professor-pesquisador foi a de
sensibilizar e motivar os estudantes, de modo que a interação concentrou-se na
ligação da disciplina do conteúdo de Matrizes, voltado ao cotidiano e interesses dos
estudantes e seguindo a proposta pedagógica da escola.
O uso da ferramenta MatEJAZap no processo ensino e aprendizagem do
conteúdo de Matrizes da disciplina de Matemática permitiu a interação e possibilitou
o estímulo dos estudantes por ser aplicado de forma que utilizassem conhecimentos
presentes no cotidiano.
Com relação aos aparelhos e a tecnologia necessários para aplicação. Um
problema verificado é que os smartphones apresentam uma tela pequena, o que
dificulta a leitura e o manuseio, por se tratar de estudantes da Educação de Jovens e
Adultos e também a questão do pacote de dados da internet e é uma questão que
deve ser considerada na telefonia móvel, visto que pode ser uma barreira para o uso
da tecnologia de maneira eficaz.
O uso da ferramenta MatEJAZap nas atividades possibilita diminuir a distância
existente entre o que se estuda na escola e a realidade dos estudantes e tornando-se
um estímulo ao uso das tecnologias no processo de aprendizagem. Busca-se um
aprendizado significativo, pois o estudante passa a vivenciar uma nova experiência,
há a valorização do aluno em suas singularidades, possibilitando a aquisição de novos
saberes, estimulando o potencial de aprendizagem dos alunos e pesquisa sobre o
conteúdo.
O ensino e aprendizagem da Matemática, no nosso caso, o conteúdo de
matrizes, pôde proporcionar aos estudantes novas experiências educativas e
inovadoras, pois favoreceu aos estudantes adquirir conhecimentos significativos e de
maneira facilitadora.
Na disciplina de matemática, faz-se necessário que o professor de Matemática
explore em suas aulas diferentes recursos e artefatos digitais, procurando estar
sempre atualizado, pois, assim, tornará as aulas mais criativas, interativas com a
possibilidade de “abrir os olhos” dos estudantes, conduzindo-os ao raciocínio, a
aprendizagem e dessa forma, tornam-se agentes ativos do processo ensino e
aprendizagem.

109

3.6. REFERÊNCIAS

ANDRADE, Kalina Lígia Almeida de Brito. Paulo Freire dialogando com a
matemática. Rev. Diálogo Educ., Curitiba, v. 18, n. 56, p. 231-252, jan./mar. 2018.

BEISIEGEL, Celso de Rui. Paulo Freire. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, Editora
Massangana, 2010. 128 p.: il. – (Coleção Educadores).

BORBA, Elizandro Max. Uma proposta para o ensino de Matrizes com apoio da
tecnologia. UFRS, Porto Alegre, 2011.

BRASIL, Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular (versão final).
Brasília: MEC/Secretaria de Educação Básica. 2018.

BRITO, José A. M. de. As práticas de letramento no contexto da EJA. Manaus:
UFAM, 2011.

CALLIOLI, Carlos A. e outros. Álgebra linear e aplicações. 6 ed. rev. São Paulo:
Atual, 1993.

CARLI, Solange Auxiliadora Souza. Políticas públicas para a eja (educação de
jovens e adultos) no sistema de ensino de belo horizonte no período de
1990/2000: ordenamentos legais e efetivação institucional. Belo Horizonte:
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, 2004.

FÁVERO, Osmar; FREITAS, Marinaide. A educação de adultos e jovens e adultos.
Goiânia, v. 36, n. 2, p. 365-392, jul./dez. 2011.

Flick, U. (2009). Desenho da pesquisa qualitativa (Artmed Editora S.A, Trad.) Porto
Alegre: Artmed Editora S.A. (Obra original publicada em 2008).

FRAGOSO, Suely. De interações e interatividade. Revista Fronteiras, 2001.

110

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam.
São Paulo: Autores Associados: Cortez, 1989.

GADOTTI, Moacir; ROMÃO, José E. (Orgs.). Educação de Jovens e Adultos.
Teoria, prática e proposta. 12 ed. São Paulo: Cortez, 2011.

GARDNER,Howard. Inteligências Múltiplas: a teoria na prática 1. ed. Porto Alegr
e: 2000. 1 ed. Porto Alegre : Artmed, 2000.

Gibbs, G. (2009). Análise de dados qualitativos (Artmed Editora S.A, Trad.) Porto
Alegre: Artmed Editora S.A. (Obra original publicada em 2008).

HADDAD, Sérgio; PIERRO, Maria Di. Escolarização de jovens e adultos. Rev. Bras.
Educ. [online]. 2000, n.14, pp.108-130.

IEZZI, Gelson e HAZZAN, Samuel. Fundamentos de Matemática Elementar:
Sequências, Matrizes, Determinantes e Sistemas. Volume 4. São Paulo: Editora
Atual, 2006.

JULIÃO, Elionaldo Fernandes; BEIRAL, Hellen Jannisy Vieira; FERRARI, Glaucia
Maria. As Políticas de Educação de Jovens e Adultos na atualidade como
desdobramento da Constituição e da LDB. Unisul, Tubarão, v.11, n. 19, p. 40 – 57.

LÉVY, Pierre. Cibercultura. Tradução de Carlos Ireineu da Costa. São Paulo: Ed. 34,
1999.
MARTINS, João Carlos. Vygotsky e o Papel das Interações Sociais na Sala de
Aula: Reconhecer e Desvendar o Mundo. Série Ideias, 1997.

PAIVA, Vanilda. História da Educação Popular no Brasil. Educação Popular e
Educação de Adultos. São Paulo: Edições Loyala, 6ª ed. 2003.

PIMENTEL, Fernando Silvio Cavalcante. Interação on-line: um desafio da tutoria.
Maceió: EDUFAL, 2013.
111

POLYA, G. A arte de resolver problemas: Um novo aspecto do método
matemático. Tradução e adaptação Heitor Lisboa de Araújo. Rio de Janeiro:
Interciência, 2006.

PRIMO, Alex; Interação mediada por computador: comunicação, cibercultura,
cognição. Y. Edição, Porto Alegre: Sulina. 2011. (Coleção: Cibercultura) 239 p.

SALLES, Marluce. Interação e interatividade em educação. Revista Linha Direta.
2019.

SANTAELLA, L. Prefácio: App-Learning e a imaginação criativa a serviço da
educação. COUTO, E.; PORTO, C.; SANTOS, E. (Org.).

App-Learning:

experiências de pesquisa e formação. Salvador: Edufba, 2016.

. A aprendizagem ubíqua na educação aberta. 2014.

. Comunicação ubíqua: repercussões na cultura e na educação.
SãoPaulo: Paulus, 2013.

. A aprendizagem ubíqua substitui a educação formal? Revista
de Computação e Tecnologia. N. 1, Vol. II. Puc: São Paulo, 2010.

SANTOS, Edméa; WEBER, Aline. Educação e cibercultura: aprendizagem ubíqua
no currículo da disciplina didática. Rev. Diálogo Educ., Curitiba, v. 13, n. 38, p. 285302, jan./abr. 2013.

SANTOS, R., CARVALHO, F.S.P., and MADDALENA, T.L. Conversas ubíquas via
Whatsapp: ambiências formativas multirreferenciais. In: PORTO, C., OLIVEIRA,

K.E., and CHAGAS, A., comp. Whatsapp e educação: entre mensagens, imagens e
sons [online]. Salvador: Ilhéus: EDUFBA; EDITUS, 2017, pp. 193-214. ISBN 978-85112

232-2020-4. https://doi.org/10.7476/9788523220204.0011.

SILVA, Andressa Hennig ; FOSSÁ, Maria Ivete Trevisan . Análise de conteúdo:
exemplo de aplicação da técnica para análise de dados qualitativos. Qualit@s
Revista Eletrônica ISSN 1677 4280 Vol.17. No 1. 2015.

SOUZA, José dos Santos; SALES, Sandra Regina. Educação de jovens e adultos:
políticas e práticas educativas. Rio de Janeiro : NAU Editora : EDUR, 2011. 240p.
(Docência.doc ; v. 3).

SOUZA, José Eduardo Pereira de. Informática na EJA: contribuições da teoria
histórico cultural. Unes: Marília, 2010. p. 169.

STEPHANOU, Maria; BASTOS, Maria Helena (orgs). Histórias e Memórias da
Educação no Brasil. Vol. III. Petrópolis: Vozes, 2005.

VOLPE, Geruza Cristina Meirelles. O financiamento da educação de jovens e
adultos no período de 1996 a 2006: farelos de migalhas. Campinas, SP, 2010.

113

4. CONSIDERAÇÕES GERAIS
Esta pesquisa partiu da crescente utilização de artefatos digitais pela população
como um todo e a inquietação de estudar como seria a utilização destes artefatos na
área educacional, por meio da aplicação de estudo com o público da EJA – Educação
de Jovens e Adultos, público este tão carente de material didático específico para sua
área de atuação.
A ferramenta MatEJAZap foi criada no intuito de ser uma possibilidade de
ensino e aprendizagem. Vale ressaltar que, na criação desta ferramenta, não se teve
ajuda e nem apoio de nenhuma empresa e/ou órgão. A criação se deu por muita
pesquisa e estudo do professor-investigador em diversas plataformas: sites,
aplicativos e vídeos de modo geral do Youtube.
Com a pesquisa realizada, originaram-se dois artigos, o primeiro artigo, tem
como título Ferramenta Matejazap como Estratégia no Ensino de Matemática e o
segundo artigo, com o título A Utilização do Whatsapp para o Ensino de Matrizes:
um Estudo de Caso na Educação de Jovens e Adultos.
Por meio dos estudos realizados, verificou-se que a aplicação da ferramenta
MatEJAZap com o aplicativo WhatsApp está relacionada a uma metodologia ativa e
nessa pesquisa-ação foi demonstrado a possibilidade de construção do conhecimento
matemático. Vale ressaltar que se faz necessário que o professor trabalhar a
motivação dos envolvidos e trazer as atividades com um contexto diário vivenciado
pelos estudantes, já que é uma modalidade para jovens e adultos.
Mediando da melhor maneira possível fazendo as intervenções necessárias, o
processo de ensino e aprendizagem terá uma maior clareza sendo possível observar
a participação dos estudantes com a ferramenta MatEJAZap ou qualquer que seja o
recurso digital.
A ferramenta MatEJAZap fornece facilidade na busca de conteúdos e
atividades, o que proporciona ao estudante uma infinidade de possibilidades de
visualizar o conteúdo pretendido e de várias formas, seja em vídeo, em texto (PDF),
em imagens. O uso da ferramenta MatEJAZap nas atividades possibilita amenizar
uma distância existente entre o que se é estudado na escola e a realidade dos
estudantes e torna-se um estímulo ao uso das tecnologias no processo de
aprendizagem.
Dessa forma, busca-se um aprendizado significativo, pois o estudante passa a
114

vivenciar uma nova experiência, há a valorização do aluno em suas singularidades,
possibilitando a aquisição de novos saberes, estimulando o potencial de
aprendizagem dos alunos e pesquisa sobre o conteúdo.
O estudo da Matemática, como apresentado nesta pesquisa, realizado por meio
do conteúdo de matrizes, pode proporcionar aos estudantes novas experiências
educativas e inovadoras, pois vem favorecer aos estudantes maior interação com o
professor por meio dos artefatos digitais, o que pode facilitar no estudo de conteúdos
de Matemática, fazendo com que estes possam ser trabalhados de forma a tornar a
sala de aula um ambiente para se explorar e possibilitar a reflexão e a criticidade dos
estudantes.
É importante que o professor compreenda a necessidade da interação,
interatividade e também conheça a realidade de seus estudantes, seu cotidiano, suas
experiências e trabalhar de forma a inseri-los nas atividades. Fazer com que os alunos
vivenciem o conteúdo que se relacione com seu contexto cultural, social e não um
conteúdo desconexo da realidade.
A aplicação do uso de artefatos digitais por meio da ferramenta elaborada
apresentou uma mudança no processo de ensino e aprendizagem, aliado ao
componente de motivação dos estudantes, trouxe comprometimento e participação
destes em todo o percurso metodológico realizado. Compreender o que estamos
ensinando e aprendendo é imprescindível ao processo educativo.
O trabalho realizado e apresentado nos dois artigos nos mostra que a aplicação
de ferramentas digitais podem proporcionar uma ganho na interação, participação,
envolvimento dos alunos com os conteúdos trabalhados, pois todo o processo foi
passado para os envolvidos de forma clara e direcionada pelo professor-pesquisador.
Concluímos, portanto, que foi importante e gratificante o uso da ferramenta
durante as atividades propostas e conforme os resultados apresentados, recebemos
a avaliação dos estudantes, que foi positiva referente à ferramenta MatEJAZap,
enquanto possibilidade de interação, participação dos alunos e aprendizagem de
conteúdos, já que a maioria destacou que a ferramenta foi eficiente na forma como
abordou os conhecimentos matemáticos. Seguimos na expectativa de que novas
pesquisas sejam desenvolvidas, focando as possibilidades e limitações do trabalho
com ferramentas digitais.

115

5.

REFERÊNCIAS GERAIS

ALVES, André Luiz; PORTO, Cristiane de Magalhães. “Whatsaula: aprendizagem
colaborativa em movimento. João Pessoa: Editora UFPB, 2019. 180 p.

AMORIM, Maria Gorete Amorim; FREITAS, Marinaide Lima Queiroz; MOURA, Tânia
de Melo. A Educação de Jovens e Adultos em Alagoas: Uma Releiitura das
Políticas e Ações em Âmbito Governamental nas Décadas de 1990 A 2000. 2009.
Recife – UFPE.

ANDRADE, Kalina Lígia Almeida de Brito. Paulo Freire dialogando com a
matemática. Rev. Diálogo Educ., Curitiba, v. 18, n. 56, p. 231-252, jan./mar. 2018.

APRENDIZAP.

C2019.

Página

inicial.

Disponível

em:

<

https://www.aprendizap.com.br/>

ARAUJO, P. C.; BOTTENTUIT JUNIOR, J. B. O Aplicativo de Comunicação
WhatsApp como Estratégia no Ensino de Filosofia. Temática (João Pessoa.
Online), v. XI, p. 11-23, 2015.

BEISIEGEL, Celso de Rui. Paulo Freire. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, Editora
Massangana, 2010. 128 p.: il. – (Coleção Educadores).

BORBA, Elizandro Max. Uma proposta para o ensino de Matrizes com apoio da
tecnologia. UFRS, Porto Alegre, 2011.

BRASIL, Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular (versão final).
Brasília: MEC/Secretaria de Educação Básica. 2018.

BRASIL, Conselho Nacional de Educação. Parecer n.º 6/2010. Distrito Federal: 2010.

BRITO, José A. M. de. As práticas de letramento no contexto da EJA. Manaus:
UFAM, 2011.
116

CALLIOLI, Carlos A. e outros. Álgebra linear e aplicações. 6 ed. rev. São Paulo:
Atual, 1993.

CARLI, Solange Auxiliadora Souza. Políticas públicas para a eja (educação de
jovens e adultos) no sistema de ensino de belo horizonte no período de
1990/2000: ordenamentos legais e efetivação institucional. Belo Horizonte:
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, 2004.

COSCARELLI, C. V.; RIBEIRO, A. E. (Org.). Letramento digital: aspectos sociais e
possibilidades pedagógicas. Coleção Linguagem e Educação. Belo Horizonte:
Ceale/Autêntica, 2005. 244 p.

CORTELA, Mario Sérgio. Não nascemos prontos!: Provocações Fillosóficas. 15.
Ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013.

COSTA, Wanderleya Nara Gonçalves. Dissertações e Teses Multipaper: Uma Breve
Revisão Bibliográfica. Seminário Sul-Mato-Grossense de Pesquisa em Educação
Matemática. Mato Grosso, v. 8 n. , p. 1-10, 2014.

DANTE, L. R. Didática da resolução de problemas de matemática. 3. ed. São
Paulo: Ática, 1991.

DELORS, J. Educação: um tesouro a descobrir. 2ed. São Paulo: Cortez Elabore
três tipos de fichas (citação, resumo e analítica) com base no texto: “Os 4 pilares da
Educação” de Jacques Delors. Brasília, DF: MEC/UNESCO, 2003.
ENSINO: UM PANORAMA. IN: SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE PESQUISA E
ESTUDOS QUALITATIVOS. 5, 2018, Foz do Iguaçu. Pesquisa Qualitativa na
Educação e nas Ciências em Debate. Foz de Iguaçu: 2018.

FÁVERO, Osmar; FREITAS, Marinaide. A educação de adultos e jovens e adultos.
Goiânia, v. 36, n. 2, p. 365-392, jul./dez. 2011.

117

Flick, U. (2009). Desenho da pesquisa qualitativa (Artmed Editora S.A, Trad.) Porto
Alegre: Artmed Editora S.A. (Obra original publicada em 2008).

FLICK, U. Introdução à pesquisa qualitativa. Tradução Joice Elias Costa. 3. ed.
Porto Alegre: Artmed, 2009.

FRAGOSO, Suely. De interações e interatividade. Revista Fronteiras, 2001.
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam.
São Paulo: Autores Associados: Cortez, 1989.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática
educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1997.

GADOTTI, Moacir; ROMÃO, José E. (Orgs.). Educação de Jovens e Adultos.
Teoria, prática e proposta. 12 ed. São Paulo: Cortez, 2011.

GARDNER,Howard. Inteligências Múltiplas: a teoria na prática 1. ed. Porto Alegr
e: 2000. 1 ed. Porto Alegre : Artmed, 2000.

GIBBS, G. (2009). Análise de dados qualitativos (Artmed Editora S.A, Trad.) Porto
Alegre: Artmed Editora S.A. (Obra original publicada em 2008).

HADDAD, Sérgio; PIERRO, Maria Di. Escolarização de jovens e adultos. Rev. Bras.
Educ. [online]. 2000, n.14, pp.108-130.

IEZZI, Gelson e HAZZAN, Samuel. Fundamentos de Matemática Elementar:
Sequências, Matrizes, Determinantes e Sistemas. Volume 4. São Paulo: Editora
Atual, 2006.

JESUS, Elisangela. Observatório Alagoano de Leitura em EJA. 2011. Acesso
disponível em agosto de 2021 em:
<http://observatorioalagoanodeleituraemeja.blogspot.com/2011/08/historico-daeducacao-de-jovens-e.html>
118

JULIÃO, Elionaldo Fernandes; BEIRAL, Hellen Jannisy Vieira; FERRARI, Glaucia
Maria. As Políticas de Educação de Jovens e Adultos na atualidade como
desdobramento da Constituição e da LDB. Unisul, Tubarão, v.11, n. 19, p. 40 – 57.

KUNSCH, Margarida M. Kröhling. Comunicação organizacional na era digital:
contextos, percursos e possibilidades. Signo y Pensamiento, vol. XXVI, núm. 51,
julio-diciembre, 2007, pp. 38-51.

LEMOS, André. As estruturas antropológicas do ciberespaço. In: Cibercultura:
tecnologia e vida social na cultura contemporânea. Porto Alegre, Sulina, 2008.

LÉVY, Pierre. Cibercultura. Tradução de Carlos Ireineu da Costa. São Paulo: Ed. 34,
1999.

LUCENA, S.; OLIVEIRA, A. A. D. Os softwares sociais e a web 2.0 como espaços
multirreferencias em programa de iniciação a docência. Lappage em Revista.
Sorocoba, v. 3, n.2, p. 34-46, maio/ago. 2017.
LUCKESI, Cipriano C.

Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e

preposições. 12. Ed. São Paulo: Cortez, 2002.
MARTELETO, Regina Maria. A análise de redes sociais – aplicação nos estudos
de transferências da informação. UFRJ/ECO, Brasília, v.30, n.1, p.78-81, Jan/NOV
2001.

MARTINS, João Carlos. Vygotsky e o Papel das Interações Sociais na Sala de
Aula: Reconhecer e Desvendar o Mundo. Série Ideias, 1997.

MELO, Alessandro de.; URBANETZ, Sandra Terezinha. Fundamentos da didática.
Curitiba: Ibpex, 2008.

MORAN, José Manuel. A educação que desejamos: Novos desafios e como
chegar lá – Campinas, SP: Papirus, 2007
119

MORAN, J. Educação híbrida. Um conceito-chave para educação, hoje. In:
BACHIC, Lilian; TANZI NETO, Adolfo; TREVISANI, Fernando de Mello (Org.) Ensino
híbrido: personalização e Tecnologia na Educação, Porto Alegre: Penso, 2015.

MOURA, A.; CARVALHO, A. A. Peddy-paper literário mediado por telemóvel.
Revista Educação, Formação e Tecnologias, v. 2, nº 2, p. 22-40, nov. 2009.

MUTTI, Gabriele de Sousa Lins; KLÜBER, Tiago Emanuel. Formato Multipaper nos
Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu Brasileiros das Áreas de Educação E

PAIVA, Vanilda. História da Educação Popular no Brasil. Educação Popular e
Educação de Adultos. São Paulo: Edições Loyala, 6ª ed. 2003.

PEREIRA, Priscila Campos. A Colaboração no Ensino da Matemática por meio do
aplicativo Whatsapp. Brasília: DF, 2019.

PIMENTEL, Fernando Silvio Cavalcante. Interação on-line: um desafio da tutoria.
Maceió: EDUFAL, 2013.

PIMENTEL, Fernando Silvio Cavalcante. A aprendizagem das crianças na cultura
digital. 2 ed. ver e ampl. – Maceió: EDUFAL, 2017. 208 p.

POLYA, G. A arte de resolver problemas: Um novo aspecto do método
matemático. Tradução e adaptação Heitor Lisboa de Araújo. Rio de Janeiro:
Interciência, 2006.

PORTO; Cristiane; OLIVEIRA, Kaio Eduardo; CHAGAS, Alexandre. (Org.) WhatsApp
e educação. Entre mensagens, imagens e sons. Salvador: EDUFBA, 2017. 302 p.

PRIMO, Alex; Interação mediada por computador: comunicação, cibercultura,
cognição. Y. Edição, Porto Alegre: Sulina. 2011. (Coleção: Cibercultura) 239 p.

120

SALLES, Marluce. Interação e interatividade em educação. Revista Linha Direta.
2019.

SANTAELLA, Lúcia. Comunicação ubíqua: repercussões na cultura e na educação.
São Paulo: Paulus, 2013. (Coleção comunicação).

SANTAELLA, L. Prefácio: App-Learning e a imaginação criativa a serviço da
educação. COUTO, E.; PORTO, C.; SANTOS, E. (Org.).

App-Learning:

experiências de pesquisa e formação. Salvador: Edufba, 2016.

. A aprendizagem ubíqua na educação aberta. 2014.

. Comunicação ubíqua: repercussões na cultura e na educação.
SãoPaulo: Paulus, 2013.

. A aprendizagem ubíqua substitui a educação formal? Revista
de Computação e Tecnologia. N. 1, Vol. II. Puc: São Paulo, 2010.

SANTOS, Edméa; WEBER, Aline. Educação e cibercultura: aprendizagem ubíqua
no currículo da disciplina didática. Rev. Diálogo Educ., Curitiba, v. 13, n. 38, p. 285302, jan./abr. 2013.

SANTOS, R., CARVALHO, F.S.P., and MADDALENA, T.L. Conversas ubíquas via
Whatsapp: ambiências formativas multirreferenciais. In: PORTO, C., OLIVEIRA,
K.E., and CHAGAS, A., comp. Whatsapp e educação: entre mensagens, imagens e
sons [online]. Salvador: Ilhéus: EDUFBA; EDITUS, 2017, pp. 193-214. ISBN 978-85232-2020-4. https://doi.org/10.7476/9788523220204.0011.

SILVA, Andressa Hennig ; FOSSÁ, Maria Ivete Trevisan . Análise de conteúdo:
exemplo de aplicação da técnica para análise de dados qualitativos. Qualit@s
Revista Eletrônica ISSN 1677 4280 Vol.17. No 1. 2015.

SOUZA, José dos Santos; SALES, Sandra Regina. Educação de jovens e adultos:
121

políticas e práticas educativas. Rio de Janeiro : NAU Editora : EDUR, 2011. 240p.
(Docência.doc ; v. 3).

SOUZA, José Eduardo Pereira de. Informática na EJA: contribuições da teoria
histórico cultural. Unes: Marília, 2010. p. 169.
STEPHANOU, Maria; BASTOS, Maria Helena (orgs). Histórias e Memórias da
Educação no Brasil. Vol. III. Petrópolis: Vozes, 2005.

THIOLLENT, Michel. Metodologia da pesquisa-ação. 11. Ed. São Paulo: Cortez,
2002.

TOMAÉL, Maria Inês; ALCARÁ, Adriana Rosecler; DI CHIARA, Ivone Guerreiro. Das
redes sociais à inovação. CI. INF., Brasília, v.34, n.2, pp.93-104, Maio/Ago, 2005.

TORRES, Patrícia Lupion; IRALA, Esrom Adriano F. Aprendizagem colaborativa:
teoria

e

prática.

Complexidade:

redes

e

conexões

na

produção

do

conhecimento. Curitiba: Senar, p. 61-93, 2014.

TRIP, David. Pesquisa-ação: uma introdução metodológica. Educação e
Pesquisa. São Paulo, v. 31, n. 3, p. 443-466, set./dez. 2005.

VALENTE, J. A. As tecnologias digitais e os diferentes letramentos. Porto Alegre:
Pátio, 2007.

VOLPE, Geruza Cristina Meirelles. O financiamento da educação de jovens e
adultos no período de 1996 a 2006: farelos de migalhas. Campinas, SP, 2010.

122

6.

APÊNDICES

6.1. CONTEÚDO – MATRIZES

123

6.2. ATIVIDADE - MATRIZES

124

6.3. ATIVIDADE - MATRIZES

125

6.4. PRODUTO EDUCACIONAL

126

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
CENTRO DE EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENSINO DE CIÊNCIAS E MATEMÁTICA

GUIA
MATEJAZAP
O USO DO APLICATIVO WHATSAPP COM A FERRAMENTA
DENOMINADA MATEJAZAP NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA)
GLEBER GLAUCIO DO NASCIMENTO SOARES DA SILVA
Orientador Professor Dr.: FÁBIO PARAGUAÇU DUARTE DA COSTA
MACEIÓ – AL
2021

GUIA MATEJAZAP
Resumo
Apresentamos o produto educacional, fruto de uma prática docente que culminou em uma
dissertação de mestrado. A pesquisa tem como objetivo investigar a contribuição e o uso do
aplicativo WhatsApp no processo de ensino e aprendizagem com a utilização da ferramenta
MatEJAZap na educação de jovens e adultos (EJA) do ensino médio no estudo de matrizes. Como
plano de apoio didático temos a utilização do aplicativo WhatsApp, que vem da investigação de
uma abordagem qualitativa do estudo de caso, no qual tivemos como referencial teórico André
(2013) e Yin (2001; 2005), como produto educacional da pesquisa em pauta, foi construído um
guia de como utilizar a ferramenta e sugestões de apoio didático, como também atividades que
foram desenvolvidas para os estudantes. Foi realizada em 2019, em uma turma do 3º Período da
EJA de uma escola pública de São Miguel dos Campos, Alagoas. A partir da pesquisa realizada, este
guia MatEJAZap apresenta funcionalidades da ferramenta, assim, a expectativa é que este material
possa auxiliar os docentes, não somente na área de conhecimento de conhecimento de
matemática, como também em outras áreas e outras modalidade de ensino.
Palavras-chaves: Ensino e aprendizagem; Produto educacional; EJA; Matrizes; MatEJAZap.

GUIA MATEJAZAP
S
U
M
Á
R
I
O

4 Apresentação
5 Ferramenta MatEJAzap

8 AutoResponder
22 WhatsApp Business
29 Experiência Pedagógica com o MatEJAzap

35 Considerações Finais
36 Referências

GUIA MATEJAZAP
Apresentação
O produto educacional de dissertação surgiu das minhas pesquisas durante o Mestrado Profissional no Ensino de
Ciências e Matemática (UFAL), as quais foram realizadas numa escola pública estadual na cidade de São Miguel dos
Campos, Alagoas. Este produto teve como investigação as contribuições do uso do aplicativo WhatsApp no processo
de ensino e aprendizagem de matemática através da utilização da ferramenta MatEJAZap na educação de jovens e

adultos (EJA) no ensino médio, tendo por conteúdo o estudo de matrizes. Dessa maneira, o formato deste trabalho é
um guia para que possa apoiar os professores que queiram compartilhar desta prática de ensino. A utilização da
internet como via de comunicação entre professor e aluno adulto torna-se interessante no momento em que os
envolvidos possam trocar informações relevantes ao ensino da matemática. O estudante tem em suas mãos uma
poderosa ferramenta tirar suas dúvidas, pedir orientações e partilhar conhecimentos, realizando conferências em
grupos virtuais no WhatsApp, enviando mensagens de texto ou de áudio, compartilhando ideias, angústias, e
socializando experiências em contato com o estudo de matrizes.

GUIA MATEJAZAP
Ferramenta MatEJAzap
A ferramenta MatEJAZap recebeu esse nome devido a utilização da área do
conhecimento de Matemática, por isso o “Mat”, e por ser utilizada na modalidade de
ensino da Educação de Jovens e Adultos “EJA”, bem como por usar o aplicativo
WhatsApp, que popularmente é denominado com a expressão “ZAP”, justificando
assim o nome da ferramenta.
É uma ferramenta utilizada por meio do aplicativo
WhatsApp de forma intuitiva, no qual os estudantes da
Educação de Jovens e Adultos (EJA) do Ensino Médio
recebem conteúdos e atividades de forma gratuita dentro
da própria conversa no aplicativo, tendo links que
direcionam para vídeos e/ou arquivos em PDF.

O MatEJAZap não é uma ferramenta
feita pela escola, mas sim desenvolvida
pelo professor pesquisador para a área
de conhecimento da matemática.
Porém, pode ser utilizada por qualquer
outra área do conhecimento.

GUIA MATEJAZAP
Objetivo da MatEJAzap

Promover maior interação alunoprofessor com a finalidade de
mediar a aprendizagem dos
estudantes com o uso de uma
ferramenta digital
impulsionando às futuras ações
pedagógicas com o uso do
WhatsApp.

GUIA MATEJAZAP
A ferramenta MatEJAZap tem sua funcionalidade
viabilizada através da utilização de dois aplicativos:

AutoResponder

WhatsApp Business

GUIA MATEJAZAP
AutoResponder
É um aplicativo da TK Studio da área de
comunicação, muito utilizado por empresas
comerciais com o objetivo de facilitar o
atendimento dando respostas automáticas
de forma personalizada. As mensagens
podem ser recebidas pelos aplicativos
WhatsApp ou WhatsApp Business, tendo
várias configurações de personalização
para as respostas de acordo com as
necessidades de quem esteja utilizando.

GUIA MATEJAZAP
Respostas automáticas para
WhatsApp ou WhatsApp
Business são individualmente
personalizadas

Características
do
AutoResponder

Trabalha com contatos,
grupos e/ou ambos e até
mesmo números
desconhecidos

Múltiplas respostas
utilizando as regras
que são criadas pelo
proprietário

Reação a todas as
mensagens, podendo ser
programado o tempo

Envio de respostas para
mensagens específicas, tais
como boas-vindas para
quem acessa o aplicativo

GUIA MATEJAZAP
Funcionalidade do AutoResponder
Através do AutoResponder são criadas
todas as regras disponíveis no qual o professor
irá usar sua imaginação, criação e possibilidades
de atividades elaboradas para o fim educativo. As
regras podem ser mudadas de acordo com a
necessidade do professor e de acordo com os
objetivos que pretenda alcançar na atulização da
ferramenta. A seguir apresenta-se como se dá o
funcionamento do aplicativo por meio das regras
previamente estabelecidas.

GUIA MATEJAZAP

AutoResponder

REGRAS

Regra 1

Texto que o estudante digita na ferramenta para dá
início ao uso do MatEJAZap (Ao critério do professor
que escolhe esse comando).

Olá %first_name%! Vamos Estudar
O MatEJAZap é uma ferramenta automática
que te envia conteúdos e atividades. Assim,
você pode estudar em qualquer lugar.
Assista ao vídeo de como funciona o
📱MatEJAZap.
Segue o link:
https://youtu.be/WZRkZzqTDs8

Resposta da mensagem enviada pelo estudante.
Texto criado pelo professor no qual o estudante irá
receber informando o que deve ser feito para dá
continuidade. Aqui pode se colocar links de textos
em PDF e/ou vídeos.
Como também, terá no final qual o próximo
comando que o estudante deve digitar para dá
continuidade a ferramenta.

Qual é a sua turma?
1 - 3° Período "A"
2 - 3° Período "B"
3 - 3° Período "C"
4 - 4° Período
Digite apenas o número como no exemplo a
seguir:
Exemplo: *1*

https://www.youtube.com/watch?v=pFbEIx5bBF8

AutoResponder

GUIA MATEJAZAP
Regra
1

Regra 1

Marcar a opção todas.
O tempo de espera que
o estudante terá para
receber uma resposta
da ferramenta. Vale
ressaltar que o tempo
é definido pelo
professor
Nesse campo não fará
marcação e/ou digitar
nenhum texto

Essas configurações serão
realizadas nas demais
regras que irão ser criadas.

Regra 1

GUIA MATEJAZAP
AutoResponder

Regra 1

Olá %first_name%! Vamos Estudar
O MatEJAZap é uma ferramenta automática
que te envia conteúdos e atividades. Assim,
você pode estudar em qualquer lugar.
Assista ao vídeo de como funciona o
📱MatEJAZap.
Segue o link:
https://youtu.be/WZRkZzqTDs8
Qual é a sua turma?
1 - 3° Período "A"
2 - 3° Período "B"
3 - 3° Período "C"
4 - 4° Período
Digite apenas o número como no exemplo a
seguir:
Exemplo: *1*

Texto da Regra 1:
Olá %first_name%! Vamos Estudar
O MatEJAZap é uma ferramenta automática que te envia
conteúdos e atividades. Assim, você pode estudar em qualquer
lugar.
Assista ao vídeo de como funciona o 📱MatEJAZap.
Segue o link:
https://youtu.be/WZRkZzqTDs8
Qual é a sua turma?
1 - 3° Período "A"
2 - 3° Período "B"
3 - 3° Período "C"
4 - 4° Período
Digite apenas o número como no exemplo a seguir:
Exemplo: *1*

REGRA
1

Regra inicial, no qual o estudante irá dá um “oi”
no WhatsApp e receberá o texto acima, nesse
caso, com um link de um vídeo explicativo da
ferramenta e qual a próxima ação que deve ser
feita pelo estudante.

GUIA MATEJAZAP
Regra 2

AutoResponder

Texto da Regra 2:
MatEJAZap
MATEMÁTICA:
Conteúdo 1 - MATRIZES
- Introdução;
- Definição;
- Representação Genérica de Matriz;
- Atividades.

Olá %first_name%! Vamos Estudar
O MatEJAZap é uma ferramenta automática
que te envia conteúdos e atividades. Assim,
você pode estudar em qualquer lugar.
Assista ao vídeo de como funciona o
📱MatEJAZap.
Segue o link:
https://youtu.be/WZRkZzqTDs8
Qual é a sua turma?
1 - 3° Período "A"
2 - 3° Período "B"
3 - 3° Período "C"
4 - 4° Período
Digite apenas o número como no exemplo a
seguir:
Exemplo: *1*

Separe caderno, caneta, lápis e borracha para fazer as atividades.
Todas as respostas devem ser anotadas e organizadas no seu
caderno.
Vamos iniciar!
Digite *Ok*

REGRA
2

Mostra para o estudante o conteúdo
programático que será estudado durante a
utilização da ferramenta e uma orientação para
iniciar o processo de ensino e aprendizagem.

GUIA MATEJAZAP
Regra 3

Texto da Regra 3:

AutoResponder

MatEJAZap
Podemos iniciar?

Então vamos começar o nosso estudo?
Lembre-se será estudado as disciplinas de Física e Matemática!
Está pronto(a)?
Olá %first_name%! Vamos Estudar
O MatEJAZap é uma ferramenta automática
que te envia conteúdos e atividades. Assim,
você pode estudar em qualquer lugar.
Assista ao vídeo de como funciona o
📱MatEJAZap.
Segue o link:
https://youtu.be/WZRkZzqTDs8
Qual é a sua turma?
1 - 3° Período "A"
2 - 3° Período "B"
3 - 3° Período "C"
4 - 4° Período
Digite apenas o número como no exemplo a
seguir:
Exemplo: *1*

Digite *Sim*

REGRA
3

Todas as regras criadas vão mostrando para o
estudante que passo ele deve seguir até chegar
nos materiais, sejam eles: Conteúdo em PDF,
conteúdo em vídeo e atividades em PDF, que
serão exibidas em forma de links.

GUIA MATEJAZAP
Regra 4

AutoResponder

Texto da Regra 4:

Olá %first_name%! Vamos Estudar
O MatEJAZap é uma ferramenta automática
que te envia conteúdos e atividades. Assim,
você pode estudar em qualquer lugar.
Assista ao vídeo de como funciona o
📱MatEJAZap.
Segue o link:
https://youtu.be/WZRkZzqTDs8
Qual é a sua turma?
1 - 3° Período "A"
2 - 3° Período "B"
3 - 3° Período "C"
4 - 4° Período
Digite apenas o número como no exemplo a
seguir:
Exemplo: *1*

MatEJAZap
Hoje e nas próximas aulas você receberá conteúdos e atividades de
Matemática para estudar e aprender.
Vamos estudar juntos?
Abra os arquivos, estude o conteúdo e faça as atividades.
Atenção: Clique nos links, caso não abra, clique mais uma vez.
MATEMÁTICA:
Link do vídeo do conteúdo:
https://youtu.be/yHdXxaX3JmI
Link do conteúdo:
https://drive.google.com/open?id=1vfpgRYVIKwnsM-Hjb2UnVUJbE0kutBu_
Link das atividades:
https://drive.google.com/open?id=1kj4w6hZ5l1aopUL3ieg2eo7kKJ_x8E5s
Quando finalizar digite e envie *Feito*.

REGRA
4

Onde o estudante tem acesso as link de
conteúdo em PDF, conteúdo em vídeo
(YouTube) e atividade em PDF.
Vale ressaltar que o professor pode personalizar
textos e conteúdos que irão ser utilizados.

GUIA MATEJAZAP
AutoResponder

Regra 5

Olá %first_name%! Vamos Estudar
O MatEJAZap é uma ferramenta automática
que te envia conteúdos e atividades. Assim,
você pode estudar em qualquer lugar.
Assista ao vídeo de como funciona o
📱MatEJAZap.
Segue o link:
https://youtu.be/WZRkZzqTDs8
Qual é a sua turma?
1 - 3° Período "A"
2 - 3° Período "B"
3 - 3° Período "C"
4 - 4° Período
Digite apenas o número como no exemplo a
seguir:
Exemplo: *1*

Texto da Regra 5:

MatEJAZap
MATEMÁTICA:
Na Atividade 1: vamos verificar a solução:
$20 - a33
$50 - a13
$100 - a21
Percebeu que as notas estão de acordo com as linhas e colunas.
A nota de $20 está na terceira linha e terceira coluna; a nota de $50 está na
primeira linha e terceira coluna; e a nota de $100 está na segunda linha e
primeira coluna.
Na Atividade 2 - vamos verificar a solução:
Você deve seguir de acordo com as orientações na atividade.
Se acertou - Parabéns!
Se não acertou - Estude mais!
Para continuar digite *Vamos!*

REGRA
5

A regra mostra a correção das atividades
propostas pelo professor, no qual o estudante
irá observar se suas respostas estão corretas. E
no final do texto a orientação de como continuar
na ferramenta.

GUIA MATEJAZAP
Regra 6

Texto da Regra 6:

AutoResponder

MatEJAzap
Podemos continuar para a próxima aula?
Responda com a letra a seguir:
*S* - Sim
*N* - Não
Olá %first_name%! Vamos Estudar
O MatEJAZap é uma ferramenta automática
que te envia conteúdos e atividades. Assim,
você pode estudar em qualquer lugar.
Assista ao vídeo de como funciona o
📱MatEJAZap.
Segue o link:
https://youtu.be/WZRkZzqTDs8
Qual é a sua turma?
1 - 3° Período "A"
2 - 3° Período "B"
3 - 3° Período "C"
4 - 4° Período
Digite apenas o número como no exemplo a
seguir:
Exemplo: *1*

Lembrete: Digite apenas a inicial da letra.

REGRA
6

Como o estudante irá responder as atividades no
seu tempo, é importante ter a percepção de que
ele está preparado para continuar ou não.
Vale ressaltar que o professor acompanha todo
desenvolvimento do estudante no aplicativo
WhatsApp Business.

GUIA MATEJAZAP
Regra 7

Texto da Regra 7:
MatEJAZap

AutoResponder

Descansou!
Relaxou!
Então agora é hora de iniciar!
Quando estiver pronto para recomeçar.
Olá %first_name%! Vamos Estudar
O MatEJAZap é uma ferramenta automática
que te envia conteúdos e atividades. Assim,
você pode estudar em qualquer lugar.
Assista ao vídeo de como funciona o
📱MatEJAZap.
Segue o link:
https://youtu.be/WZRkZzqTDs8
Qual é a sua turma?
1 - 3° Período "A"
2 - 3° Período "B"
3 - 3° Período "C"
4 - 4° Período
Digite apenas o número como no exemplo a
seguir:
Exemplo: *1*

Digite apenas *S*.

Estamos juntos nessa!

REGRA
7

Texto para dá continuidade a ferramenta e iniciar
os próximos passos.

GUIA MATEJAZAP
Regra 8

Texto da Regra 8:

MatEJAZap

AutoResponder

Encerramos essa semana!
Vamos avaliar sua semana!?
Se resolveu as cinco questões certas, digite *O*;
Se resolveu quatro questões certas, digite *B*;
Se resolveu três questões certas, digite *R*;
Olá %first_name%! Vamos Estudar
O MatEJAZap é uma ferramenta automática
que te envia conteúdos e atividades. Assim,
você pode estudar em qualquer lugar.
Assista ao vídeo de como funciona o
📱MatEJAZap.
Segue o link:
https://youtu.be/WZRkZzqTDs8
Qual é a sua turma?
1 - 3° Período "A"
2 - 3° Período "B"
3 - 3° Período "C"
4 - 4° Período
Digite apenas o número como no exemplo a
seguir:
Exemplo: *1*

Se resolveu duas, uma ou nenhuma questão certa, digite *i*.
Vamos ver o resultado?

REGRA
8

Nessa regra realizamos um auto avaliação dos
estudantes, foi uma estratégia encontrada pelo
professor na sua vivência com os estudantes
tornando a pesquisa do estudo de caso, tivesse
uma interação e uma interatividade nas situações
propostas.

GUIA MATEJAZAP
Regra 9

AutoResponder

Texto da Regra 9:

Olá %first_name%! Vamos Estudar
O MatEJAZap é uma ferramenta automática
que te envia conteúdos e atividades. Assim,
você pode estudar em qualquer lugar.
Assista ao vídeo de como funciona o
📱MatEJAZap.
Segue o link:
https://youtu.be/WZRkZzqTDs8
Qual é a sua turma?
1 - 3° Período "A"
2 - 3° Período "B"
3 - 3° Período "C"
4 - 4° Período
Digite apenas o número como no exemplo a
seguir:
Exemplo: *1*

MatEJAZap
*I - Insuficiente!*
Você precisa se dedicar mais; Organizar melhor seu tempo; Estudar mais!
Eu acredito na sua capacidade! Você é capaz!
*R - Regular!*
Tudo bem! Não desanime! Só você é capaz de melhorar! Se organize melhor e vamos
estudar!
*B - Bom!*
Tá de parabéns! Mantenha-se assim e estude um pouca mais! Seu sucesso depende
único e exclusivo de você!
*O - Ótimo!*
Você é 10! Continue dessa forma! Eu acredito no seu desempenho! Descanse e relaxe!
Atenção: Clique nos links, caso não abra, clique mais uma vez.
Vamos se organizar para próxima!
Assista ao vídeo no link a seguir:
https://www.youtube.com/watch?v=HMLmkN-euAI
*Nos encontramos por aqui!*

REGRA
9

Finalizando a auto avaliação com os resultados
realizados pelo próprio estudante e colocando
frases de incentivo.
No final um vídeo motivando os estudantes a
participarem das aulas e estudar.

GUIA MATEJAZAP
WhatsApp Business
É um aplicativo gratuito que foi desenvolvido para atender as
necessidades de pequenas empresas. O processo de instalação é
simples e leva poucos minutos, sendo apenas duas etapas: fazer o
download do aplicativo para celulares Android e IOS, e depois validar
seu número de telefone. O aplicativo permite que o usuário organize
as conversas com clientes e ofereça seus produtos de forma
profissional.

https://www.youtube.com/watch?v=jTGZ7pP9CYM

GUIA MATEJAZAP
Permite criar mensagens
prontas para agilizar as
conversas e evitar que fiquem
sem respostas por longos
períodos.

Características
do WhatsApp
Business

O link curto permite fazer
uma conversa sem a
necessidade de adicionar
seu número de telefone
aos contatos.

Emite relatório com
dados sobre as
conversas realizadas
com os clientes.

Principais vantagens é a
possibilidade de criar um
perfil profissional.

É possível criar mensagens
de saudação, de ausência
e personalizar como
quiser.

GUIA MATEJAZAP
Características do WhatsApp Business
♦ Conta comercial com localização de negócio, possibilitando a criação de perfil
profissional, tais como: foto do perfil, endereço completo e horário de funcionamento;
♦ Catálogo
de produtos, sendo possível cadastrar seus itens separadamente,
adicionando fotos, preços, descrição e um link para cada produto;
♦ Respostas rápidas, criação de mensagens prontas que podem ser adicionadas no
chat a partir de comandos do teclado;
♦ Botão para começar conversa em anúncios, abrindo um chat e, portanto, um canal
direto de comunicação com clientes.

WhatsApp Business

GUIA MATEJAZAP
A primeira coisa que o aplicativo vai sugerir é que
você crie o seu “PERFIL COMERCIAL”.

No caso da ferramenta MatEJAZap, foi apenas criado
o perfil na opção “Ferramentas comerciais”.

Para
funcionamento
do
WhatsApp
Business
na
ferramenta MatEJAZap, essas
configurações descritas a seguir
são suficientes, mas, caso
queiram, pode explorar as demais
opções existentes no aplicativo.

WhatsApp Business

GUIA MATEJAZAP
No menu Perfil Comercial” foi colocado os
dados da empresa, no caso da ferramenta
MatEJAZap, só foi utilizado esse menu.

https://www.youtube.com/watch?v=mct2fHwaIaM

WhatsApp Business

GUIA MATEJAZAP
Menu “Perfil Comercial”, veja os dados
colocados no perfil:
Logotipo da ferramenta MatEJAZap;
Nome da ferramenta: MatEJAZap;
Descrição da ferramenta: Ferramenta de
aprendizagem aos estudantes da EJA
Ensino Médio;
Setor de Atuação: Educação;
Endereço Completo: Rua José Torres Filho,
184, Humberto Alves, São Miguel dos
Campos, AL, CEP 57242-046;
Horário de funcionamento: De modo geral
de 08h00 às 00h00;
E-mail: gleberglaucio@gmail.com

WhatsApp Business

GUIA MATEJAZAP
No menu “Link curto” a opção de enviar convites para
conversas via link ou código QR.
Ao abrirem esse link ou QR code em um aparelho com
WhatsApp instalado, será iniciado uma conversa com sua
ferramenta automaticamente.

https://wa.me/message/4LPJEK4DDKUKL1

GUIA MATEJAZAP
Experiência Pedagógica com o MatEJAzap
No caso da nossa pesquisa, as atividades foram
realizadas de acordo com o conteúdo de Matrizes,
de acordo com o planejamento realizado no início do
ano letivo e voltado para realidade da Educação de
Jovens e Adultos. A utilização da tecnologia e da
internet como via de comunicação entre professor e
o estudante, em especial o estudante adulto, tornase importante no momento em que os envolvidos
possam trocar informações referentes ao ensino da
matemática, e no nosso caso, o estudante tem uma
ferramenta que possa possibilitar uma maior
interação e interatividade.

GUIA MATEJAZAP
Experiência Pedagógica com o MatEJAzap
O uso do guia da ferramenta MatEJAzap pode ser
implementado em turmas do Ensino Médio, sendo
necessário para tanto que os estudantes tenham
apenas como pré-requisito os conhecimentos nas
operações básicas da matemática e dos conteúdos visto
por eles no período anterior. Pode-se perceber que a
ferramenta propicia uma eficaz interação e
interatividade, de modo que a mesma auxilia no
aprimoramento da prática do professor, bem como
para um melhor processo de ensino e aprendizagem.

GUIA MATEJAZAP
CONTEÚDO - VÍDEO
O vídeo que pode ser utilizado deve ser selecionado do canal no
YouTube que tiver uma linguagem apropriada para os estudantes
maiores de 18 anos, no caso pode acessar o canal do Centro
Estadual de Educação de Jovens e Adultos (CEEJA), do Professor Luiz
Carlos Romanzzini, que atende estudantes maiores de 18 anos das
modalidades dos Ensino Fundamental e Médio.

https://www.youtube.com/watch?v=yHdXxaX3JmI&t=70s

GUIA MATEJAZAP
CONTEÚDO - PDF
Segundo Gardner (2000), cada pessoa é um sujeito
ímpar com forças cognitivas diferentes. Cada indivíduo
aprende de forma e estilos diferentes do outro, mesmo
que sejam ambos oriundos de uma mesma sociedade
ou meio cultural... Segundo ele, as inteligências não
nascem prontas nos indivíduos, ainda que uns possam
apresentar níveis mais elevados do que outros nesta ou
naquela inteligência. Por isso a ideia de vídeo, texto e
imagens.

https://drive.google.com/file/d/1vfpgRYVIKwnsM-Hjb2UnVUJbE0kutBu_/view?usp=sharing

GUIA MATEJAZAP
ATIVIDADES - PDF
O estudante deverá demonstrar o domínio
do conteúdo, abordado em sala de aula e
utilizar a ferramenta MatEJAZap para auxiliar
no processo de ensino e aprendizagem e vale
ressaltar
que
este
conteúdo
está
contemplado na Base Nacional Comum
Curricular na competência n.º 3:na
habilidade EM13MAT301.

https://drive.google.com/file/d/13pm2CMmE6V6o1mf5DlaDGZuOysTGCzLM/view?usp=sharing

GUIA MATEJAZAP
Questionário Preliminar

Importante:
O questionário foi criado
no
aplicativo
SurveyMonkey, o qual
permite
elaborar
perguntas
e
personalização de forma
simples e dinâmica, além
de
obter
análises
detalhadas através de
gráficos.

♦ Traçar o perfil do aluno;
♦ Identificar o tipo e a qualidade da conexão à internet a que
tem acesso;
♦ Interagir com o professor através do aplicativo;
Obter informações referentes a aplicativos e/ou plataformas para
o uso em sala de aula;
♦ Avaliar o uso da ferramenta MatEJAZap e o aprendizado.

https://play.google.com/store/apps/details?id=com.surveymonkey&hl=pt_BR&gl=US

GUIA MATEJAZAP
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Concluímos, portanto, o uso da ferramenta durante as atividades
propostas e conforme os resultados apresentados, recebemos a
avaliação dos estudantes, que foi positiva referente à ferramenta
MatEJAZap enquanto possibilidade de interação, participação dos
alunos e aprendizagem de conteúdos, já que a maioria destacou que
a ferramenta foi eficiente na forma como abordou os
conhecimentos matemáticos. Seguimos na expectativa de que novas
pesquisas sejam desenvolvidas, focando as possibilidades e
limitações do trabalho com ferramentas digitais.

GUIA MATEJAZAP
REFERÊNCIAS
Autoresponder
para
WhatsApp.
Disponível
em:
<https://play.google.com/store/apps/details?id=tkstudio.autoresponderforwa&hl=pt_BR&
gl=US. Acesso em: 24 de nov. de 2021.
Como
usar
o
WhatsApp
Business.
Disponível
em:
<https://www.whatsapp.com/coronavirus/get-started-business?lang=pt_br. Acesso em: 20
de nov. de 2021.
COSSETTI, Melisa Cruz. Como usar o WhatsApp Business. 2018. Disponível em:
<https://tecnoblog.net/243395/como-usar-whatsapp-business/. Acesso em: 20 de nov. de
2021.

GUIA MATEJAZAP
REFERÊNCIAS
FERNANDE, Rodrigo. Vantagens do WhatsApp Business: sete funções úteis do App para
negócios.
27/01/2020.
Disponível
em:
<https://www.techtudo.com.br/listas/2020/01/vantagens-do-whatsapp-business-7funcoes-uteis-do-app-para-negocios.ghtml. Acesso em: 20 de nov. de 2021.
GARDNER, Howard. Inteligência Múltiplas: a teoria na prática. 1 ed. Porto Alegre: 2000.
Artmed, 2000.
SCOLA, Alvaro. Como configurar respostas automáticas no WhatsApp. Olhar Digital.
Disponível em: <https://olhardigital.com.br/2019/09/05/dicas-e-tutoriais/como-configurarrespostas-automaticas-no-whatsapp/. Acesso em: 27 de nov. de 2021.

“Quando nada é certo,
tudo é possível.”
Margareth Drabble

GLEBER GLAUCIO DO NASCIMENTO SOARES DA SILVA

Orientador Professor Dr.: FÁBIO PARAGUAÇU DUARTE DA COSTA