Myllena Calheiros Lopes

Título da dissertação: ESTRATÉGIAS INTERATIVAS NA EDUCAÇÃO ONLINE: Estudo de caso nos fóruns do Curso Piloto de Administração a Distância do Sistema Universidade Aberta do Brasil em Maceió-AL.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
CENTRO DE EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
MESTRADO EM EDUCAÇÃO BRASILEIRA

MYLLENA CALHEIROS LOPES

ESTRATÉGIAS INTERATIVAS NA EDUCAÇÃO ONLINE:
Estudo de caso nos fóruns do Curso Piloto de Administração a Distância do Sistema
Universidade Aberta do Brasil em Maceió-AL

Maceió - AL
2009

MYLLENA CALHEIROS LOPES

ESTRATÉGIAS INTERATIVAS NA EDUCAÇÃO ONLINE:
Estudo de caso nos fóruns do Curso Piloto de Administração a Distância do Sistema
Universidade Aberta do Brasil em Maceió - AL

Dissertação apresentada ao Programa de PósGraduação em Educação Brasileira do Centro de
Educação da Universidade Federal de Alagoas,
como requisito necessário para obtenção do título
de Mestre em Educação Brasileira.

Orientanda: Prof.ª Dr.ª Cleide Jane de Sá Araújo
Costa.

Maceió - AL
2009

FICHA CATALOGRÁFICA (NO VERSO DA FOLHA DE ROSTO)

Dedico a presente produção científica a Deus,
pela

oportunidade

inicialização,

encontros,

desencontros e considerações pré-conclusivas em torno
da mesma.

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, pela realização da respectiva produção.
Agradeço a minha família, em especial a meu pai Welligton, a minha mãe Marly, a
meu irmão Thiago, a minha filha Ana Beatriz e a meu esposo Arley pelo apoio, dedicação e
incentivo para realização da mesma.
Agradeço aos amigos íntimos e acadêmicos, em especial a Maria Luzia pela amizade e
cumplicidade na vida acadêmica, profissional e pessoal.
Agradeço a professora Cleide Jane pela oportunidade, paciência e orientação da
mesma.
Agradeço aos componentes do Curso Piloto de Administração a Distância da
Universidade Aberta do Brasil em Alagoas, em especial a coordenadora geral (professora
Maria Aparecida), ao coordenador pedagógico dos quatro semestres iniciais do curso
(professor Anderson), aos secretários do curso (Nadja e Thiago) e aos discentes do curso pela
possibilidade na coleta de dados para construção da mesma.
Agradeço aos professores do curso de Pós-Graduação em Educação Brasileira, pela
contribuição em minha formação acadêmica.
Agradeço ao Professor Luís Paulo Mercado pela realização de projetos de iniciação
científica e cursos de formação de professores voltados a linha de pesquisa de Tecnologia de
Informação e Comunicação na Educação desde minha graduação em Pedagogia.
Agradeço a Professora Deise Juliana e ao professor Fábio Paraguaçu pelas valiosas
contribuições durante a qualificação, tendo em vista uma melhoria significativa na referida
produção.
Enfim, agradeço a todos aqueles que participaram de meu crescimento nesse processo
de formação acadêmica, profissional e pessoal.

“É belo dar quando solicitado; é mais belo,
porém, dar por haver apenas compreendido.”

Kahlil Gilbran

RESUMO

A presente dissertação objetiva a análise de interações online que influenciam na efetivação
da aprendizagem colaborativa entre os participantes dos fóruns indexados no ambiente eProInfo do Curso Piloto de Administração a Distância do Sistema Universidade Aberta do
Brasil em Maceió-Alagoas. A metodologia adotada para execução da pesquisa foi do tipo
qualitativa, numa abordagem de estudo de caso e tendo como técnicas de pesquisa a
observação sistemática nos fóruns do curso, a aplicação de entrevista e de questionários aos
atuantes das amostras, e estudos bibliográficos fundamentados em Dillenbourg (1996),
Mercado (2006, Silva (2006), Vygotsky (1979/1996), Yin (2005) dentre outros. O tipo de
amostragem da pesquisa foi por eventos nos fóruns do curso, ou seja, a seleção dos fóruns foi
realizada na presença de interações online colaborativas entre os discentes das disciplinas
ofertadas nos quatro semestres iniciais do curso. Para análise de dados foram selecionadas
quatro amostras principais, ou seja, a seleção de quatro fóruns com presença potenciais de
interações online colaborativas entre os discentes. Por meio da análise da entrevista com o
coordenador pedagógico dos quatro semestres iniciais do curso foi possível resgatar alguns
recortes estruturantes do curso, como funções dos principais atuantes nos fóruns do curso, isto
é, do docente tutor e do discente. Em relação às análises dos questionários enviados via e-mail
convencional e webmail do ambiente e-Proinfo aos docentes e discentes das amostras
selecionadas, dos 11 docentes 0% retornaram os questionários enviados, enquanto dos 85
discentes 14% retornaram o instrumento de pesquisa. Em relação às análises dos fóruns
selecionados, verificam-se mínimas interações online colaborativas entre discente, mínimas
interações online colaborativas do docente aos discentes e a presença de interações online
colaborativas potenciais dos discentes ao docente. Tendo em vista, a focalização do processo
interativo como mecanismo propício à participação e a formalização da aprendizagem
colaborativa nas análises de dados foi possível identificar possíveis indicadores para
construção da aprendizagem colaborativa nos fóruns do curso investigado e possivelmente
numa contribuição em cursos ofertados na Educação Online.

Palavras-chave: Educação a Distância. Sistema UAB - Curso Piloto de Administração a
Distância. Aprendizagem Colaborativa. Interação Online. Universidade
Federal de Alagoas.

ABSTRACT

This dissertation aims at the analysis of online interactions that influence the effectiveness of
collaborative learning among participants of the forums on the environment and indexedProInfo Pilot Course Management Courses at the Open University of Brazil in MaceióAlagoas. The methodology adopted to conduct the research was a qualitative type, in a case
study approach and research techniques with systematic observation in the forums of course,
the use of interviews and questionnaires to the working of the samples, and bibliographical
studies based on Dillenbourg (1996), Mercado (2006, Silva (2006), Vygotsky (1979/1996),
Yin (2005) among others. The type of sampling of the research was by events in the forums of
the course, ie, the selection board was held in the presence of online collaborative interactions
among students from four disciplines offered in the initial semesters of the course. For data
analysis we selected four major samples, ie the selection of four forums with the presence of
potential online collaborative interactions among students. Through analysis of the interview
with the academic advisor of the four first semesters of the course was possible to rescue
some clippings structuring the course, as functions of the major players in the forums of
course, that is, the teacher and tutor students. For the analysis of questionnaires sent via
conventional email and webmail e-Proinfo environment for teachers and students from
selected samples of 11 teachers 0% returned the questionnaires, while 14% of the 85 students
returned the survey instrument. For the analysis of selected forums, there are minimum
collaborative online interactions between students, minimum collaborative online interactions
of teachers to students and the presence of potential collaborative online interactions of
students to teachers. Given the focus of the interactive process as a mechanism conducive to
participation and the formalization of collaborative learning in data analysis was possible to
identify possible indicators for the construction of collaborative learning in the forums of
course investigated and possibly a contribution in courses offered in Education Online.

Keywords: Distance Education. UAB System - Administration of the Pilot Course
Distance. Collaborative Learning. Online Interaction. Federal University of
Alagoas.

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Conceitos do Termo Interatividade por KRETZ .......................................

Figura 2 - Conceitos do Termo Interatividade por F. HOLTZ BONNEAU...............

Figura 3 - Conceitos do Termo Interatividade por RABATÉ & LAURAR................

Figura 4 - Caracterizando a Zona de Desenvolvimento Proximal ..............................

Figura 5 - Modelo de Aprendizagem Cooperativa ......................................................

Figura 6 - Modelo de Aprendizagem Colaborativa .....................................................

Figura 7 - Possibilidades Interativas no Fórum ...........................................................

Figura 8 - Síntese Cronológica da EAD na UFAL ......................................................

Figura 9 - Interações entre IES ....................................................................................

Figura 10 - Modelo de Funcionamento dos Pólos de Apoio Presencial .......................

Figura 11 - Níveis Decisórios do Curso Piloto ..............................................................

Figura 12 - Página inicial da plataforma e-ProInfo ........................................................

Figura 13 - Ferramenta Interativa Apoio ........................................................................

Figura 14 - Ferramenta Interativa Interação ...................................................................

Figura 15 - Ferramenta Interativa Biblioteca ..................................................................

Figura 16 - Ferramenta Interativa Projeto ....................................................................... 55
Figura 17 - Ferramenta Interativa Módulo ...................................................................... 55
Figura 18 - Ferramenta Interativa Trocar Perfil .............................................................. 55
Figura 19 - Ferramenta Interativa Principal ....................................................................

Figura 20 - Turmas ofertadas para disciplina Administração (Introdução e Teorias) ....

Figura 21 - Perfil da Pesquisadora no AVA do Curso ..................................................... 67
Figura 22 - Interações Online Introdutórias ..................................................................... 71
Figura 23 - Interações Online de Seleção Primária .......................................................... 72
Figura 24 - Interações Online de Seleção Secundária ...................................................... 73
Figura 25 - Interações Online de Seleção Secundária ...................................................... 73
Figura 26 - Interações Online de Seleção Terciária (nível de exploração) .....................

Figura 27 - Interações Online de Seleção Terciária (nível de produção) ....................... 74

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Participação entre Discentes nos Fóruns do Curso ......................................... 76
Gráfico 2 - Interações Significativas para a Aprendizagem .............................................. 78
Gráfico 3 - Características Negativas Presentes nos Fóruns do Curso .........................

Gráfico 4 - Características Positivas Presentes nos Fóruns do Curso ..........................

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Oferta do Curso Piloto de Administração a Distância no País ...................... 44
Quadro 2 - Distribuição de Vagas para o Curso Piloto na UFAL ..................................... 46
Quadro 3 - Distribuição de Disciplinas do Curso Piloto na UFAL .................................. 47
Quadro 4 - Relação de Disciplinas Ofertadas nos Anos 1 e 2 ........................................... 65
Quadro 5 - Amostras para o Estudo de Caso ..................................................................... 66
Quadro 6 - Situações Interativas entre os componentes no curso ..................................... 77

LISTA DE SIGLAS

AVA

- Ambiente Virtual de Aprendizagem

CEDU

- Centro de Educação

CIED

- Coordenadoria Institucional de Educação a Distância

EAD

- Educação a Distância

FEAC

- Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade

IES

- Instituições de Ensino Superior

MEC

- Ministério da Educação

NDP

- Nível de desenvolvimento potencial

NDR

- Nível de desenvolvimento real

NEAD

- Núcleo Temático de Educação a Distância

PROMUAL

- Programa de Assessoria Técnica aos Municípios Alagoanos

SEED

- Secretaria de Educação a Distância

TIC

- Tecnologia de Informação e Comunicação

UAB

- Universidade Aberta do Brasil

UFAL

- Universidade Federal de Alagoas

UNIREDE

- Universidade Virtual Pública do Brasil

ZDP

- Zona de desenvolvimento proximal

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 13
1
1.1
1.2
1.3

PROCESSO INTERATIVO NA EDUCAÇÃO ONLINE .......................................... 17
Conceituando o Termo Interatividade ........................................................................... 17
Contribuição da Teoria Vygotskyana ............................................................................ 20
Encaminhamentos para Aprendizagem Colaborativa na Educação Online .............. 26

2
2.1
2.2
2.3
2.3.1
2.3.2
2.3.3
2.3.4

CURSO PILOTO DE ADMINISTRAÇÃO A DISTÂNCIA ...................................... 37
Trajetória da Educação Superior a Distância em Alagoas .......................................... 37
Implantação do Sistema UAB no Brasil ........................................................................ 40
Principais Aspectos do Curso Piloto em Alagoas .......................................................... 45
Aspectos Introdutórios ................................................................................................... 45
Aspectos Administrativos .............................................................................................. 48
Aspectos Pedagógicos ..................................................................................................... 50
Aspectos Tecnológicos .................................................................................................... 52

3
3.1
3.2
3.2.1
3.2.2
3.2.3
3.2.4

INTENCIONALIDADE DA PESQUISA ...................................................................... 57
Objetivos, Problema e Questões Norteadoras .............................................................. 57
Metodologia da Pesquisa ................................................................................................. 59
Tipo da Pesquisa ............................................................................................................ 60
Abordagem da Pesquisa ................................................................................................. 60
Amostras da Pesquisa ..................................................................................................... 61
Técnica e Instrumentos da Pesquisa ............................................................................... 67

4
4.1
4.1.1
4.1.2
4.1.3
4.1.4
4.2
4.2.1
4.2.2
4.3
4.3.1
4.3.2

POSSIBILIDADES INTERATIVAS NO ESTUDO DE CASO .................................. 70
Identificando as Interações Online ................................................................................. 70
Interações Online Introdutórias ...................................................................................... 71
Interações Online de Seleção Primária ............................................................................ 71
Interações Online de Seleção Secundária ........................................................................ 72
Interações Online de Seleção Terciária ........................................................................... 73
Analisando as Interações Online ................................................................................... 76
Presença de Situação Cooperativa entre Discentes ......................................................... 78
Presença de Situação Colaborativa entre Discentes ........................................................ 81
Desafios Interativos para Promoção da Aprendizagem Colaborativa ....................... 84
Estratégias Interativas a serem Evitadas ........................................................................
85
Estratégias Interativas a serem Motivadas .....................................................................
88

CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................................... 91
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................... 94
ANEXOS ...................................................................................................................................... 100

INTRODUÇÃO

Criada inicialmente para fins militares, atualmente, a Internet é convertida a um
fenômeno sócio cultural crescente que gera inúmeras expectativas e interesses na sociedade
da informação e comunicação. Introduzida por meio das redes telemáticas de comunicação, a
Internet sofre constantes mudanças, devido aos avanços nos processos de digitalização (trocas
de textos, de imagens estáticas ou em movimento, com sonoridade ou sem sonoridade,
representação de espaços tridimensionais, a representação de sentidos por intermédio das
simbologias e de ícones) e na facilidade de acesso e de variedade na informação (em revistas
eletrônicas, em bibliotecas de congressos, em sites de pesquisas, em ambientes online
específicos, sejam eles, listas de discussões, fóruns de discussões, ambientes virtuais de
aprendizagem, BLOG, WIKI, entre outros).
Atualmente a Internet é potencialmente utilizada em diversas áreas do conhecimento
devido a possibilidade de construção de conhecimento a partir das constantes e infinitas
informações na rede. Na área da Educação acarretou em novas formas de conceber o trabalho
pedagógico, administrativo e tecnológico das instituições educacionais. Quanto ao trabalho
pedagógico, cria reflexos tanto na modalidade presencial (na utilização dos recursos da rede
em tempo e espaço semelhante) como na modalidade a distância (na utilização dos recursos
da rede em tempos e espaços diferentes).
No entanto, a inserção de determinada tecnologia pode aumentar a desigualdade
social, a exclusão social relativo ao acesso às tecnologias de informação e comunicação; a
fratura digital, nos conteúdos oriundos de resultados econômicos ou resultados fragmentados
ou de não respeito a autoria; a opressão, na ênfase de culturas dominantes; a falsa liberdade,
devido à exposição em site de relacionamentos e imposição publicitária; a insegurança,
devido ao acesso de hacker em seu sistema; a volatilidade.
Nos últimos anos, o progresso e a difusão das tecnologias informáticas, principalmente
a Internet, incentivaram à integração curricular das Tecnologias de Informação e
Comunicação (TIC) em todas as áreas da Educação, isto é, tanto no ensino básico, como no
ensino superior. Contudo, antes da introdução destas na Educação é necessário haver uma
preparação dos profissionais de educação para a atuação em rede, como também de seus

aprendizes, pois, distintas habilidades e competências deverão ser inseridas nesse novo
contexto.
A tendência do referido contexto é a integração de outras mídias nas mídias digitais,
possibilitando o acesso de diversos arquivos em documento, em slides, em vídeo e outros, em
lugares distintos e em tempos reais, principalmente na oferta de cursos online, isto é,
considerando como mídia digital, o mecanismo de comunicação e informação digitalizado.
Pela rede, a comunicação é global promovendo ora a processos interativos, ora a produção de
saberes por meio de trocas de distintas informações.
Porém, inúmeras polêmicas são levantadas sobre o uso da internet em cursos online,
tais como: a qualidade dos cursos online; a dificuldade de manuseio da tecnologia pelos
discentes; ausência de mediação, orientação e acompanhamento docente aos discentes;
práticas de interações online cooperativa predominante, entre outras.
Nesta produção haverá análises em torno dos mecanismos interativos nos fóruns
online do Curso Piloto de Administração a Distância da Universidade Aberta do Brasil em
Maceió - Alagoas, em específico, nos quatro primeiros semestres do curso.
O referido curso foi criado pelo Ministério de Educação, numa tentativa estatal de
implementação do Ensino Superior a Distância online no Brasil, por meio do Sistema
Universidade Aberta do Brasil. Apesar da recente regulamentação correspondente às bases
legais da Educação a Distância no Brasil, vários são os investimentos e políticas para o
Ensino Superior nessa modalidade. Com esse projeto é introduzida ou pretende-se que esta
modalidade desenvolva-se numa perspectiva online de aprendizagem.
Neste contexto, surge a problemática da pesquisa, por que ocorrem dificuldades para
efetivação de interações online colaborativas entre os discentes nos fóruns do Curso Piloto de
Administração a Distância em Maceió-AL? Como também, emergem as questões norteadoras
da pesquisa: Como se dão as interações online entre docentes e discentes, e entre discentes no
âmbito de Ensino Superior a Distância Online? Como promover a prática de interações online
colaborativas nesse âmbito? É possível a existência de interações online colaborativas em
Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA) por meio de interações online cooperativas?

A pesquisa apresenta como objetivo principal identificar a diversidade de interações
online e os elementos que implicam uma aprendizagem colaborativa entre discentes na
ferramenta interativa assíncrona fórum do ambiente e-ProInfo do curso acima referido.
Sendo assim, esse estudo realiza-se em articulação entre teoria e prática, ou seja, por
meio de estudos bibliográficos e de campo. Para fundamentar as análises dos dados coletados
foi pertinente um estudo de referenciais teóricos na área específica do trabalho,
principalmente em produções de Dillenbourg (1996), Gómez (2002), Harasim (2005), Mason
(1998), Mercado (2006), Palloff & Pratt (2002), Silva (2006), Vygotsky (1979 / 1996), Yin
(2005) dentre outros.
A metodologia do presente trabalho foi desenvolvida por meio de uma pesquisa de
tipo qualitativa, numa abordagem de estudo de caso nos fóruns online selecionados nas
disciplinas ofertadas nos quatro primeiros semestres do curso. O tipo de amostragem utilizada
para seleção dos fóruns foi o tipo de amostragem por evento. Por meio das seleções foi
utilizada a técnica de observação sistemática nos fóruns do curso, articulada a aplicação de
dois instrumentos de pesquisa, como a entrevista realizada com o coordenador pedagógico do
curso e a aplicação dos questionários enviados aos discentes. Os estudos dos documentos
referentes ao curso para categorização das informações também se fez pertinente.
Em suma, o trabalho proposto delimita-se como uma Dissertação Científica e
Argumentativa, pois corresponde a um assunto específico, com metodologia própria mediante
o uso de pesquisas e ocorrência de interpretações de idéias e posicionamentos demonstrados
nos quatro capítulos desta.
O primeiro capítulo tem por nomenclatura “PROCESSO INTERATIVO NA
EDUCAÇÃO ONLINE” e apresentará inicialmente uma discussão sobre os termos interação
e interatividade. Em seguida haverá uma análise em torno da contribuição da teoria de
Vygotsky para o desenvolvimento dos mecanismos interativos. Concluindo capítulo com os
encaminhamentos para aprendizagem colaborativa na educação online, sistematizando os
tópicos anteriores em articulação com os tópicos do segundo capítulo.
No segundo capítulo a temática central será o “CURSO PILOTO DE
ADMINISTRAÇÃO A DISTÂNCIA”, ou seja, desde a sua implantação em Alagoas por meio
das conquistas da Educação Superior a Distância na Universidade Federal de Alagoas e da

implantação do Sistema Universidade Aberta no Brasil, como também as considerações em
torno dos aspectos introdutórios, administrativos, pedagógicos e tecnológicos do respectivo
curso.
No terceiro capítulo será apresentada a “INTENCIONALIDADE DA PESQUISA”,
destacando os objetivos, problema, questões norteadoras e metodologia adotada para
desenvolvimento da pesquisa científica, tendo em vista, a fundamentação teórica e prática
para elaboração da referida dissertação.
E no quarto capítulo serão apresentadas as “POSSIBILIDADES INTERATIVAS NO
ESTUDO DE CASO”, demonstrando as análises das amostras e os desafios interativos para
promoção da aprendizagem colaborativa.
Espera-se que a presente dissertação venha contribuir para uma reflexão referente à
importância no desenvolvimento de interações online colaborativas para efetivação da
aprendizagem colaborativa em cursos online.

PROCESSO INTERATIVO NA EDUCAÇÃO ONLINE
Neste capítulo serão utilizadas as respectivas referências, Kretz (1983), F. Holtz-

Bonneau (1985) e Rabaté & Lauraire (1985) citado por Silva (2006) e Silva (2006) nas
reflexões em torno do termo interatividade; Chomsky citado por Severo (2006), Piaget
(1990), Skinner (2006), Vygotsky (1979 / 1996), na retrospectiva das teorias da
aprendizagem, em específico da contribuição dos estudos de Vygotsky ao processo interativo;
Berrocoso (2002), Dillenbourg (1996), Gómez (2002), Harasim (2005), Mason (1998), Palloff
& Pratt (2002), Roschelle & Teasley (1992) citado por Dillenbourg (1996) nas discussões
sobre os encaminhamentos para educação online.

1.1

Conceituando o Termo Interatividade
É essencial iniciarmos reflexões em torno do conceito Interação que se originou na

física e foi incorporado por diversas áreas do conhecimento, como na química, na sociologia,
na psicologia, na biologia, na comunicação, na educação, na informática entre outras.
Segundo Silva (2006), existem quatro interpretações relacionadas às interações, ou
seja, a genérica, a mecanicista, a linear e a dialética ou interacionista.
Em relação a interação do ponto de vista genérico é enfatizado que nenhuma ação
humana existe desarticulada da interação. Em relação a interação do ponto de vista
mecanicista é enfatizado as relações mecânicas entre emissores e receptores, do ponto de vista
linear é enfatizada a questão sistêmica das relações e do ponto de vista dialético ou
interacionista é enfatizado por motivações e predisposições das relações.
Nessa perspectiva, a interação é tida como característica restritiva a reciprocidade.
Diversos são os conceitos e percepções em torno da interação. Segundo Silva (2006), existe
uma tendência na permutação da terminologia de interação para interatividade quando tal
conceito foi incorporado na área da informática. Na referida dissertação referencia-se a
interatividade aos mecanismos de interações mediadas por computador, doravante interações
online.

Apesar das efetivas discussões em torno dos termos interação e interatividade é viável
afirmar que o termo Interatividade surgiu em meados da década de 1980, na França, com a
implantação de um sistema telemático pré-internet.
Desde a década de setenta já se discutia sobre a comunicação interativa entre
emissores e receptores. Os mecanismos unidirecionais das Tecnologias da Informação e
Comunicação (TIC) da época, como o rádio, o jornal, a televisão, nas quais prevalecia o
mecanismo de emissão de produtos aos receptores passou a ser interativa, no que condiz a um
sistema de trocas de informações, porém de forma reativa.
É válido afirmar que o termo varia em dois segmentos principais, isto é, entre sujeito
versus tecnologias e entre sujeitos. Rabaté & Lauraire (1985) citado por Silva (2006)
diferencia dois conceitos de interatividade, a interatividade tecnológica e a interatividade
situacional, o primeiro destaca as relações entre sujeitos e entre sujeito versus tecnologias
com ênfase no diálogo, na comunicação e nas trocas de mensagens. O segundo conceito
enfatiza as relações previamente citadas na oportunidade de agir e interferir no programa e no
conteúdo.
Semanticamente, interatividade se constitui da união do prefixo inter significando
entre e do sufixo atividade (ativo + atividade) implicando em ativo ou passivo de acordo com
a potencialidade da atividade. Desde a década de 1990 houve certa valorização em torno do
termo de forma comercial, como produto à venda, por exemplo, um brinquedo interativo
(compre a boneca X, pois a mesma fala algumas frases), um objeto interativo (obtenha o novo
CD da banda Y, pois no mesmo além das canções, terá um menu interativo para visualização
do álbum de fotos da banda), um lugar interativo (venha ao restaurante Z, pois preza pelo
serviço interativo, desde ao atendimento aos clientes aos diversos ambientes do mesmo).
É observável que por meio de mecanismos interativos existe a necessidade de relações
de intervenções, de conversação e de escolha entre os envolvidos, isto é, entre sujeito versus
tecnologia. Sendo assim, surge um questionamento em torno do processo de interações online
na Educação. Indagando-se de que forma se efetiva a aprendizagem nesse processo?
Inúmeros conceitos referentes ao termo interatividade foram formulados por diversos
pesquisadores, conforme Kretz (1983), F. Holtz-Bonneau (1985) e Rabaté & Lauraire (1985)
citados por Silva (2006).

Figura 1 – Conceitos do Termo Interatividade por KRETZ

Fonte: Autora, 2009.

Por meio da figura 1, pode-se realizar breves reflexões em torno da temática. Kretz
(1983) citado por Silva (2006), elabora seis modalidades para o termo, a primeira especifica a
interatividade de acesso a tecnologia, a segunda especifica a interatividade por consulta em
listas sequenciais retornáveis, a terceira a interatividade por escolha, por meio de um menu, a
quarta especifica a interatividade por meio de palavras-chaves ou formulários, a quinta
especifica a interatividade que possibilita a interação por meio de mensagens e a sexta
especifica a interatividade que permite a transformação, a permutação de objetos sonoros ou
visuais pelo usuário.
Figura 2 - Conceitos do Termo Interatividade por F. HOLTZ-BONNEAU

Fonte: Autora, 2009.

Verifica-se na figura 2, a apresentação de três conceitos para o termo interatividade,
segundo F. Holtz-Bonneau (1985) citado por Silva (2006), o primeiro destaca a possibilidade
de selecionar conteúdos por meio de níveis lineares, o segundo destaca a possibilidade de
interação com o conteúdo selecionado e o terceiro destaca a possibilidade de interatividade
entre a seleção e o conteúdo.

Figura 3 - Conceito do Termo Interatividade por RABATÊ & LAURAIRE

Fonte: Autora, 2009.

Na figura 3, o termo interatividade é abordado em duas perspectivas, conforme Rabaté
&Lauraire (1985) citado por Silva (2006), distinguem o termo a partir do conceito de
ideologia em forma empírica, destacando o sentido essencialista, o instrumental, de ação e da
noção de imaginário. E de forma especulativa, destacando a intercomunicação social bem
sucedida, a regulação social, o modo de regulação interprofissional, o social e a pública.
Os conceitos formulados foram constituídos a partir de um contexto social, cultural e
tecnológico da época por eles vivenciados. No entanto, é possível perceber o desenvolvimento
atual da interatividade fundamentado em termos pré-construídos anteriormente.
Na educação, é visível avanços e desafios diante da temática. Em torno dos avanços,
pode-se destacar a possibilidade da participação ativa dos envolvidos, docentes e discentes 1,
tendo acesso as TIC, favorecendo a seleção, recebimento e envio de conteúdos, de programas,
de materiais que englobam o pedagógico. Dentre os desafios, insere-se o por quê? O para
quê? E de como conduzir a interatividade ou interações online em prol da construção de uma
educação online de qualidade?

1.2

Contribuição da Teoria Vygotskyana
O processo de interação entre os seres sociais perpassa o mecanismo biológico ou

genético. O meio social no qual o sujeito está inserido irá potencializar as interações no seu
desenvolvimento social, motor, afetivo e cognitivo. Para compreender tal processo é essencial

Na referida dissertação serão utilizados os termos docentes e discentes para referenciar respectivamente
professores e alunos.

apresentar de forma breve alguns estudos em torno das Teorias da Aprendizagem, ou seja, na
demonstração de características em torno das Teorias Behaviorista, Inatista e Construtivista.
A Teoria Behaviorista tendo como principal teórico Skinner, oriunda de uma
concepção epistemológica empirista, defende o desenvolvimento humano a partir de
processos de imitação ou reforço, caracterizando o sujeito ao nascer como uma “tábula rasa”.
Segundo Skinner (2006), se uma criança está certo tempo sem comer, ela se sentirá
faminta e logo comerá. Se o responsável pela criança tornar inacessível outras comidas, a
criança sentirá fome e então o responsável poderá induzir o tipo de comida para criança sanar
a fome.
Refletindo sobre essa teoria na prática pedagógica, poderia exemplificar pela
centralização do processo de ensino aprendizagem na figura do docente, ou seja,
caracterizando os discentes como meros receptores das informações. Sendo assim, o modelo
de educação é fechado e mecanicista. O processo de aprendizagem ocorre por mecanismos de
associação, de memorização. Nesse estudo, os discentes são desprovidos de conhecimento e
que tal conhecimento deverá ser preenchido por meio da transmissão do conhecimento pelos
docentes e livros. Caracterizando certa valorização no individualismo e o sujeito como ser
passivo.
A Teoria Inatista, tendo como principal teórico Chomsky, provém de uma concepção
epistemológica racionalista que manifesta que o sujeito ao nascer já tem em sua estrutura
biológica todos os elementos para seu desenvolvimento, enfatizando a não aprendizagem pelo
meio.
Conforme Chomsky citado por Severo (2006), a aprendizagem da língua dá-se de
forma semelhante ao crescimento dos órgãos, pois simplesmente acontece. E, apesar da
importância do meio para a aquisição da linguagem, o curso geral do desenvolvimento e os
traços básicos do que emerge são pré-determinados pelo estado inicial.
Nessa perspectiva, a prática pedagógica poderia ser exemplificada pela ação do
docente como auxiliar do discente, como um facilitador, interferindo o mínimo possível, pois
o discente é caracterizado como um ser provido de saber ou não, este saber considera-se
oriundo de sua estrutura genética e hereditária. Portanto, o docente deverá deixar o discente
caminhar, interferindo apenas no auxílio de trazer a consciência o saber que o mesmo já traz

hereditariamente. Portanto, nesse estudo idealista existe a afirmação de que desde o
nascimento é possível determinar o quanto o sujeito possui relacionado ao conhecimento,
contribuindo assim para a exclusão social, principalmente daqueles oriundos de classes menos
favorecidas. Caracterizando assim, a ausência de transformação pelo meio social.
A Teoria Construtivista afirma que o desenvolvimento humano é realizado por meio
da interação entre o desenvolvimento biológico e o desenvolvimento pelo meio. Na referida
teoria, o termo interação é marcado por três aspectos, tais como, motivação, predisposição e
complexidade.
Dentre os principais referenciais da Teoria Construtivista podemos destacar Piaget e
Vygotsky. Segundo Piaget (1990), o desenvolvimento cognitivo ocorre como consequência de
uma interação entre sujeito e objeto de seu interesse. Sendo assim, para que ocorra
determinado desenvolvimento é preciso que ocorra um desequilíbrio nesse processo,
ocasionando o aparecimento de novos esquemas a partir daqueles já existentes, acarretando
numa espiral crescente ligada a inúmeras outras, por meio de teias de significações
individuais.
Portanto, a psicologia genética propõe que a construção do conhecimento pelo sujeito
dependerá das interações biológicas no meio físico e social. Nesse contexto, a aprendizagem
surge como um processo que acontece na interação entre quem ensina e quem aprende, e entre
quem aprende. Porém, a construção da aprendizagem será individual, ou seja, cada um
aprenderá a sua maneira. Nessa perspectiva, a prática pedagógica poderia ser exemplificada
na ação docente compreendendo que para construção do conhecimento do discente ser
necessário a reflexão, problematização de sua ação e de utilização de mecanismos como jogos
ou brinquedos simbólicos. Portanto, a aprendizagem é vista como construção, ação e tomada
de consciência. Caracterizando assim, o sujeito como ser ativo, porém negando a influência
do meio cultural.
Vygostky (1979) considera o sujeito como um ser histórico e produto de suas relações
sociais. Devido, a essa fundamentação certos teóricos denominam sua teoria de históricosocial, com bases na psicologia sócio-histórica, no materialismo histórico de Marx e Engel, do
método dialético de Marx, por se opor as teorias behavioristas e inatistas e na defesa de que o
pensamento humano não pode ser compreendido fora do âmbito social, pois o sujeito em sua
essência é social. Outros identificam sua teoria como interacionista, devido à forte ênfase nas

interações sociais determinantes para efetivação da aprendizagem, isto é, a aprendizagem do
sujeito efetiva-se com a intervenção do outro.
Para realização da referida produção existiu certa necessidade de analisar as
contribuições de Lev Semenovich Vygotsky no campo científico.
Vygotsky (1979) nasceu na Bielo-Rússia em 1896 e faleceu em 1934 de tuberculose.
Realizou estudos na Universidade de Moscou com objetivo de se tornar professor de
Literatura, a partir de 1924 começou a dedicar-se a psicologia evolutiva, educação e
psicopatologia. Com a formação acadêmica em Psicologia desenvolveu diversos trabalhos
sobre a aprendizagem e o desenvolvimento humano. Dentre seus estudos, afirmou que o
desenvolvimento humano ocorria por meio de um processo histórico-social e pela
aprendizagem da linguagem, que ocorre por imitação, isto é, o sujeito adquire conhecimento
através de interações interpessoais e intrapessoais com outros sujeitos no meio.
Na Teoria Vygotskyana o sujeito transforma e é transformado nas relações que
ocorre no meio social. Caracterizando assim a existência da interação dialética entre o
desenvolvimento humano e o desenvolvimento social de forma recíproca e articulada durante
todo processo histórico do sujeito em desenvolvimento. O sujeito é compreendido como
sujeito ativo, que atua sobre o meio social. Não existe natureza humana, existe uma natureza
dialética do pensamento que é construída socialmente.
Segundo Vygotsky (1996), O desenvolvimento e a aprendizagem do ser humano
ocorrem pelas relações de interação existentes no meio social. O desenvolvimento psicológico
depende da aprendizagem que se manifesta por processos de conceitos, pela aprendizagem no
meio social. Enfatizando que o sujeito não irá se desenvolver apenas pela presença de seu
aparato biológico e sim por suas relações com o meio, pois o sujeito neste estudo é um ser
pensante, que faz representações e relações de suas ações com o meio em que vive. E que para
tal representação é essencial a realizações de interações sociais entre os sujeitos, num
processo interno, ativo e interpessoal. É pertinente afirmar que tais interações darão tanto
entre sujeitos, como de sujeitos a ferramentas sociais. Estas podem ser identificadas em
objetos e conhecimentos adquiridos, construídos e emitidos.
Vygotsky (1979) desenvolveu uma teoria de aprendizagem que caracteriza o
desenvolvimento humano em determinada Zona de desenvolvimento proximal (ZDP), ou seja,

zona na qual ocorre a aprendizagem ou se potencializa na relação entre o nível de
desenvolvimento real e o nível de desenvolvimento potencial. Como demonstra a figura 4:
Figura 4 – Caracterizando a Zona de Desenvolvimento Proximal

Fonte: Autora, 2009.

Ao analisar o esquema é possível afirmar que o processo de aprendizagem dos sujeitos
ocorre na ZDP, sendo a articulação entre o nível de desenvolvimento real ao nível de
desenvolvimento potencial mecanismo essencial para construção social da aprendizagem do
sujeito. Exemplificando na prática pedagógica, o sujeito poderia ser caracterizado como o
discente em formação, este possuidor de uma aprendizagem real, na qual pode solucionar
determinadas situações independentemente, porém necessitado de auxílio para resolver
determinadas situações. Para auxiliá-lo surge a figura do docente na postura de mediador, de
provocador à aprendizagem, como também, dos demais discentes apresentando mais potencial
específico formalizando a ZDP como zona propícia para a aprendizagem dos sujeitos.
Na ZDP ocorre a existência de sujeitos que apresentam potenciais distintos para
determinada atividade, em razão de fatores físicos ou genéticos. Porém, não caracterizando
que esse fator seja determinante para a aprendizagem, pois o mesmo considera o fator meio
social como determinante para consolidação da aprendizagem.
É verificável que para existência da ZDP são primordiais as interações, as trocas, as
mediações entre os sujeitos envolvidos em determinado meio social para desenvolvimento de
habilidades parciais a totais. A prática pedagógica ocorre numa relação dialética entre o
ensinar e o aprender, por meio de pares com potenciais distintos. Sistematizando a
aprendizagem num processo sócio-histórico e na focalização do que o sujeito está aprendendo
e não no que ele aprendeu. O papel do docente na prática pedagógica é de realizar mediações
e intervenções na relação do aluno com o conhecimento. O docente deverá criar zonas de

desenvolvimento proximal, atuando de forma a provocar avanços que não ocorreriam de
forma independente, pois o docente seria o sujeito com mais potencial em sua especialidade,
enfatizando numa abordagem de transmissão cultural e de desenvolvimento social.
Algumas críticas são levantadas em torno de interpretações equivocadas de alguns
pontos da teoria vygotskyana, como demonstra a citação a seguir:
O sócio-histórico para Vygotsky, entretanto, não é o sinônimo de “coletivo” ou de
“sistema social”, no sentido de uma força opressora que se impõe monoliticamente
ao indivíduo. É pensado, isso, sim, como processo, onde o mundo cultural, em seus
múltiplos recortes macroscópicos e microscópicos, apresenta-se ao sujeito como o
outro, a referência externa que permite ao ser humano constituir-se como tal.
(OLIVEIRA, 1992, p. 68)

A teoria vygotskyana por ser baseada no materialismo e dialética marxiana não deve
ser compreendida como um processo de tirania, autoritarismo do coletivo sobre o individual,
pois o mesmo valoriza o sujeito enquanto ser social e este sujeito ser fundamental para
realização das trocas ou transformações interativas. Para determinado desenvolvimento,
Vygotsky articula as funções psicológicas superiores, como os processos voluntários, as ações
conscientemente controladas, os mecanismos intencionais e do processo de internalização de
cada sujeito, determinando assim a formação da consciência.
Outro fator importante para o desenvolvimento do sujeito são as relações existentes
entre pensamento e linguagem. A utilização da linguagem nessa abordagem é apreendida
como sistema simbólico básico entre os seres sociais, sendo o principal articulador entre
sujeito e objeto do conhecimento e de fundamental importância para compreensão do meio
pelo sujeito. As relações de intervenções enfatizam as relações interpessoais num processo de
desenvolvimento de sujeito ativo.
Na referida dissertação será analisado o processo de interações online entre os
participantes dos fóruns do Curso Piloto de Administração a Distância do Sistema
Universidade Aberta do Brasil em Maceió – Alagoas. Salientando das possíveis contribuições
da teoria vygotskyana referente ao desenvolvimento humano por meio do conceito de ZDP,
como acontecem as interações online no referido contexto? Será possível articular o conceito
de ZDP no contexto específico?

1.3

Encaminhamentos para Aprendizagem Colaborativa na Educação Online
Atualmente, na área da Educação ocorre a tendência da adequação do uso integrado

das distintas TIC em seus contextos pedagógicos, tanto na modalidade presencial como na
modalidade não-presencial ou a distância2, tendo em vista as novas formas de percepção e
construção do conhecimento, de maneira a instigar à autonomia, a criticidade, a participação e
a aprendizagem ativa dos sujeitos em formação, inclusive do profissional de educação que
deverá adotar novas posturas diante da mediação do conhecimento.
La conceptualización de educación y los procesos de enseñanza-aprendizaje ha
sufrido grandes modificaciones, estrechamente ligadas a los cambios que se van
originando conforme se va generalizando el uso de Internet. Éstas no sólo tienen que
ver con los medios, materiales y recursos que se emplean en la enseñanza, sino
también con el análisis que se deriva de la necesidad de adaptar la escuela a los
nuevos tiempos. (GÓMEZ, 2002, p. 26)

A educação online, isto é, o processo de ensino e aprendizagem que se dá por meio da
internet deverá apresentar novas propostas metodológicas, por meio da valorização do
conhecimento prévio, da utilização diversificada de recursos, da garantia no auxílio didáticopedagógico, do desenvolvimento de atividades que despertem o pensamento crítico e o
incentivo à criatividade, a produção, a socialização, propiciando numa pedagogia intencional,
democrática, interacionista e centrada no aluno.
O uso de contextos online na educação pode propiciar em inúmeras estratégias
didáticas, porém seu sucesso dar-se-á a partir de certo planejamento estratégico, de certa
intencionalidade pedagógica e de suportes pedagógicos materiais e pessoais aos indivíduos
em formação, levando em consideração de como acontece e como poderá acontecer a
aprendizagem de qualidade nesses contextos. Dentre os diversos recursos disponíveis na
internet para serem utilizados de forma pedagógica podemos citar a pesquisa livre, os AVA,
os blogs, os websites, os jogos online, os jornais online, as bibliotecas online, as revistas
online entre outros.
Para utilização de recursos online na educação é primordial o processo de interações
online entre os sujeitos por meio da tecnologia digital. Na efetivação das interações online,
distintas perspectivas de aprendizagem farão emergir.

Modalidade de ensino que não se desenvolve de forma presencial, caracterizando a possibilidade do processo
de ensino aprendizagem em posições temporais e geográficas distintas por meio de recursos tecnológicos e de
distintas mídias.

Na referida produção serão trabalhados os conceitos de aprendizagem cooperativa e
colaborativa respectivamente. Observe nas figuras 5 e 6, os conceitos ilustrados:
Figura 5 – Modelo de Aprendizagem Cooperativa
O sujeito X
resolverá a situação 1
individualmente
O produto final
ocorrerá de forma
cooperativa entre os
sujeitos.
Ou seja, sem
intervenção do outro
sujeito.
O sujeito Y
resolverá a situação 2
individualmente

Fonte: Autora, 2009.

Conforme a figura 5 percebe-se que para resolução de certa atividade, cada sujeito
solucionou individualmente parte da atividade, efetivando-se uma aprendizagem cooperativa.
Por exemplo, o docente da disciplina de matemática no 4º ano do Ensino Fundamental,
solicita aos discentes para se reunirem em dupla para solucionarem dois problemas
matemáticos. No decorrer da atividade, os integrantes da dupla tem como estratégia a divisão
da atividade por sujeitos, ou seja, o sujeito X ficará responsável pela solução do problema 1 e
o sujeito Y ficará responsável pela solução do problema 2. Nessa situação ocorre a presença
da aprendizagem cooperativa entre os discentes, pois os sujeitos X e Y foram cooperativos
entre si na solução da atividade proposta, pois cada sujeito resolveu individualmente parte da
situação proposta.
Segundo Roschelle & Teasley (1992) citado por Dillenbourg (1996), a aprendizagem
cooperativa consiste na aprendizagem por meio de contribuições segmentadas, na divisão de
tarefas, cada sujeito é responsável pela sua parte sem interferência ou intervenção do outro,
enquanto na aprendizagem colaborativa existe a necessidade da contribuição compartilhada
entre os sujeitos, ora o produto realizado por certo sujeito pode ser analisado, ampliado e
reconstruído com a intervenção de outros sujeitos.

Dillenbourg (1996) enfatiza que a cooperação e a colaboração não diferem em termos
de haver ou não a distribuição de tarefas, más em virtude da maneira em que essas tarefas
serão divididas. Em cooperação, a tarefa é dividida em subtarefas independentes,
caracterizando a construção individual das partes da tarefa. Em colaboração, a tarefa será
dividida em camadas entrelaçadas, coordenadas, compartilhadas, caracterizando a construção
coletiva das partes da tarefa.
Conforme Harasim (2005), a aprendizagem colaborativa é fundamentalmente diferente
da tradicional transmissão de conhecimento, linear, no qual segue o modelo de que o docente
é a única fonte de conhecimento ou habilidades. Porém, é centrada no discente e na
construção social do conhecimento, facilitada entre pares.
Figura 6 – Modelo de Aprendizagem Colaborativa
O sujeito K
resolverá as situações
com a intervenção do
sujeito W

O produto final ocorrerá de
forma colaborativa entre os
sujeitos

O sujeito W
resolverá as situações
com a intervenção do
sujeito K

Sujeito Y

Fonte: Autora, 2009.

Segundo a figura 6, observa-se que a resolução de certa atividade foi realizada pelos
sujeitos por meio de ações compartilhadas, efetivando-se uma aprendizagem colaborativa.
Utilizando o exemplo citado anteriormente, que apresenta o docente da disciplina de
matemática no 4º ano do Ensino Fundamental, solicitando aos discentes para se reunirem em
dupla para solucionarem dois problemas matemáticos. Na situação de presença de
aprendizagem colaborativa entre os discentes no decorrer da atividade, os integrantes da dupla
tem como estratégia a solução dos problemas de forma compartilhada, ou seja, ambos os
sujeitos participam da solução dos problemas solicitados, na trocas de informações, de
interpretações, de opiniões, como demonstrado na ilustração 6. Nessa situação ocorre a

aprendizagem colaborativa entre os discentes, pois os sujeitos K e W foram colaborativos
entre si resolvendo a situação proposta em parceria, em colaboração com o outro.
Nessa perspectiva, o desenvolvimento de ZDP é pertinente para o processo de
aprendizagem colaborativa. Porém, segue uma problemática, como fazer emergir a
aprendizagem colaborativa em contextos online de aprendizagem?
Conforme Palloff & Pratt (2002), a projeção de objetivos comuns relacionadas a
aprendizagem em sala de aulas virtuais ou não é um elemento importante para efetivação da
aprendizagem. O docente poderá utilizar distintas técnicas para conduzir a efetivação dos
objetivos à aprendizagem.
Segue algumas técnicas para promoção da aprendizagem colaborativa online, tendo
como referência Palloff & Pratt (2002):
Negociar diretrizes entre discentes e docentes para a aprendizagem online;
Disponibilizar mecanismos para os discentes se apresentar e se posicionar
durante o curso;
Estimular a participação dos discentes, realizando mediação nos comentários
dos mesmos, na motivação para o diálogo, para o questionamento,
Oportunizar atividades em equipe de forma mediada;
Articular teoria e prática, na busca pela contextualização, do conhecimento
prévio dos discentes, na aprendizagem significativa;
Motivar a avaliação do docente, da disciplina, da turma e do discente.
A preocupação em torno da interatividade de qualidade em cursos online é de extrema
importância para construção da aprendizagem colaborativa entre os envolvidos, ou seja, entre
docente e discentes, entre discentes, discentes versus conteúdos e discentes versus habilidades
para uso tecnológico, dentre outros. A aprendizagem online deve ser centrada no discente em
formação, o docente terá como papel principal facilitar, mediar, observar, orientar e sanar
dificuldades, problemáticas. Numa perspectiva de provocar ZDP nos discentes.
Nessa perspectiva os discentes deverão estar motivados no contexto para favorecer
uma aprendizagem colaborativa de qualidade; os mesmos devem ter o cuidado no uso da
linguagem expressa pela escrita digital, devendo realizar reflexões em torno das produções; a

participação deve ser permanente, ou seja, apesar da flexibilidade de tempo é necessário criar
hábitos de interações online.
Em contrapartida o docente deverá criar mecanismos pedagógicos adequados para
determinado processo de ensino, como também estabelecer estratégias para interagir com os
discentes, delimitando disponibilidade temporal e pedagógica. Além destes, deverá incentivar
a participação, a interação para construção da aprendizagem colaborativa, estabelecer normas
e critérios avaliativos, motivar as relações harmoniosas no contexto online, realizar prática de
retorno pedagógico aos discentes e fazer uso da metacomunicação, ou seja, a comunicação da
comunicação. Conforme Harasim (2005), a metacomunicação procura solucionar os
problemas em contexto de normas ou agenda, de falta de clareza, de irrelevância, de falta de
educação e de sobrecarga de informações.
Portanto, a metacomunicação também poderá contribuir para construção da
aprendizagem colaborativa. Na prática pedagógica online, se determinado discente insere no
contexto online uma linguagem inapropriada, seja por questões cognitivas, afetivas ou sociais
é necessário que o docente faça o uso da metacomunicação para reverter situação. Como
também, o discente poderá fazer uso da metacomunicação na relação com o docente e com
outros discentes.
É importante que além da metacomunicação seja necessário investir na comunicação
entre os pares na aprendizagem online, tendo em vista o estímulo nas questões sócio
emocionais, de estabelecimento de prazos, de normas, critérios avaliativos entre outros. No
processo de ensino aprendizagem online alguns mecanismos devem ser aguçados, como
autonomia, seriedade, compromisso, criatividade e intencionalidade tanto na perspectiva do
discente como do docente.
A formação inicial e continuada do docente que deverá atuar na educação online é
pertinente e necessária em prol da melhoria na prática pedagógica exercida. Dentre as
principais características que devem ser consideradas durante e após a formação, seria a
constituição da flexibilidade, autonomia, autoridade, autoria e criatividade. O docente que
atuará nessa perspectiva deve ter uma postura mediadora, facilitadora e orientadora, com a
finalidade central de contribuir de forma colaborativa e significativa no processo de
aprendizagem dos discentes.

Para realização do trabalho docente na educação online se faz necessário certa
estrutura organizativa, ou seja, certa estrutura administrativa, pedagógica e tecnológica bem
articulada. Quanto a questão tecnológica, é preciso potencializar o pensamento de que a
tecnologia será um suporte para possibilidades de ações e práticas pedagógicas, enfatizando a
noção de que a tecnologia não determina a existência da ação ou prática pedagógica, pois
estas podem inicializar com ou sem elas. Mas, na presença de tais recursos tecnológicos é
possível diversificar, dinamizar e socializar as ações ou práticas pedagógicas de forma
diferenciada.
A educação online como já mencionado pode ser realizada tanto na modalidade de
ensino presencial como na modalidade a distância, caracterizando inúmeras vantagens no
processo de ensino aprendizagem. Porém é preciso realizar certa reflexão nas dificuldades e
problemas encontrados no desenvolvimento da educação online, principalmente do ponto de
vista do discente (destacando sua desmotivação, participação mínima, adaptação a
metodologia, ausência de mecanismos interativos colaborativos, presença de plágio, entre
outros), do ponto de vista do docente (destacando sua resistência, ausência de formação inicial
e continuada, didática inapropriada e ausência de autoria, entre outros) e do ponto de vista da
tecnologia internet (destacando ausência ou uso inadequado do laboratório de informática,
dificuldades de acesso, problemas de conexão, entre outros).
Para concretização da aprendizagem online é necessário inicialmente conceber que a
aprendizagem sofre influências de distintos elementos, tais como: o desenvolvimento
humano, as relações sociais, as relações cognitivas, as relações com o objeto, a interação, uso
de símbolos, signos, palavras e nas estratégias para promover motivação para aprendizagem.
A internalização de cada sujeito articulada as interações entre sujeitos cognitivamente
assimétricos favorece no estímulo a ZDP de cada discente. Por meio destas interações é
possível também analisar o comportamento social, emocional e na construção de distintas
habilidades de cada sujeito. O uso da mediação e intervenção docente possibilita a uma
mudança na aprendizagem dos discentes.
Apreendendo que os discentes que participam do processo de ensino aprendizagem
online podem ser discentes de cursos de graduação, pós-graduação, formação continuadas
específicas e em algumas iniciativas em disciplinas da educação básica, principalmente no
ensino médio, para atuação destes, são necessárias informações essenciais relativa ao
funcionamento do curso, bem como a disponibilidade de acesso e assessoramento pedagógico.

Pois, a ausência de clareza nas informações e orientações prévias para realização de cursos
online, bem como materiais didáticos e atividades de cunho tradicional, linear e não reflexivo
poderão acarretar na desmotivação para aprendizagem online.
Outra questão a ser observada é a questão da mínima participação dos discentes no
ambiente virtual de aprendizagem (AVA) específico do curso, devido à dificuldade do aluno
ao interagir numa nova prática, como também a má orientação para uso ou ausência de
acompanhamento pedagógico docente, pois apesar da aprendizagem acontecer em um
contexto online, isto é, podendo ser executado em tempos e espaços diferentes, os discentes
sempre terão que sentir assessorado pelos docentes, enfatizando assim, uma relação de
compromisso e parceria com a aprendizagem de ambos.
Em inúmeros casos, a dificuldade no desenvolvimento online por parte dos discentes,
articula-se a adaptação a metodologia não presencial, principalmente em cursos desenvolvidos
por meio da Educação a Distância (EAD). Na EAD, os docentes, os recursos didáticos e
tecnológicos estarão a disposição dos discentes, porém para que ocorra a aprendizagem é
preciso que os discentes estejam comprometidos de fato com a sua aprendizagem. Evitando a
realização de plágio e investindo nos mecanismos interativos cooperativos, bem como
colaborativos.
Diante destes fatos, a figura do docente é essencial para criar mecanismos de
motivação e participação colaborativa. Não afirmando que o desempenho do discente seja de
inteira responsabilidade do docente, pois na aprendizagem online, o discente precisa criar uma
rotina estratégica, autônoma e compromissada com a sua aprendizagem. Porém, o docente
deverá assessorar e observar quanto aos níveis de participação, ao desenvolvimento de cada
aluno, quanto a coerência, coesão e veracidade nas produções registradas online.
O docente online deverá ser um profissional de educação que compreenda o processo
de ensino aprendizagem online diversificado do presencial, pois novas estratégias didáticas
metodológicas devem ser evidenciadas. Portanto, se faz pertinente a formação inicial e
continuada do docente para atuação em tal contexto, tendo em vista uma prática pedagógica
online prazerosa e de qualidade.
As atividades propostas devem ser estimulantes e diferenciadas, como atividades
individuais, em pares, em grupo, de pesquisa, de reflexões entre outras. Para concretização de

tais atividades é preciso postura pesquisadora, reflexiva, mediadora, discursiva e de autoria
docente. Nessa perspectiva o docente deverá manter um diálogo permanente por meio dos
processos interativos online e ser produtor de materiais por meio de seu embasamento teórico
e reflexões de suas vivências pedagógicas.
Algumas dificuldades são evidenciadas no fazer pedagógico docente, dentre elas, se
insere: a resistência ao processo de ensino aprendizagem online seja por falta de
conhecimento em torno da utilização das tecnologias digitais ou mudanças paradigmáticas em
seu fazer pedagógico, que foi construído certo tempo na modalidade presencial. Talvez a
ausência de formação inicial e continuada para desenvolvimento de determinada educação
online seja uma das dificuldades, como também a má formação ou ausência de reflexão em
torno do processo de educação online durante tais formações e da prática pedagógica
exercida.
É compreensível que o processo didático metodológico deverá ser diferenciado da
modalidade presencial, não significando afirmar que a presença de discussões, explanações,
exploração de conteúdos, avaliação da aprendizagem, soluções de dúvidas, de orientações e
dos processos interativos, principalmente colaborativos não estejam presentes. Pelo contrário
todo mecanismo que propicia a aprendizagem na modalidade presencial também se apresenta
na modalidade a distância, porém de forma metodológica diferenciada. As discussões, a
solução de dúvidas e o atendimento às orientações são realizados por meio de ferramentas
síncronas e assíncronas.
Los médios de comunicación interpersonal a través de Internet adoptan dos formas:
sincrónica, en la que los usuarios a través de una red telemática coinciden en el
tiempo y se comunican entre sí mediante texto, audio y / o vídeo; y asincrónica,
donde los participantes utilizan el sistema de comunicación en tiempos diferentes.
(BERROCOSO, 2002, p. 57)

Sendo assim, as ferramentas síncronas são ferramentas disponibilizadas na Internet
que permite a comunicação interativa em tempo real, como o chat ou bate-papo. Enquanto, as
ferramentas assíncronas são ferramentas disponibilizadas na Internet que permite a
comunicação interativa em tempo não real, como o fórum de discussão.
A exploração dos conteúdos e explanações docentes é visualizada por meio de
hipertextos e hipermídias. E o processo avaliativo deverá acontecer de forma permanente,
diagnóstica e valorizar todo percurso realizado pelo discente, buscando o favorecimento na
aprendizagem dos mesmos.

Portanto, se faz necessário além da adequação docente a metodologia da modalidade
não presencial a necessidade do desenvolvimento de estudos exploratórios, pesquisa e
realização de produção docente, pois a presença do diálogo entre os envolvidos deve ser
permanente por meio dos processos integrativos online.
Conforme, experiências realizadas em cursos a distância online, como docente tutora e
discente percebe-se outras dificuldades no processo de educação online, ou seja, no uso da
tecnologia digital, inicialmente na disponibilidade de um laboratório de informática com
acesso a internet, com profissionais nestes para atendimento aos discentes dos cursos
ofertados online, acesso aos contextos de aprendizagem online do curso, na realização de
cadastro, emissão de senha, aptidão e paciência para conhecer e explorar a plataforma online
do curso.
Para atendimento das problemáticas previamente citadas, se faz pertinente a presença
interativa entre os profissionais ligados aos setores tecnológicos, administrativos e
principalmente pedagógicos, tendo em vista o processo de ensino aprendizagem de todos os
envolvidos no contexto de aprendizagem online do curso.
O contexto de aprendizagem online deverá propiciar o trabalho interativo, construtivo
e não linear, sistematizando a auto-organização, domínio cognitivo e a mediação pedagógica.
Dentre os tipos de Modelos de Cursos Online pode-se destacar conforme Mason (1998), em:
Modelo Suporte + Conteúdo se apresenta tendo como foco o conteúdo, as
interações mínimas e as participações discentes de forma individual.
Modelo wrap around tendo como foco 50% de interações online e 50% de
recursos para aprendizagem (conteúdos), nas quais as participações dos
discentes ocorrem de forma individual.
Modelo integrado se apresenta tendo como foco as interações online, o trabalho
colaborativo, recursos para aprendizagem e as atribuições em comuns. Sendo
as interações dos discentes com o conteúdo, com o docente e com os outros
discentes como essenciais para promoção da aprendizagem inicialmente
cooperativa a colaborativa, tendo em vista a construção de comunidades de
aprendizagem online.

Nos cursos online é possível criar diferentes possibilidades interativas. Como
demonstra a figura 7 a seguir:
Figura 7 – Possibilidades Interativas no Fórum
O docente faz 1ª interação na ferramenta assíncrona fórum

O discente X interage na 1ª interação do docente
O discente Y interage na 1ª interação do docente
O discente X interage na 1ª interação do discente Y
O docente interage na 1ª interação do discente X
O discente Y interage na 1ª interação do discente X
X
O docente interage na 1ª interação do discente Y
O discente X interage na 2ª interação do docente
O discente Y interage na 2ª interação do discente X
X
Fonte: Autora, 2009.

Conforme a figura 7 é possível visualizar a possibilidade de interações online entre os
envolvidos em favorecimento da aprendizagem colaborativa. Na respectiva ilustração o
docente é colocado como mediador, orientador e provocador das interações para promoção da
aprendizagem colaborativa entre os discentes, refutando a idéia de que o processo de
aprendizagem é centrado no professor, pelo contrário o docente irá criar mecanismos
pedagógicos a fim de provocar zonas de desenvolvimento potencial no aluno por intermédio
da zona de desenvolvimento real e das interações entre os outros discentes.
O processo interativo entre os discentes é de essencial importância para promoção da
aprendizagem colaborativa. Na figura 7 verifica-se possibilidades interativas entre todos
envolvidos independente das disposições temporais, geográficas e sociais em ferramentas
interativas que propiciam a interação entre pares em AVA, sendo assim, são possíveis
mecanismos interativos entre docente

discentes e entre discentes.

Pode-se destacar que o movimento interativo entre discentes ocorre devido as
condições básicas que o contexto online de aprendizagem oferta, ou seja, inicialmente na
realização de atividades primárias inseridas pelo docente nas ferramentas interativas do curso.
E em seguida por meio de determinado fator cognitivo, afetivo ou social, concebido
anteriormente por intermédio das interações primárias como demonstrado na figura 7.
Para realização da referida dissertação houve certo olhar nos processos interativos
realizados na educação online, especificamente na ferramenta assíncrona fórum do Curso
Piloto de Administração a distância do Sistema Universidade Aberta do Brasil em Maceió –
Alagoas por meio de reflexões, tendo como base, a teoria vygotskyana em torno do
desenvolvimento das ZDP e na investigação destes processos interativos para formação da
aprendizagem colaborativa.
No capítulo a seguir serão realizadas considerações em torno do referido curso, no
entanto, algumas inquietações surgem no que se refere ao curso investigado. Sendo assim,
Que tipos de interações online efetivam-se nos fóruns do curso investigado? E a que tipo de
aprendizagem essas interações online acarreta? Em aprendizagem cooperativa apenas? Em
aprendizagem colaborativa apenas? Ou em ambas?

CURSO PILOTO DE ADMINISTRAÇÃO A DISTÂNCIA
Neste capítulo serão utilizadas as respectivas referências, Mercado (2006), Costa &

Pinto (2006), na apresentação do desenvolvimento da Educação Superior a Distância em
Alagoas, especificamente na Universidade Federal de Alagoas; UAB (2007), na apresentação
da implantação do sistema UAB no Brasil e em Alagoas; FEAC/UFAL/UAB (2006), na
apresentação do Curso Piloto de Administração a Distância em Alagoas destacando seus
principais aspectos administrativos, pedagógicos e tecnológicos.

2.1

Trajetória da Educação Superior a Distância em Alagoas
Conforme Mercado (2006) o histórico do ensino superior a distância na Universidade

Federal de Alagoas (UFAL) iniciou em convênio com o Centro de Educação (CEDU) e em
seguida com as demais unidades acadêmicas dos cursos de licenciatura e bacharelado da
Universidade referida. Verifica-se na figura 8 a síntese cronológica da EAD na UFAL:
Figura 8 – Síntese Cronológica da EAD na UFAL

Fonte: Autora, 2009.

O início da Educação Superior na modalidade a distância em Alagoas se manifestou
por intermédio da oferta pioneira do Curso de Graduação a Distância reconhecida pelo
Ministério de Educação (MEC) em 1996 pela UFAL. Como consequência dessa iniciativa foi
criado o Núcleo Temático de Educação a Distância (NEAD) do CEDU na referida
universidade por meio da resolução nº 01 de 1998 do Conselho do Centro de Educação, tendo
como finalidade o desenvolvimento do ensino, pesquisa e extensão no que se refere a
Educação a Distância.
Em 1998, ocorreu uma parceria entre NEAD / CEDU / UFAL e municípios alagoanos
para promoção de ações voltadas ao Programa de Assessoria Técnica aos Municípios
Alagoanos (PROMUAL). O respectivo programa tinha como objetivo formar em nível
superior professores da rede pública que não tinham formação docente no respectivo nível, ou
seja, professores com formação docente em nível médio normal (antigo magistério). A
iniciativa relatada acarretou em novas propostas de desenvolvimento de ações na modalidade
a distância em âmbito federal no Estado de Alagoas.
Em 1999 foi criada a Universidade Virtual Pública do Brasil (UniRede), como um
consórcio interuniversitário para a democratização do acesso ao ensino superior público,
gratuito e de qualidade numa sistemática de trabalho colaborativo na produção de materiais
didáticos e na oferta de cursos de graduação, pós-graduação e formações continuadas.
Em 2000, a UFAL se tornou integrante da UniRede e em parceria com a Secretaria de
Educação a Distância / Ministério de Educação (SEED/MEC) e Secretarias de Estado de
Educação (SEE) ofertaram o Curso TV na Escola e os Desafios de Hoje, tendo como
finalidade formar professores da rede pública para utilização pedagógica das TIC,
especificamente na mídia televisiva e no programa TV ESCOLA.
Dois anos depois da integração da UFAL com a UniRede, ou seja, em 2002 ocorreu a
oferta do Curso de Pedagogia na modalidade a distância na UFAL, por meio de pólos de
educação a distância.
Em 2005, a UFAL iniciou uma nova proposta com a Unirede Oriental para oferta de
mais três cursos de licenciatura a distância, sendo em Física, Química e Matemática, porém
tendo como coordenação a Universidade Federal do Rio Grande do Norte e participação de
outras universidades, como da Universidade de Pernambuco, Universidade Federal de

Pernambuco, Universidade Estadual do Rio Grande do Norte, Universidade Federal da
Paraíba, Universidade Estadual de Paraíba e Universidade Federal de Alagoas.
Em 2006 surgiram ações de produção de materiais pedagógicos para o Programa de
Formação Continuada em Mídias na Educação, programa no qual manifestou e manifesta suas
ações na formação continuada de professores da rede pública para utilização pedagógica das
distintas mídias, dentre elas, a mídia televisiva, mídia radiofônica, mídia impressa, mídia
digital e a gestão das respectivas mídias. A proposta do Curso Mídias na Educação é
direcionar mecanismos para uma reflexão da prática pedagógica articulada ao uso integrado
de distintas mídias na Educação em nível básico, intermediário e avançado. O curso por ser
dividido em três ciclos, acarretará a titulação no especialista em mídias na educação, caso o
professor em formação tenha contemplado com sucesso as etapas avaliativas solicitadas.
Por meio das ações acima, acrescida ao movimento de formulação de editais e debates
ocorreu a descentralização de ações educativas em torno da EAD na UFAL para Unidades
Acadêmicas, pois anteriormente a execução destas, era de responsabilidade do NEAD
/CEDU/ UFAL.
Outra variável para descentralização das ações mencionadas foi a proposta da
Universidade Aberta do Brasil (UAB) em Alagoas e a proposta da promoção de integração
entre as unidades acadêmicas dos cursos na UFAL.
Apesar da importante atuação já registrada do NEAD/CEDU/ UFAL ao longo destes
anos todos, a UFAL começou a se ressentir da ausência de um órgão que fosse capaz
de articular as ações de ensino, pesquisa e extensão entre as unidades acadêmicas de
forma integradora. Nesse sentido, em agosto de 2006, o vice-reitor Prof. Dr. Eurico
de Barros Lobo Filho, assina a portaria nº 847 de 28/08/2006, que designa os
integrantes do Comitê Gestor de Educação a Distância da Universidade, tendo como
um de seus principais objetivos a institucionalização desta área na Universidade.
Este comitê é composto por professores e funcionários técnico-administrativos, com
experiência relevante na área de EAD. (COSTA & PINTO, 2006)

Com a implantação da UAB na UFAL foi possível inicialmente a oferta do Curso
Piloto de Administração a Distância em parceria com o Banco do Brasil e a Faculdade de
Economia, Administração e Contabilidade (FEAC) e em seguida com a oferta de três cursos
em parceria com a Coordenadoria Institucional de Educação a Distância (CIED), na qual é
representada atualmente pelo comitê gestor de EAD na UFAL e unidades acadêmicas (CEDU
/ Instituto de Física / Instituto de Computação) a oferta dos cursos de licenciatura em
Pedagogia e Física, e bacharelado em Sistema de Informação respectivamente.

Conforme a trajetória apresentada observa-se que a implantação da Educação Superior
a Distância em Alagoas foi e está sendo realizada em consonância a um processo de lutas e
conquistas de seus gestores, coordenadores, docentes e demais envolvidos, tendo como
principal objetivo democratizar o ensino público e gratuito de qualidade em nível superior em
localidades distantes e distintas por meio de ações voltadas a Educação a Distância:
No desenvolvimento de pesquisas e publicações científicas de discentes e
docentes da graduação e pós-graduação;
Na oferta de cursos para formação inicial e continuada do docente para atuação
e construção de materiais para EAD;
Na oferta de cursos de extensão, de graduação, de pós-graduação para a
comunidade acadêmica;
Na abertura de editais para contratação de profissionais específicos para
atuação nos cursos de graduação ofertados pelo sistema UAB;
Na construção, implementação e funcionamento de pólos presenciais para os
cursos de graduação a distância ofertados pelo sistema UAB.

2.2

Implantação do Sistema UAB no Brasil
Em 2005, o sistema UAB3 foi criado pelo MEC no contexto do fórum das estatais pela

Educação, como um projeto voltado à integração e articulação de um sistema de âmbito
nacional para Educação Superior, contemplando pesquisa e ensino para referida área. Ou seja,
tendo como finalidade inicial atender a demanda das empresas estatais para a formação dos
seus servidores públicos (funcionários do Banco do Brasil) em nível superior e aos
demandantes sociais (estudantes que concluíram a Educação Básica) que não ingressaram no
ensino superior, devido principalmente a residirem em regiões que não possuem Instituições
de Ensino Superior Pública (IES), porém tem acesso às regiões dos pólos de apoio presenciais
que estão ofertando os cursos a distância.
3

O Sistema Universidade Aberta do Brasil foi criado tendo como foco as Políticas e a Gestão da Educação
Superior sob 5 eixos fundamentais: 1. Expansão pública da educação superior, considerando os processos de
democratização e acesso; 2. Aperfeiçoamento dos processos de gestão das instituições de ensino superior,
possibilitando sua expansão em consonância com as propostas educacionais dos estados e municípios; 3. A
avaliação da educação superior a distância tendo por base os processos de flexibilização e regulação em
implementação pelo MEC; 4. As contribuições para a investigação em educação superior a distância no país; 5.
O financiamento dos processos de implantação, execução e formação de recursos humanos em educação superior
a distância. (Disponível em: http://www.uab.mec.gov.br. Acesso em: 23 mai. 2007)

Sendo assim, essa proposta não vislumbrou a criação de uma nova Universidade, mas
o trabalho articulado entre instituições públicas de educação superior no país e do apoio do
Banco do Brasil (apoio referente apenas ao Curso Piloto de Administração a Distância), tendo
em vista a democratização do ensino superior público e de qualidade aos municípios
brasileiros, nos quais ocorreu demanda da formação inicial superior e continuada.
Para efetivação do ensino pelo sistema UAB é necessário que as IES públicas
interessadas elaborem propostas curriculares e organizacionais de cursos a distância ao MEC
para serem avaliadas por uma comissão de especialistas para viabilizar o funcionamento de
cursos para os municípios de acordo com a demanda e a existência de estrutura acadêmica de
apoio presencial.
É pertinente a parceria entre uma ou mais instituições de ensino superior para oferta de
cursos superiores na modalidade a distância, tendo em vista, a construção de materiais
didáticos, desenvolvimento de pesquisas em EAD e concretização de formações iniciais e
continuadas para os docentes que irão atuar em determinado ensino superior a distância.
Como demonstra a figura 9:
Figura 9 – Interações entre IES

Fonte: Autora, 2009.

Por meio da figura 9, é verificável a importância do processo interativo entre as IES,
na troca de experiências e na construção cooperativa e colaborativa dos elementos essenciais
para funcionamento dos cursos por elas ofertados.
Concomitante ao processo interativo entre as IES espera-se que cada IES busque
estratégias para implantação e funcionamento da sede e pólos de apoio presencial nos
municípios para discentes e docentes.
Cada IES deverá conter diversos suportes na sede de apoio presencial, dentre os
“suportes administrativos” podemos destacar a presença de um Coordenador UAB e
Coordenador suplente para desenvolver ações em torno dos cursos ofertados pelas IES e
articulação com o MEC e demais IES.
Dentre os “suportes pedagógicos” podemos destacar a presença de docentes tutores
para desenvolver ações didático pedagógicas com os discentes do curso; a presença de
docentes para ministrar aulas nos encontros presenciais realizados nos pólos de apoio
presencial; a presença do docente conteudista que atua na formulação de materiais e
atividades específicas do curso; a presença do monitor, em algumas instituições para auxiliar
o docente nas atividades didáticas pedagógicas com os discentes.
Dentre os “suportes tecnológicos” podemos destacar os materiais didáticos
disponibilizados para realização do curso, ou seja, materiais impressos ou digitais; E a
presença de AVA para desenvolvimento do curso, ambiente no qual ocorrerão a interatividade
nos conteúdos do curso, entre os discentes por meio da participação cooperativa e
colaborativa, e entre discentes e docentes tutores na mediação de informações referente ao
curso, as disciplinas, as temáticas trabalhadas, as soluções de dúvidas e construção de
conhecimento.
Para o funcionamento de cursos ofertados pelo sistema UAB, a existência de pólos de
apoio presencial nos municípios será essencial, para oportunizar à oferta de cursos a discentes
que residem em municípios distintos e distantes do pólo sede da IES. Em cada pólo será
ofertado cursos oriundos do pólo sede. Ou seja, se no pólo sede está sendo ofertados os cursos
A, B e C. No pólo de apoio presencial do município z1, que atende discentes dos municípios
“a” e “b” poderá ofertar os cursos A, B e C. No pólo de apoio presencial z2, que atende
discentes dos municípios “c”, “d” e “e” poderá ofertar os cursos A e C. No pólo de apoio

presencial z3, que atende discentes do município “f” poderá ofertar os cursos A e B. Como
demonstra a figura 10 a seguir:
Figura 10 – Modelo de Funcionamento dos Pólos de Apoio Presencial

Fonte: Autora, 2009.

Nos pólos de apoio presencial é essencial a presença dos mesmos suportes do pólo
sede, porém com algumas especificações. Dentre os “suportes pedagógicos”, a presença de
docentes tutores presenciais é pertinente para atendimento presencial; Dentre os “suportes
tecnológicos”, a presença de laboratório de informática com acesso ao ambiente online do
curso, de laboratórios específicos por curso; na presença de uma biblioteca com as referências
básicas e complementares do curso ofertado; na presença dos materiais didáticos pedagógicos
referentes aos cursos desenvolvidos são pertinentes; Dentre os “suportes administrativos”, a
presença de uma secretaria para atendimento das demandas administrativas e burocráticas; a
presença de uma coordenação geral do pólo na IES que está ofertando o determinado curso; a
presença de coordenações específicas por cursos, caso exista a oferta de mais de um curso na
IES são de extrema importância.

O discente que tiver interesse em realizar sua formação em cursos superiores a
distância pelo sistema UAB deverá ter concluído todas etapas da educação básica, ter sido
aprovado no processo seletivo (vestibular) do curso específico ofertado pela determinada IES
que deverá contemplar os requisitos anteriormente mencionados, bem como se adequar aos
requisitos exigidos pela IES vinculada ao sistema UAB.
No final do curso, os discentes depois de concluído todas exigências didáticas e
avaliativas no curso, se aprovado, receberá um diploma equivalente ao de cursos de graduação
presenciais, sendo emitido pela IES que ofereceu o curso. Tal prática foi assegurada por meio
do decreto presidencial nº 5.622, de 20 de dezembro de 2005. Conforme o artigo 5 do referido
decreto, os diplomas e certificados das ações educativos, sejam por meio de cursos e de
programas realizados na modalidade a distância terão validade nacional, conforme legislação
educacional e emissão pela IES credenciada e registrada.
Dentre os cursos iniciais do sistema UAB, podemos destacar o Curso Piloto de
Administração a Distância, curso desenvolvido por intermédio da parceria entre SEED, MEC,
Banco do Brasil e IES. Conforme UAB (2007), O período de divulgação dos editais para
abertura do processo seletivo para o curso piloto ocorreu entre os dias 17 de abril a 01 de
maio de 2006; As inscrições para o processo seletivo ocorreu entre os dias 02 a 09 de maio de
2006; A aplicação da prova ou vestibular ocorreu em 21 de maio de 2006; A divulgação dos
resultados em 29 de maio de 2006; E a aula inaugural ocorreu no dia 30 de junho de 2006. A
previsão para o número total de vagas seria de 10.000 vagas em âmbito nacional.
Conforme os processos seletivos que ocorreram em 25 Universidades, sendo 19
federais e 6 estaduais, conforme demonstrado no quadro 1, elaborado tendo como referência
UAB (2007):
Quadro 1 - Oferta do Curso Piloto de Administração a Distância no País
UNIVERSIDADES FEDERAIS

UNIVERSIDADES ESTADUAIS

Universidade de Brasília

Universidade Estadual da Paraíba

Universidade Federal da Bahia
Universidade Federal de Alagoas

Universidade Estadual de Maringá

Universidade Federal de Goiás
Universidade Federal de Juiz de Fora
Universidade Federal de Lavras

Universidade Estadual de Pernambuco

Universidade Federal de Santa Catarina

Fonte: Autora, 2009.

(continua)

Quadro 1 - Oferta do Curso Piloto de Administração a Distância no País
UNIVERSIDADES FEDERAIS

(conclusão)

UNIVERSIDADES ESTADUAIS

Universidade Federal de Uberlândia
Universidade Federal de Viçosa

Universidade Estadual do Ceará

Universidade Federal do Ceará
Universidade Federal do Espírito Santo
Universidade Federal do Mato Grosso
Universidade Federal do Mato Grosso do Sul

Universidade do Estado da Bahia

Universidade Federal do Pará
Universidade Federal do Paraná,

Universidade Estadual do Maranhão

Universidade Federal do Piauí,
Universidade Federal do Maranhão
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Fonte: Autora, 2009.

O referido curso está sendo realizado na modalidade a distância por meio de um AVA,
especificamente no ambiente e-ProInfo. Possui pólos de apoio presenciais. Terá a duração
mínima de quatro anos e meio, sendo os três primeiros anos destinados ao trabalho acadêmico
em torno da base comum e o últimos anos destinados aos distintos contextos referente ao
curso. Nessa última etapa do curso, cada IES terá autonomia para realizar o direcionamento
das disciplinas de acordo com os referidos contextos. Quanto aos discentes, serão
acompanhados por meio de um sistema de tutoria, representados pelo docente tutor nas
interações online propiciadas pelo ambiente e-ProInfo, pelo docente tutor presencial nos pólos
de apoio presencial e pelos monitores caso a IES opte em trabalhar com esse profissional para
auxiliar o docente formador.

2.3

Principais Aspectos do Curso Piloto em Alagoas

2.3.1 Aspectos Introdutórios
Para a oferta do Curso Piloto em Administração a Distância da Universidade Federal
de Alagoas foi necessária a construção de um Projeto Político Pedagógico do referido curso.
Esse projeto foi elaborado em parceria com algumas IES que iriam ofertar o devido curso, ou
seja, com a Universidade Federal de Alagoas, Universidade Federal de Santa Catarina,
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Universidade Federal do Ceará, Universidade

Federal do Pará, Universidade Federal do Maranhão, Universidade Estadual do Maranhão e
Universidade Estadual do Ceará.
Outro critério para oferta do referido curso na UFAL foi a presença de experiências
voltadas em EAD na instituição, sendo na produção de materiais didáticos para a modalidade
a distancia, sendo pelo desenvolvimento de pesquisas e ações voltadas para tal modalidade,
como também pela existência de infra estrutura física, administrativa, pedagógica e
tecnológica.
Sendo assim, o referido curso ofertou em Alagoas 500 vagas em sistema de parceria
com a FEAC / NEAD/ ADM e Instituto de Computação, respectivos integrantes da UFAL.
As respectivas vagas foram distribuídas da seguinte maneira, 350 vagas para os
funcionários do Banco do Brasil e 150 vagas para os demandantes sociais. Sendo que entre as
demandas previamente citadas, houve uma nova distribuição, conforme demonstrado no
quadro 2:
QUADRO 2 - Distribuição de Vagas para o Curso Piloto na UFAL
PÓLOS DE APOIO PRESENCIAL

DISCENTES

MACEIÓ

250

PORTO CALVO

100

SANTANA DO IPANEMA

150

Fonte: Autora, 2009.

Para inserção dos discentes na 1ª turma do Curso Piloto de Administração a Distância
na UFAL, os mesmos tiveram que passar por um processo seletivo diferenciado, ou seja, num
calendário distinto do calendário do vestibular regular e voltado para as disciplinas de
Português e Matemática. Após, aprovação nesse processo seletivo, ocorreu a exigência dos
respectivos discentes terem conhecimentos básicos de informática, isto é, no que consiste a
edição de textos; envio e recebimento de e-email, com ou sem arquivo; navegação e pesquisa
na internet para desenvolvimento do curso. Tendo em vista, que a interação dos conteúdos do
curso ocorre no AVA, e-ProInfo.
O graduando em Administração a Distância terá seus estudos voltados a uma grade
curricular organizada em dimensões epistemológicas, metodológicas e políticas, seguido de
três núcleos temáticos: Núcleo temático 1- Estudos de Formação Básica; Núcleo temático 2Estudos de Formação Profissionais e de Ciência aplicada a Administração; Núcleo temático

3– Estudos de Formação Complementar. Sendo assim, a partir desses núcleos temáticos foram
organizados os conteúdos em módulos / disciplinas por períodos semestrais. Como
demonstrado no quadro 3, elaborado tendo como referência as ementas das disciplinas do
referido curso:
QUADRO 3 – Distribuição de Disciplinas do Curso Piloto na UFAL
ANO 1
MÓDULO 1

(1º SEMESTRE)

Educação a

Administração

Ciência Política

Sociologia das

Seminário Temático I

Distância

(Introdução e Teorias)

60 h

Organizações

30 h

60 h

120 h

Organização,

Processo Decisório

Matemática

Filosofia, Ética e

Seminário Temático II

Sistemas e Métodos

60 h

120 h

Cidadania

30 h

60 h

ANO 1
MÓDULO 2

(2º SEMESTRE)

60 h

ANO 2
MÓDULO 1

(3º SEMESTRE)

Direito

Contabilidade (Geral

Economia

Psicologia

Seminário Temático III

Administrativo

e Gerencial)

(Introdução)

Organizacional

30 h

60 h

120 h

60 h

ANO 2
MÓDULO 2

Estatística Aplicada

Sistema de

Matemática

Administração

Antropologia das

Seminario Temático IV
30 h

a Administração

Informação

Financeira

Pública

Organizações

(4º SEMESTRE)

60 h

ANO 3

Economia

Planejamento

Administração

Responsabilidade

Seminário Temático V

MÓDULO 1

90h

(Teorias e Modelos)

Financeira e

Social e Corporativa e

30 h

60 h

Orçamentária

Terceiro Setor

120 h

60 h

(5º SEMESTRE)
ANO 3

Gestão de Pessoas

Marketing

Gestão Ambiental e

Seminário Temático VI

MÓDULO 2

120 h

Sustentabilidade

30 h

60 h
(6º SEMESTRE)
ANO 4

Pesquisa

Direito (Tributário e

Comércio Exterior

Seminário Temático VII

MÓDULO 1

Operacional

Comercial)

60h

30 h

60 h

120 h

ANO 4

Operações e

Finanças Públicas

Tecnologia E Inovação

Seminário Temático VIII

MÓDULO 2

Logística

60 h

30 h

(7º SEMESTRE)

120 h
(8º SEMESTRE)
ANO 5

Empreendedorismo

Teoria dos Jogos

Elaboração e

Tópicos

Seminário Temático IX

MÓDULO 1

60 h

Administração de

Emergentes

30 h

Projetos

60 h

(9º SEMESTRE)

60h

Fonte: Autora, 2009.

Conforme o quadro demonstrado é possível afirmar que o referido curso tem como
proposta a carga horária de 3000 horas / aula, viabilizando o prazo mínimo de quatro anos e
meio para os discentes concretizarem suas atividades acadêmicas. Sendo que as disciplinas
realizadas durante cada semestre seletivo, terão a carga horária diferenciada, isto é, sendo as
mesmas podendo conter a carga horária de 30 horas, contemplando 2 créditos; a carga horária
de 60 horas, contemplando 4 créditos; a carga horária de 90 horas, contemplando 6 créditos; e
a carga horária de 120h, contemplando 8 créditos.
Ao realizar a somatória da carga horária das disciplinas, conforme o quadro 3,
verifica-se que não ocorre a contemplação das 3000 horas totais, pois existem atividades extra
curriculares e disciplinas complementares que poderão ser desenvolvidas concomitantes a
realização das disciplinas regulares do curso para efetivação dessas horas. Sendo assim, as
disciplinas complementares serão Informática Básica, Metodologia de Pesquisa e Trabalho de
Conclusão de Curso, as respectivas terão a carga horária de 60 h cada, totalizando 4 créditos
cada.

2.3.2 ASPECTOS ADMINISTRATIVOS
Para consolidação e desenvolvimento do Curso Piloto de Administração a Distância na
FEAC /UFAL foi preciso criar níveis decisórios, como demonstra a figura 11 a seguir:
Figura 11 – Níveis decisórios do Curso Piloto

Fonte: Autora, 2009.

O Nível Estratégico é composto pelo Comitê Gestor de Educação a Distância da
Faculdade responsável pelo Curso;
O Nível Tático é formado pelo Colegiado do Curso;
O Nível Operacional – Administrativo é formado pela Coordenação Geral que é
subordinada a Direção da FEAC /UFAL; pela Secretaria Geral do Curso que é subordinada a
Coordenação Geral;
Nível Operacional – Pedagógico é formado pela Coordenação Pedagógica que é
subordinada a Coordenação Geral dos Pólos; pela Asssessoria de Ambiente Virtual de
Aprendizagem que é subordinada a Coordenação Geral; pela Secretaria Acadêmica que é
subordinada a Coordenação Pedagógica; pela Secretaria dos pólos que é subordinada a
Coordenação Geral dos Pólos; e pelos Docentes Coletivos que são subordinados a
Coordenação Pedagógica do Curso, sendo o docente monitor subordinado ao Docente
Formador.
Conforme o Manual de Funções e o Regimento do Curso, os docentes coletivos são
denominados como professor coletivo, diferenciando-se por suas funções em professor
formador, professor tutor e professor monitor.
No artigo 25, da seção VIII do Regimento Interno do Curso vem enfatizar que o
professor formador será responsável pela realização do processo de ensino aprendizagem no
âmbito da disciplina por ele responsável.
No artigo 28, da seção X do referido Regimento afirma que o professor tutor tem por
responsabilidade o acompanhamento do processo de cada um dos alunos sob sua orientação,
além da participação no processo de avaliação do curso e facilitação da aprendizagem dos
alunos.
No artigo 31, da seção XI do Regimento analisado destaca a responsabilidade do
professor monitor no auxílio ao docente no ensino ou em outras atividades tecnológicas e
didáticas.

2.3.3 ASPECTOS PEDAGÓGICOS
A existência de pólos de apoio presencial é essencial, pois são nestes que os discentes
terão acesso local a materiais didáticos e digital do curso, por meio da biblioteca e laboratório
de informática. Terão atendimento presencial dos docentes tutores presenciais. Poderão
solucionar pendências administrativas e pedagógicas.
Nos pólos de apoio presencial deverão ocorrer os momentos presenciais do curso, com
os respectivos docentes das disciplinas ou com os docentes tutores responsáveis pelas turmas
que desenvolverão interações durante o semestre letivo específico, tendo em vista, a
divulgação do processo de ensino e aprendizagem da disciplina específica, enfatizando
programa e processos avaliativos no início da disciplina e no término da mesma.
No início e no término de cada módulo ocorrerão geralmente os momentos presenciais
nos respectivos pólos. No início de cada semestre os discentes receberão um Guia de
Atividades, contendo as diretrizes e orientações gerais para o desenvolvimento de cada
disciplina a ser cursada no respectivo bloco semestral. Como também, Módulos Impressos,
contendo a versão impressa da organização dos conteúdos de cada módulo do curso, ou seja,
contendo os conteúdos, orientações de atividades e instrumentos avaliativos por disciplina.
Como o Curso se desenvolve por meio da modalidade a distância ocorre uma
necessidade dos discentes realizarem estudos a distância de forma autônoma e planejada,
tendo orientação do docente tutor da disciplina por meio dos materiais impressos ou digitais
do curso, ou seja, explorando os textos escritos (acessíveis em fascículos, livros, artigos de
revistas e jornais, artigos científicos dos docentes), os hipertextos, os textos audiovisuais e os
textos dos colegas do curso.
O sistema de assessoramento ao discente ocorrerá de forma presencial e a distância.
Pois, em cada pólo de apoio presencial deverá existir a figura do docente tutor presencial para
atendimento local aos discentes, bem como do docente tutor online para atendimento via
webmail, via AVA, via telefone, via fax, via correio. Sendo assim, o docente tutor terá como
objetivo mediar à aprendizagem dos discentes por meio dos materiais didáticos e trocas
significativas entre os mesmos.

O sistema de tutoria será dividido em duas modalidades: via web e presencial.
Assim, o aluno é acompanhado pelo tutor eletrônico via web e pelo tutor presencial
no pólo. O tutor eletrônico realiza a mediação do processo de ensino e aprendizagem
entre aluno, docente e coordenação. É ele que com as orientações do professor
especialista, que ministra as aulas, realiza as atividades de avaliação das atividades
constantes do portfólio do aluno, além de disponibilizar aos alunos orientações sobre
conteúdo das disciplinas e das atividades. Já o tutor presencial acompanha o
desenvolvimento das tele-aulas e aulas atividades, encaminhando as dúvidas dos
alunos aos docentes, tutores eletrônicos e também são responsáveis por atividades
como pratica e estágio. Os alunos recebem informações sobre quem é seu tutor
eletrônico e seu e-mail no inicio do Curso. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE
ALAGOAS, MANUAL DE FUNÇÕES, 2006)

Geralmente, cada docente tutor será responsável por 25 discentes. Para desempenhar
suas ações na tutoria, o mesmo deverá participar de cursos para formação e atualização para
atuar no curso de forma coerente, bem como a participação no processo de organização,
acompanhamento e avaliação das disciplinas do curso. Sendo de grande importância o
conhecimento do mesmo no Projeto Político Pedagógico do curso no qual irá desenvolver
atividades, bem como na exploração didático pedagógico do AVA do curso.
Para participar da tutoria é necessário passar por um processo seletivo que apresenta
como critérios, possuir o diploma de graduação ou pós-graduação em áreas da Educação ou
da Administração; disponibilidade para comparecer aos encontros presenciais nos pólos
específicos; dedicação de 20 h de trabalho pedagógico, no qual consiste principalmente na
mediação, orientação, estímulo para os discentes construírem a aprendizagem de forma
significativa e colaborativa.
O tutor deve ter capacidade de gerenciar equipes e administrar talentos,
habilidades de criar e manter o interesse do grupo pelo tema; ser motivador e
empenhado em acompanhar a aprendizagem dos alunos, pois terá grupos de
alunos heterogêneos, formados por pessoas de regiões distintas, com
vivências bastante diferenciadas, culturas e interesses diversos, exigindo do
tutor uma habilidade gerencial com pessoas extremamente eficiente. Deve ter
domínio do conteúdo do texto e do assunto e do assunto para ser capaz de
esclarecer possíveis dúvidas referentes ao tema e do assunto para ser capaz de
esclarecer possíveis dúvidas referentes ao tema abordado pelo autor, a
bibliografia recomendada, as atividades e eventos relacionados ao assunto.
(MERCADO, 2006, p. 147)

O trabalho de tutoria envolve a reflexão e avaliação do curso na modalidade a
distância e o assessoramento e avaliação do processo de ensino aprendizagem dos discentes
por ele responsável. Mantendo interação entre a coordenação do pólo, docente da disciplina,
monitor da disciplina e discentes da disciplina.
Conforme as análises das Diretrizes para a Qualidade do Desempenho em Tutoria à
Distância, proposta pelo Curso de Administração a Distância em 2006, o serviço de tutoria

deverá propiciar a Motivação para o atendimento; Disponibilidade para o atendimento;
Qualidade do relacionamento com o aluno; Uso preciso da linguagem; Rapidez de resposta;
Domínio do conteúdo; Participação no fórum do e-ProInfo; Participação nos Encontros
Presenciais; Interesse pelo aprendizado do aluno; Monitoramento contínuo do aluno.

2.3.4 ASPECTOS TECNOLÓGICOS
Outro fator importante para desenvolvimento do curso piloto é a existência de um
ambiente online para desenvolvimento do curso, devidamente organizado com acesso aos
seus usuários e administrado permanentemente. Por isso, a importância da descentralização de
atividades e a existência de novos participantes no curso para desenvolverem atividades
específicas para a manutenção, cadastramento e atualização da plataforma utilizada pelo
curso.
Basicamente, a plataforma online do curso deverá possuir mecanimos interativos para
acesso a versão digital dos conteúdos de cada módulo do curso, espaços para inserção de
atividades realizadas pelos discentes, espaços para divulgação de informações, soluções de
dúvidas, orientações pelos docentes tutores e espaços para discussões assíncronas (como
exemplificado na ferramenta fórum) e para discussões síncronas (como exemplificado na
ferramenta bate papo ou chat).
O AVA utilizado pelo Curso Piloto de Administração a Distância é o ambiente eProInfo. Este é um ambiente colaborativo de aprendizagem que utiliza a tecnologia internet
para planejamento, administração e desenvolvimento de ações de aprendizagem, como cursos
a distância, complemento para cursos presenciais, projetos, reuniões de trabalho.
O e-ProInfo foi criado inicialmente para realização de formações continuadas para
professores, coordenadores, multiplicadores, técnicos e alunos, propiciando a apropriação e o
uso da tecnologia digital pelas escolas e universidades públicas do país. E é composto por
dois websites, ou seja, um para o administrador e outro para o participante.
Para acessar a plataforma do curso os respectivos participantes, sejam eles, discentes,
docentes formadores, docentes tutores das turmas ou os administradores do curso, deverão ser
cadastrados na plataforma e-ProInfo e no respectivo curso, tendo o acesso ao AVA do curso

por meio de usuário e senha individual. Observa-se na figura 12 a interface inicial da
plataforma e-ProInfo:
Figura 12 - Página inicial da plataforma e-ProInfo

Fonte: www.eproinfo.mec.gov.br.

O e –ProInfo possibilita a realização de trocas interativas entre discentes e discentes;
entre docentes tutores e discentes; entre discentes ou docentes tutores e materiais disponíveis
no curso por meio de suas ferramentas interativas síncronas e assíncronas.
Ao iniciar login na plataforma os participantes terão acesso a links que dão acesso as
ferramentas interativas e informaçãoes contidas no ambiente online do curso.
A partir do Menu Superior da plataforma é possível observar as ferramentas interativas
principais e secundárias, facilitando as interações entre os usuários por meio das ferramentas
selecionadas para uso pelos administradores da disciplina. Sendo assim, a utilização de
distintas ferramentas de forma não excessiva, porém funcional poderá facilitar o processo de
ensino aprendizagem dos discentes.
Figura 13 - Ferramenta Interativa Apoio

Fonte: www.eproinfo.mec.gov.br.

Conforme a figura 13 verifica-se que na ferramenta APOIO, podem-se encontrar as
ferramentas AGENDA, AVISOS, REFERÊNCIA, TIRA DÚVIDAS E TEMAS; As
ferramentas utilizadas no APOIO geralmente serão para trocas ou acesso de informações, ou
seja, tendo como finalidade a comunicação do ambiente aos discentes do curso. Vale ressaltar
que as informações contidas no ambiente será inserida pelo administrador da disciplina, sendo
o docente formador ou o docente tutor.

Figura 14 – Ferramenta Interativa Interação

Fonte: www.eproinfo.mec.gov.br.

Na figura 14 verifica-se que na ferramenta INTERAÇÃO, podem-se encontrar as
ferramentas BATE PAPO (para debates síncronos), DIÁRIO DE BORDO (para o
gerenciamento e produções de atividades), WEBMAIL (para envio de e-mail), ENQUETE
(para desenvolvimento de pesquisas sobre o curso) e FÓRUM (debates assíncronos); As
ferramentas utilizadas na INTERAÇÃO geralmente serão para envio ou postagens de
atividades.

Figura 15 – Ferramenta Interativa Biblioteca

Fonte: www.eproinfo.mec.gov.br.

Na figura 15 verifica-se que na ferramenta BIBLIOTECA, podem-se encontrar as
ferramentas MATERIAL DE APOIO (para inserção e pesquisa de materiais produzidos pelos
discentes) e MATERIAL DO PROFESSOR (para pesquisa em leituras, apresentação em
power point, sites com materiais das aulas do professor); As ferramentas utilizadas na
BIBLIOTECA serão para postagem de atividades ou acesso de materiais.

Figura 16 – Ferramenta Interativa Projeto

Fonte: www.eproinfo.mec.gov.br.

Na figura 16 observa-se que na ferramenta PROJETO, podem-se encontrar as
ferramentas PESQUISA GERAL e PESQUISA POR ALUNO; As ferramentas utilizadas no
PROJETO serão para acesso a materiais dos professores e dos alunos.

Figura 17 – Ferramenta Interativa Módulo

Fonte: www.eproinfo.mec.gov.br.

Na figura 17 observa-se que na ferramenta MÓDULO, podem-se encontrar as
ferramentas ATIVIDADE MÓDULO, ATIVIDADE TURMA e CONTEÚDO MÓDULO; As
ferramentas utilizadas no MÓDULO serão utilizadas para acesso ao conteúdo e atividades das
disciplinas e das turmas.

Figura 18 – Ferramenta Interativa Trocar Perfil

Fonte: www.eproinfo.mec.gov.br.

Na figura 18 verifica-se a ferramenta TROCAR PERFIL que será utilizada para o
usuário direcionar para outro curso que seja cadastrado pelo e-ProInfo.

Figura 19 – Ferramenta Interativa Principal

Fonte: www.eproinfo.mec.gov.br.

Na figura 19 verifica-se a ferramenta PRINCIPAL que direciona à página inicial da
disciplina no qual o discente irá interagir.
No capítulo 4 desta produção, haverá as análises em torno das interações online
realizadas na ferramenta interativa fórum para construção da aprendizagem colaborativa entre
os discentes. Porém, anterior ao referido capítulo, haverá a apresentação da Intencionalidade
da Pesquisa, demonstrada no capítulo 3 na identificação das amostras e outros elementos da
pesquisa pertinente a análises dos fóruns selecionados no AVA do curso como potenciadores
ou não para efetivação da aprendizagem colaborativa entre discentes.

INTENCIONALIDADE DA PESQUISA
Neste capítulo serão utilizadas as respectivas referências, Dillenbourg (1996), Palloff

& Pratt (2002), Roschelle & Teasley citado por Dillenbourg (1996), Vygotsky (1996), na
apresentação dos objetivos, do problema e das questões norteadoras da referida dissertação;
Mazzotti (2006), Moreira & Caleffe (2006), Gómez (1998), Stake (2000), Yin (2005),
FEAC/UFAL/UAB (2006) no detalhamento da metodologia da pesquisa, como o tipo da
pesquisa, abordagem da pesquisa, amostras da pesquisa, técnica e instrumentos da pesquisa.

3.1

Objetivos, Problema e Questões Norteadoras
O principal objetivo da referida produção visa identificar a diversidade de interações

online e os elementos que implicam numa aprendizagem colaborativa entre discentes na
ferramenta interativa assíncrona fórum do ambiente e-ProInfo do Curso Piloto de
Administração a Distância do Sistema Universidade Aberta do Brasil em Maceió-AL.
O processo de interação, segundo Vygotsky (1996), é a principal força impulsionadora
para o desenvolvimento do ser social. Portanto, as interações entre os envolvidos na Educação
Online são de suma importância para construção coletiva do conhecimento.
Dentre os objetivos específicos, essa pesquisa determina-se a investigar os distintos
elementos que favorecem ao desenvolvimento interativo no ambiente e-ProInfo do curso, por
intermédio da ferramenta interativa assíncrona fórum; Demonstrar condições sobre as quais a
aprendizagem colaborativa pode ser efetivada nos fóruns do referido curso, resgatando a
teoria de ZDP de Vygotsky; Elaborar categorias para o desenvolvimento da aprendizagem
colaborativa na Educação Online, destacando a importância das interações cooperativas e
colaborativas para concretização desta.
Palloff & Pratt (2002) afirmam que quando os discentes trabalham no coletivo, ou
seja, de forma colaborativa, tendem a produzir conhecimentos mais intensos e ao mesmo
tempo deixam de ser independentes para se tornarem interdependentes. Essa relação de
interdependência em AVA é oriunda de trocas interativas de um mesmo grupo em outros
contextos online.

Nessa perspectiva, é necessário repensar o fazer pedagógico para Educação Online,
tornando-a flexível, autônoma, criativa, ativa, dinâmica, contextualizada, formativa e
transformadora, tendo em vista a construção colaborativa do conhecimento por meio de
interações colaborativas ou cooperativas.
Roschelle & Teasley citado por Dillenbourg (1996), define o termo colaboração
distinto do termo cooperação. Sendo que a cooperação é realizada por meio da divisão de
trabalho entre os participantes, como uma atividade onde cada pessoa é responsável por uma
parcela do problema a ser resolvido. Enquanto a colaboração é realizada por meio de um
engajamento entre os participantes para resolver o problema, enfatizando a questão da solução
do problema de forma coletiva e não de forma individual em divisão de tarefas.
Com as transformações tecnológicas, novos modelos foram implantados para oferta de
cursos na modalidade a distância, como são os casos de cursos ofertados na estrutura online.
Contudo, estas inovações tecnológicas, favorecidas pelas distintas ferramentas interativas não
constituem a garantia na qualidade da EAD online.
Durante a realização da pesquisa foi observado interações online colaborativas entre
docente tutor e discente, discente e docente tutor, porém nas relações entre discente eram
mínimas ou nulas. Sendo assim, por meio dessa identificação nos fóruns do curso e da
importância das interações online colaborativas para uma melhor efetivação na construção do
conhecimento, conforme o quadro teórico analisado faz emergir a problemática da pesquisa
“Por que ocorrem dificuldades para efetivação de interações online colaborativas entre os
discentes nos fóruns do Curso Piloto de Administração a Distância em Maceió – AL?”
Partindo da problemática acima, certas questões norteadoras ganham relevância:
Como acontecem as interações online entre docentes e discentes, e entre
discentes no âmbito do Ensino Superior a Distância Online?
O conceito de ZDP aplica-se ao desenvolvimento das interações online entre os
envolvidos em ferramentas síncronas e assíncronas no AVA?
É possível a existência de interações online colaborativas em AVA por meio de
interações online cooperativas?

3.2

Metodologia da Pesquisa
A pesquisa realizou-se por intermédio da articulação entre teoria e prática, isto é,

através de estudos bibliográficos e de campo. Tendo como base, uma perspectiva
interpretativa de pesquisa foi realizada um estudo minucioso analítico e reflexivo.
Gómez (1998), afirma que a investigação interpretativa, deverá apresentar uma
compreensão dos significados no âmbito da realidade natural de interações sociais, não
reduzindo seu estudo à identificação de pautas ou padrões comuns de comportamento,
transferíveis de contexto, mas se preocupará também com a compreensão dos aspectos
singulares, anômalos, imprevistos, diferenciadores. Portanto, o conhecimento dos elementos
singulares será determinante para identificação das realidades abordadas na pesquisa.
A pesquisa desenvolveu-se por intermédio das análises de amostras de interações
online nos fóruns do curso piloto de Administração a distância ofertado pelo Sistema de
Universidade Aberta do Brasil em Maceió - Alagoas. Sendo assim, as interações online entre
os envolvidos serão de suma importância para interpretações dos mesmos. A observação das
interações online nos fóruns e as questões norteadoras anteriormente levantadas também
darão suporte para descrição, interpretação e divulgação dos resultados.
Conforme Moreira e Caleffe (2006), em termos metodológicos a investigação
interpretativa faz elucidar certas características, como: a conscientização da coleta da pesquisa
no ambiente natural do evento, o não estabelecimento de hipóteses, pois na perspectiva
interpretativa ocorre a concordância do conceito de realidades múltiplas e em construção, a
responsabilidade e seriedade no processo de coleta e análises das informações da pesquisa e a
construção articulada do caso por meio de uma interação dialética contínua, crítica e de
análise.
Ao exemplificar no corpo da pesquisa determinadas características, apresentam-se em:
Ter como coleta de dados principal os fóruns do Curso Piloto investigado;
Iniciar o trabalho de pesquisa por meio de questões norteadoras, que levantem
curiosidades e problemáticas em torno da temática proposta;
Utilizar distintos instrumentos de coletas de dados para a efetivação da
pesquisa, como análises dos fóruns, questionários aos discentes e docentes

tutores do curso, entrevista com coordenador pedagógico do curso, pesquisa
em dados documentais.
Realizar as análises dos dados com certa excelência contínua, crítica, de
análise, com responsabilidade ética e científica para formulação de
generalizações em torno da temática com recorte qualitativo.

3.2.1 Tipo da Pesquisa
O desenvolvimento desta pesquisa acarretou numa pesquisa qualitativa, isto é, pois a
partir da coleta das informações baseadas nas interações online indexadas nos fóruns
selecionados, houve as análises discursivas e secundárias, tendo em vista a articulação entre a
fundamentação teórica e os dados do caso, ou seja, por meio das interpretações dos fóruns
selecionados foi possível a inter-relação com a teoria da ZDP de Vygotsky (1996) e a teoria
no desenvolvimento de pares assiméttricos para promoção da aprendizagem colaborativa de
Dillenbourg (1996).
A partir deste pressuposto metodológico ocorreu uma visão geral e compreensiva da
relação existentes entre os envolvidos da pesquisa, utilizando distintos mecanismos para
coleta de informações. E através destes houve a definição de alguns pontos que culminaram a
pesquisa como a identificação de interações online cooperativa e colaborativa, e os elementos
que implicavam numa aprendizagem colaborativa nos fóruns analisados.

3.2.2 Abordagem da Pesquisa
Esta pesquisa desenvolveu-se por intermédio de estudo de caso. Permeando a um
planejamento prévio baseando-se na visão geral do projeto do estudo de caso, nos
procedimentos de campo, nas questões que fossem levantadas para orientar o pesquisador, no
guia para construção de um relatório e da triagem dos indicadores para o estudo de caso.
Tendo em vista a interpretação do contexto, isto é, na retratação e compreensão das interações
online existentes entre os participantes do Curso Piloto de Administração ofertado pelo
Sistema UAB em Maceió - Alagoas.

Conforme a abordagem adotada ocorreu uma avaliação crítica do contexto social
estudado tendo como finalidade a tomada de decisões ou uma proposição de uma ação
inovadora. Portanto ao analisar as interações online entre os participantes do curso, ocorreu a
necessidade de estabelecer a este caso uma unidade significativa, pois este foi o centro de
referência sócio cultural.
Salientando que o estudo de caso pode ser distinguindo a partir de suas finalidades,
isto é, poderá ser segundo Stake (2000), intrínseco, instrumental e coletivo.
Ao definir o objeto do estudo de caso como um fenômeno contemporâneo, o autor
procura distingui-lo dos estudos históricos, nos quais a evolução temporal é o foco
de interesse, o que não significa que nos estudos de caso não se recorra a fatos
passados para compreender o presente. (MAZZOTTI, 2006, p. 643)

O estudo de caso proposto exigiu um estudo conjunto de algumas peculiaridades do
Curso investigado para compreender o desenvolvimento das interações online deste,
ocasionando numa possível otimização da compreensão do caso e assim não tendendo a
generalização além deste.
Vale ressaltar que para o desenvolvimento do estudo de caso foi necessário a abertura
do processo nº 010077/2007-13, sob título Análise das interações e das ferramentas
colaborativas disponíveis na internet no âmbito da educação a distância, aprovado pelo
instrumento do Comitê de Ética em Pesquisa da UFAL, datado em 03/09/2007.
A constituição do caso da pesquisa e suas especificidades serão abordadas no tópico a
seguir.

3.2.3 Amostras da Pesquisa
A coleta de dados foi uma atividade complexa exigindo certa excelência nas
habilidades desejadas para a pesquisa.
A preparação para realizar um estudo de caso envolve habilidades prévias por parte
do pesquisador, treinamento e preparação para o estudo de caso específico,
desenvolvimento de um protocolo de estudo de caso, triagem dos possíveis estudos
de caso e condução de um estudo de caso piloto. Em relação às habilidades prévias,
muitas pessoas acreditam, equivocadamente, ser suficientemente capacitadas a
realizar estudos de casos porque pensam que o método é fácil de ser aplicado. Na
verdade, a pesquisa de estudo de caso caracteriza-se como um dos tipos mais árduos
de pesquisa porque não há fórmulas de rotina. (YIN, 2005, p. 81)

Durante a investigação foram realizadas interpretações em torno do docente tutor e
dos discentes nos fóruns do curso e as distintas etapas que favoreceram as interações online
colaborativas entre os envolvidos, tendo em vista, a efetivação da aprendizagem colaborativa
dos discentes.
O referido curso em análise tem por nomenclatura “Curso piloto de Administração a
Distância do Sistema Universidade Aberta do Brasil” e configura uma parceria entre o
Ministério de Educação (MEC), Secretaria de Educação a Distância (SEED), Banco do Brasil
(que correspondem aos integrantes do Fórum das Estatais pela Educação) e as Instituições
Federais e Estaduais de Ensino Superior.
Este curso de graduação em Administração tem a duração de quatro anos e meio,
sendo os três primeiros anos organizados à base comum e os últimos anos destinados a
diferentes ênfases. O aluno é acompanhado pelo sistema de “tutoria” tendo em vista o seu
monitoramento e desempenho de atividades por meio de interações online como já
apresentado no capítulo 2 desta dissertação.
O foco desta pesquisa evidenciou duas etapas de observação, ou seja, no que condiz
ao processo de interações online nos quatro primeiros semestres do curso e em seguida
análises das interações online selecionadas para o estudo de caso. Contudo, é importante
enunciar que o produto das interações sociais, a centralidade dos significados existentes entre
os participantes da pesquisa, estes que terão papéis de sujeito e ator da pesquisa serão
relativamente significativas para o estudo.
A coleta de dados referente a seleção e análise de registros dos fóruns das turmas
específicas nos quatro primeiros semestres do curso no ambiente online do curso, iniciou
paralelo ao desenvolvimento do término do 3º semestre do curso e concluiu paralelo ao
desenvolvimento do 5º semestre do referido curso. O total de sujeitos pesquisados foi 97,
sendo 1 coordenador pedagógico, 11 docentes tutores e 85 discentes.
É salientar que o indicador essencial para as seleções dos fóruns foi a presença de
interações online colaborativas entre discentes nos 4 primeiros semestres do Curso.
Tendo em vista, a definição da aprendizagem colaborativa como a participação de
agentes X e Y em mútua ação, isto é, ação global participativa em um determinado contexto.
Sendo assim, a seleção das amostras foi realizada da seguinte maneira:

Seleção 1:
Pesquisa pelos fóruns com presença de interações online colaborativas entre
discentes em 21 disciplinas, isto é, correspondendo as disciplinas do 1º ao 4º semestre.
Durante a realização da pesquisa no AVA do curso, foi observado que em cada disciplina dos
respectivos módulos do curso, continham geralmente 10 turmas do Pólo Maceió, 6 turmas do
Pólo Santana de Ipanema e 4 turmas do Pólo Porto Calvo. Como demonstrados na figura 20 a
seguir:
Figura 20 – Turmas ofertadas para a disciplina Administração (Introdução e Teorias)

Fonte: www.eproinfo.mec.gov.br.

Seleção 2:
Definição do estudo de caso nas turmas do Pólo de Maceió, devido a excessiva
quantidade de turmas por disciplinas e respectivos fóruns aliado ao tempo da pesquisa. Por
exemplo, se teria que investigar os processos de interações online colaborativas entre
discentes na ferramenta fórum das disciplinas do 1º ao 4º semestre, sendo 21 disciplinas
multiplicada as 10 turmas do Pólo de Maceió, as 6 turmas do Pólo de Santana do Ipanema e
as 4 turmas do Pólo de Porto Calvo totalizaria aproximadamente 470 turmas. Sendo que
geralmente, os fóruns de cada turma apresentavam-se entre 0 a 6 fóruns. Então multiplicando
as 470 turmas por 6 fóruns ficaria aproximadamente 2820 fóruns para serem analisados
inviabilizando o tempo de realização da pesquisa.
Por isso, um dos critérios de seleção para análises nas turmas de Maceió foi a
viabilidade de pesquisa e por a pesquisadora residir nas proximidades do Pólo de Maceió e ter
maior acesso as informações locais, ou seja, no pólo sede do curso que se encontra localizado
nas instalações da FEAC / UFAL.
Seleção 3:
Pesquisa pelos fóruns com presença de interações online colaborativas entre discentes
nas 21 disciplinas das 10 turmas do Pólo de Maceió. Durante a coleta de dados verificou-se a
presença de 30 fóruns com a presença de interações online colaborativas entre os discentes em
distintas disciplinas e turmas. Observa-se no quadro 4 a seguir , a identificação das interações
colaborativas entre discentes nos fóruns das disciplinas dos quatro primeiros semestres do
curso:

Quadro 4 - Relação de Disciplinas Ofertadas nos Anos 1 e 2

FÓRUNS

ANO 1

ANO 2

MÓDULO 1

MÓDULO 2

MÓDULO 1

MÓDULO 2

(1º SEMESTRE)

(2º SEMESTRE)

(3º SEMESTRE)

(4º SEMESTRE)

2006.2

2007.1

2007.2

2008.1

Educação a Distância

PRESENÇA

Administração

DE INTERAÇÕES

(Introdução e

COLABORATIVAS

Teorias)

Organização,

Contabilidade (Geral

Estatística Aplicada

Sistemas e Métodos

e Gerencial)

a Administração

Processo Decisório

Economia

Matemática

(Introdução)

Financeira

ENTRE
DISCENTES

Ciência Política

Sociologia das
Organizações

Seminário Temático I

Matemática

Direito

Sistema de

Administrativo

Informação

AUSÊNCIA DE
INTERAÇÕES

Filosofia, Ética e

Psicologia

Administração

COLABORATIVAS

Cidadania

Organizacional

Pública

Seminário Temático

Antropologia das

III

Organizações

ENTRE
DISCENTES

Seminário Temático
IV

Fonte: Autora, 2009.

Durante a investigação nos fóruns das disciplinas com presença de interações online
colaborativas entre discentes foi constatado que na maioria dos fóruns prevalecia a presença
de interações online cooperativas entre discentes, determinada característica pode ser
evidenciada devido à abordagem do curso ser voltada ao instrucionismo, como afirmou o
Coordenador Pedagógico dos 4 primeiros semestre do curso, durante a entrevista, quando
indaguei sobre a finalidade da criação de atividades para serem realizadas nos fóruns, o
mesmo afirmou que existe uma perspectiva interativa para realização das atividades, porém, a
instrucionista prevalece perante a perspectiva de colaboração, complementando que existe a
intenção de trabalhar enfatizando as outras perspectivas, porém ainda não encontraram
mecanismos para determinada efetivação.

Seleção 4:
Determinação de critérios para análises do caso:
Primeiro critério, seleção por compatibilidade, isto é, mesmo fórum em mesma
disciplina e em turmas distintas, totalizando 30 amostras em 10 disciplinas;
Segundo critério, seleção dos fóruns com potenciais colaborativos entre
discentes e entre docente tutor e discentes, isto é, fóruns com a presença de
interações online colaborativas entre os participantes totalizando 9 amostras em
5 disciplinas;
Terceiro critério, seleção dos fóruns com mais potenciais colaborativos,
totalizando 4 amostras em 4 disciplinas para análises principais. Como
demonstrado no quadro 54:
Quadro 5 – Amostras para o Estudo de Caso
ANO / MÓDULO / SEMESTRE

AMOSTRAS

DISCIPLINA

FÓRUM 3

EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

FÓRUM 2

ORGANIZAÇÃO, SISTEMA E

ANO 1
MÓDULO 1
1º SEMESTRE
2006.2
ANO 1
MÓDULO 2
2º SEMESTRE

MÉTODOS

2007.1
ANO 2
MÓDULO 1

FÓRUM 1

ECONOMIA

FÓRUM 1

ESTATÍSTICA APLICADA A

3º SEMESTRE
2007.2
ANO 2
MÓDULO 2
4º SEMESTRE

GESTÃO

2008.1

Fonte: Autora, 2009.

A amostragem adotada pela pesquisa foi a amostragem por evento, ou seja, tendo
como referência a presença de interações online colaborativas entre os discentes. Moreira e
Caleffe (2006) enfatizam que o pesquisador ao utilizar a abordagem de amostragem por
evento, deve selecionar um local de observação e então determinar todas as situações nas
4

No quadro 5, não houve identificação das turmas, devido ao posicionamento ético da pesquisa, que adota a não
divulgação da identidade dos sujeitos envolvidos.

quais o fenômeno acontece. Uma vez que isso determinado, os eventos podem ser amostrados
de uma maneira representativa.

3.2.4 TÉCNICA E INSTRUMENTOS DA PESQUISA
Para realização desta pesquisa foi utilizada a técnica da observação sistemática, pois
não houve envolvimento entre a pesquisadora e os sujeitos pesquisados no que condiz ao
momento de interações online entre docente tutor e discentes nos fóruns selecionados para o
estudo de caso. Observou-se o comportamento e as relações interativas dos sujeitos
pesquisados nos fóruns do curso sem interromper ou intervir no comportamento dos mesmos,
tendo em vista, a disponibilidade do perfil no AVA do curso como Administradora de
Módulo do Curso, conforme demonstrado na figura 21. Determinado perfil foi permitido pela
Coordenação Geral do Curso Piloto de Administração do Curso Piloto em Alagoas.
Figura 21 – Perfil da Pesquisadora no AVA do Curso

Fonte: www.eproinfo.mec.gov.br.

Concomitante as análises dos fóruns5 foi realizada a aplicação de dois outros
instrumentos para investigação das interações online no AVA do curso, como questionários 6
semi-abertos aplicados aos discentes e docentes tutores das amostras selecionadas e
entrevista7 com coordenador pedagógico do curso.
A aplicação dos questionários para os discentes e docentes foi realizada via endereço
eletrônico (e-mail convencional) e via ferramenta interativa webmail do AVA do curso em
2008. Respectivamente no 1º e 2º semestre de 2008, tendo em vista o retorno mínimo dos
discentes e nulos dos docentes tutores, os questionários foram reenviados aos docentes tutores
e discentes que participaram das disciplinas do 1º ao 4º semestre que apresentavam interações
online colaborativas entre discentes.
5

Verifique no capítulo 4, as análises dos fóruns.
Verifique no anexo 2, modelo de questionário enviados aos discentes e no anexo 3, modelo de questionário
enviados aos docentes tutores.
7
Verifique no anexo 1, o roteiro da entrevista.
6

Para o envio dos e-mails, houve a coleta da lista de e-mails na ferramenta webmail do
AVA do curso, em específico nas disciplinas que foram selecionadas para o estudo de caso.
Dos questionários enviados aos docentes tutores o retorno foi 0%. Porém, dos questionários
enviados aos discentes o retorno foi de apenas 14%.
Ao tentar descobrir o motivo pelo qual os respectivos não retornaram e-mail e em
conversa informal com os secretários gerais e do pólo de Maceió, subentende-se que o retorno
mínimo ou nulo deveu-se a:
E-mail incorreto na plataforma ou e-mail inativo ou caixa de entrada cheia do
e-mail;
Desligamento do curso, por evasão ou desistência do discente;
Desligamento do serviço de tutoria no curso, por torna-se discente do mesmo
ou por outros motivos pedagógicos ou administrativos;
Ausência de vontade em querer participar da Pesquisa.
Concomitante ao envio e análises dos questionários, no 2º semestre de 2008 foi
realizada a entrevista com o Coordenador Pedagógico do Curso na CIED /UFAL. A entrevista
foi realizada de forma planejada, informal e gravada. O Coordenador Pedagógico do curso
nos primeiros quatro semestres do curso recebeu um roteiro de entrevista e foi bastante
cooperativo na coleta de informações para a referida pesquisa. A coleta desse instrumento foi
valiosa para compreender e articular as leituras realizadas nos documentos do curso a
realidade das interações online no curso.
Além dos três instrumentos avaliativos anteriormente mencionados foi necessária a
utilização de outros mecanismos para coleta de informações, como:
Estudos Bibliográficos, tendo em vista a fundamentação teórica da pesquisa;
Estudos Documentais referente ao curso, tendo em vista a fundamentação
quanto a compreensão do curso no qual se desenvolveu a pesquisa, como:
a.

No Projeto Político Pedagógico do Curso;

No regimento interno do curso;

No manual de funções do curso;

Nas diretrizes para a qualidade do desempenho em tutoria à distância do curso;

No relatório de gestão de 2007.1 e 2007.2;

Na ementas das disciplinas do curso;

Na lista de endereços eletrônicos dos tutores do curso do 1º semestre ao 4º
semestre do curso;

Nos cronogramas do curso do 2º semestre ao 4º semestre do curso;

Na exploração do ambiente online de aprendizagem do curso em sua
totalidade, devido ao acesso como Administrador pela Coordenação Geral e
Coordenação Pedagógica do Curso, facilitando a análise dos mecanismos
interativos.

Durante a coleta e análises de dados, emergiram outras questões:
Como se dão as interações online entre os participantes de cursos online?
Será possível articular o conceito de ZDP em contextos online de
aprendizagem?
Como fazer emergir a aprendizagem colaborativa em contextos online de
aprendizagem?

POSSIBILIDADES INTERATIVAS NO ESTUDO DE CASO
Esta pesquisa teve como foco identificar as interações online na ferramenta fórum do

Curso Piloto de Administração a Distância em Maceió – AL, tendo em vista as análises dos
mecanismos interativos que influenciam na construção da aprendizagem colaborativa entre
discentes.

4.1

Identificando as Interações Online
Segundo COSTA et. al.(2006), a ferramenta fórum é utilizada para alimentar uma

discussão de determinada temática introduzida pelo docente inicialmente e podendo ser
reintroduzida em seguida pelo discente. Sendo que, ao introduzir novas perspectivas no fórum
seja pelo docente ou pelo discente, ocorrem novas reflexões promovendo novos debates.
Para efetivação de interações online nos fóruns do curso ou em outros contextos
pedagógico online é necessário a presença de três componentes8 principais, ou seja, o docente,
o discente e o recurso online9. A presença desses componentes irá fornecer condições para
efetivação das interações online e consequentemente na efetivação da aprendizagem.
Conforme reflexões em torno dos fundamentos referente a Interatividade no capítulo 1
desta dissertação e durante as análises da coleta de dados, houve a necessidade da
pesquisadora em categorizar as interações online em:
Interações online introdutórias;
Interações online de seleção primária;
Interações online de seleção secundária;
Interações online de seleção terciária.

8
9

No curso investigado, os componentes essenciais serão docente tutor, discentes e o ambiente e-ProInfo.
Verifique na página 26, exemplos de recursos online para promoção da aprendizagem.

4.1.1 Interações Online Introdutórias
Durante a pesquisa percebe-se que as interações online se iniciam desde o acesso a
página inicial do curso, como demonstrado na figura 22 a seguir:
Figura 22 – Interações Online Introdutórias

DIGITAR
USUÁRIO
E SENHA

Fonte: www.eproinfo.mec.gov.br.

As interações online introdutórias10 serão determinadas no acesso ao site do curso,
seguido da inserção do usuário, senha individual e confirmação no link entrar.
Em sequência das interações online introdutórias, ocorrerão as interações online de
seleção primária. Pois, ao realizar com sucesso o nível interativo inicial, o AVA do curso
gerará uma nova interface.

4.1.2 Interações Online de Seleção Primária
As interações online de seleção primária11 serão identificadas quando o sujeito online
realizará seleção no curso no qual queira explorar. Como demonstrado na figura 23 a seguir.

10
11

KRETZ (1986) citado por Silva (2006) denomina conceito semelhante como grau zero de interatividade.
KRETZ (1986) citado por Silva (2006) denomina conceito semelhante como interatividade linear.

Figura 23 - Interações Online de Seleção Primária

Fonte: www.eproinfo.mec.gov.br.

4.1.3 Interações Online de Seleção Secundária
Por meio das interações online de seleção primária, o sujeito online deverá criar novos
mecanismos de seleção para interagir nas informações contidas no AVA do curso, realizando
as interações online de seleção secundária12.
Verificam-se nas figuras 24 e 25, a possibilidade de cinco níveis interativos de seleção
secundária, como identificado:
Em 1, na possibilidade interativa na disciplina e turma específica;
Em 2, na possibilidade interativa entre outros participantes de forma síncrona,
semelhante a um bate-papo, com qualquer integrante do Curso Piloto de
Administração a Distância em Alagoas;
Em 3, na possibilidade interativa em acessar as principais notícias do curso;
Em 4, na possibilidade interativa em acessar as novidades do curso referente as
ferramentas interativas para orientações e realizações de atividades;
Em 5, na possibilidade interativa em acessar as ferramentas interativas do
curso.

KRETZ (1986) citado por Silva (2006), denomina conceito semelhante de interatividade arborescente.

Figura 24 – Interações Online de Seleção Secundária
1

Fonte: www.eproinfo.mec.gov.br.

Figura 25 – Interações Online de Seleção Secundária
5

Fonte: www.eproinfo.mec.gov.br.

4.1.4 Interações Online de Seleção Terciária
Após o nível interativo seletivo secundário, ocorrem as interações online terciárias
em:
Nível de exploração13, quando o sujeito online realiza interações em torno do
conteúdo selecionado, como demonstra a figura 26.

F. HOLTZ – BONNEAU (1985) citado por Silva (2006) denomina tal conceito como interatividade de
conteúdo.

Figura 26 – Interações Online Terciária (nível de exploração)

Fonte: www.eproinfo.mec.gov.br.

Nível de produção14, quando o sujeito online realiza registros no AVA do
curso, como demonstra a figura 27 a seguir:

Figura 27 – Interações Online Terciária (nível de produção)

Fonte: www.eproinfo.mec.gov.br.

RABATÉ & LAURAIRE (1985) citado por Silva (2006) denomina conceito semelhante como interatividade
de forma especulativa.

Ao categorizar as interações online por meio das interfaces do curso, é mister a
categorização dos elementos principais para efetivação da aprendizagem colaborativa.
Conforme Graván (2002), os principais elementos que se apresentam na aprendizagem
colaborativa são cooperação, responsabilidade, auto-avaliação, comunicação e trabalho em
grupo.
Salientando que as interações online vem fortalecer a idéia de participação ativa dos
envolvidos, ou seja, entre docentes, discentes no AVA do curso para promoção do ensino e
aprendizagem online respectivamente, faz-se necessário a articulação do conceito de ZDP15 e
do conceito da aprendizagem colaborativa16.
A teoria vygotskyana trouxe diversas contribuições para o desenvolvimento interativo,
principalmente com o conceito de ZDP, a relação entre pares com potenciais distintos para
alavancar o processo de aprendizagem, como também a transformação ativa do sujeito pelo
meio social, a relação dialética nas interações e a mediação entre os pares assimétricos,
constituindo pois na aprendizagem colaborativa.
Segundo Dillenbourg (1996), as condições para se efetivar a aprendizagem
colaborativa com eficiência são a heterogeneidade do grupo, pré-requisitos dos participantes,
características das tarefas e interações entre variáveis.
Nesta produção a definição dos elementos que favorecem na aprendizagem
colaborativa foi realizada por meio dos seguintes referenciais Dillenbourg (1996), Grávan
(2002) e Palloff & Pratt17 (2002) e das análises das amostras18 expressas nos recortes dos
fóruns selecionados, no retorno dos questionários19 enviados aos alunos que foram
transformados em gráficos e nas análises dos documentos específico do curso. No tópico 4.2.

Verifique na página 25 esquema para desenvolvimento da zona proximal.
Verifique nas páginas 27 e 28 modelos de esquema para aprendizagem cooperativa e colaborativa
respectivamente.
17
Verifique na página 29, as técnicas para aprendizagem colaborativa conforme Palloff & Pratt.
18
Verifique na página 66, as amostras para o estudo de caso.
19
Verifique nas páginas 67 a 69, maiores detalhes em torno da técnica e instrumentos utilizados para efetivação
da pesquisa.
16

deste capítulo serão apresentadas os elementos elaborados para efetivação da aprendizagem
colaborativa.

4.2

Analisando as Interações Online
Na referida dissertação será enfatizada a análise em torno das interações entre os

discentes.
Partindo do pressuposto da participação entre os envolvidos em ambientes online de
forma ativa para buscas de melhores resultados no processo de ensino e aprendizagem dos
envolvidos. Faz-se necessário uma análise quanto aos mecanismos interativos que provocam a
aprendizagem online. Sendo assim, pode-se observar por meio do gráfico 1, os tipos de
interações online realizadas no curso entre os discentes, na perspectiva destes.

Gráfico 1 - Participação entre Discentes nos Fóruns do Curso

11%

22%
Cooperativa

67%

Colaborativa
Cooperativa e Colaborativa

Fonte: Autora, 2009.

Conforme o gráfico 1, pode-se concluir que a maioria dos discentes, isto é, 67% dos
discentes que contribuíram nos questionários enviados como instrumento de pesquisa,
afirmaram que suas participações nos fóruns do curso foram colaborativas, 22% destes
afirmaram que suas interações eram cooperativas e 11% afirmaram participação em ambas, ou
seja, tanto de forma cooperativa, como em forma colaborativa.

Conforme os discentes20, em relação à participação nos fóruns afirmaram que:
“Só ocorre a absorção de conhecimentos quando entramos em contato com opiniões
distintas das nossas. Se apenas nos focamos em nosso pensamento não haverá
crescimento”. (Discente A)
“Quando participamos do fórum, ficamos também curiosos das reposta de nossos
colegas, pois, pretendemos aprender mais, quando há uma boa interação”. (Discente
B)
“Era mais cooperativa, visto que não havia grande número de acessos”. (Discente C)
“Variou em função do interesse no tema e da exiguidade de tempo para participar
colaborativamente. Em alguns instantes em função da dificuldade de acesso à
plataforma”. (Discente D)
“A busca pelo conhecimento deve exigir uma participação ativa e uso pleno da
ferramenta. A participação cooperativa não acrescenta muito, pois fica apenas com
uma única visão do assunto”. (Discente E)

Durante as análises nos fóruns selecionados verificou-se certa predominância de
interações cooperativas entre discentes, interações colaborativas dos discentes ao docente
tutor e interações cooperativa do docente tutor aos discentes. Observe o quadro 6, para
subsidiar as interpretações em torno das interações online cooperativas e colaborativa entre
discentes nos tópicos 4.1 e 4.2 respectivamente.

Quadro 6 – Situações Interativas entre os componentes no curso
RELAÇÃO ENTRE

SITUAÇÃO INTERATIVA

OS COMPONENTES

COOPERATIVA

COLABORATIVA

DOCENTE TUTOR

QUANDO O DOCENTE TUTOR APENAS

QUANDO O DOCENTE TUTOR CONTRIBUI

AOS DISCENTES

PARTICIPA NA SOLICITAÇÃO DA

NA PARTICIPAÇÃO DOS DISCENTES

ATIVIDADE
DISCENTE AO

QUANDO O DISCENTE CONTRIBUI NA

DOCENTE TUTOR

PARTICIPAÇÃO DO DOCENTE TUTOR

ENTRE DISCENTES

QUANDO OS DISCENTES PARTICIPAM

QUANDO OS DISCENTES CONTRIBUEM

DE FORMA INDEPENDENTE, SEM

NA PARTICIPAÇÃO DO OUTRO,

CONTRIBUIÇÃO EFETIVA NA

COMPARTILHANDO, INTERVINDO.

PARTICIPAÇÃO DO OUTRO

Fonte: Autora, 2009.

A referida dissertação não adotará a identificação de seus colaboradores na pesquisa, portanto será adotado o
código de identificação da função exercida pelo colaborador acrescida de letra do alfabeto. Por exemplo:
Discente A, Docente tutor A.

4.2.1 Presença de Situação Cooperativa entre Discentes
Conforme COSTA et. al.(2006), a participação cooperativa dos envolvidos é
identificada pela existência de uma divisão de tarefas entre os membros do grupo. Cada um é
responsável por parte da solução do problema e ao finalizar a sua tarefa, existe um
agrupamento de soluções, formando a solução unificada do grupo.
Sendo assim, para verificação das interações online cooperativas entre discentes será
definida como Interação Online Cooperativa, a participação do sujeito online de forma
independente sem intervenção na participação do outro.
Conforme a análise da questão 4, do questionário enviado aos discentes referente ao
tipo de interação mais significativa para o processo de ensino-aprendizagem, foi elaborado o
gráfico 2 na perspectiva destes.

Gráfico 2 - Interações Significativas para a Aprendizagem

17%
Interações Cooperativas
83%

Interações Colaborativas

Fonte: Autora, 2009.

Verifica-se no gráfico 2 que os discentes do referido curso percebem a importância
significativa das Interações Colaborativas entre si no processo de aprendizagem. Apesar de
apresentarem certas resistências na efetivação da mesma. Como demonstra as amostras 1 e 2 a
seguir.
Segundo os recortes da amostra 1, pode-se observar a presença de interações online
cooperativas entre discentes. Segue abaixo sequência interativa da amostra 1:

O docente tutor A insere no fórum sua primeira interação online, efetivando a situação
interativa cooperativa do docente tutor aos discentes.
“[...] Estamos iniciando mais um fórum de atividades, nele vcs devem postar a
atividade 4 que consiste numa pesquisa cujos detalhes estão disponibilizados na
ferramenta do eproinfo módulo-atividade-módulo,espero o empenho de todos e me
coloco a disposição para quaisquer esclarecimentos [...]”. (Docente tutor A)

Após a interação online do docente tutor A, o discente F interage na primeira
participação do docente tutor A, efetivando a situação interativa colaborativa do discente F ao
docente tutor A.
“Profa A, realmente fiquei surpresa com a quantidade de Universidades públicas e
privadas que fazem EaD, são inúmeras todas com várias explicações sobre o ensino
á distância não só administração vários entre eles Finanças, Educação ,Ciencias
Naturais etc. Algumas delas oferecem curso pré vestibular, muito bom. Naveguei em
várias:CECIERJ, ABED, AIEC, CBED, UNIFESP, NEAD, PORTAL UNISUL,
FAMED, UNIVERSIA BRASIL [...]”. (Discente F)

Na sequência da interação da amostra 1, o docente tutor A interage na participação do
discente F, efetivando a situação interativa colaborativa do docente tutor A ao discente F.
“Oi F, Realmente a educação a distancia se apresenta como uma das grandes
tendências da atualidade, com isso cresce o numero de universidades públicas e
privadas interessadas em trabalhar com EAD [...]”. (Docente tutor A)

Na sequência da interação, o discente G interage na participação do docente tutor A,
efetivando a situação interativa colaborativa do discente G ao docente tutor A.
“Profª. A, quando me habilitei no vestibular ufal - adm a distância, pensei:
"fantástico, esta é uma oportunidade espetacular". Me foi surpreendente, ao realizar
a pesquisa, perceber o grande nº de instituições públicas e privadas, como também a
extensa lista de cursos oferecidos. Conheço pessoas que fazem ou fizeram pósgraduação em instituições internacionais. Uma das grandes referências tem sido
Harvard e a Open University. O futuro é agora. Pesquisei: ABED, MEC, UNOPAR,
AIEC [...]”. (Discente G)

Em seguida, o docente tutor A interage na participação do discente G, efetivando a
situação interativa colaborativa do docente tutor A ao discente G.
“G, É verdade, a EAD é sem dúvida um dos grandes acontecimentos dos últimos 20
anos, proporcionando a milhares de pessoas educação de qualidade sem a exigência
da presença [...]”. (Docente tutor A)

No decorrer das interações online da amostra 1, ocorre a sequência das situações
interativas colaborativas dos demais discentes ao docente tutor A e do docente tutor A aos
demais discentes. Em relação as interações online entre discentes na respectiva amostra foi

evidenciada apenas interações cooperativas entre discentes, pois em nenhum momento houve
verificação de interação entre os discentes.
Segundo os recortes da amostra 2, pode-se observar a presença de interação
cooperativa quando o docente tutor B insere no fórum sua primeira apresentação, efetivando a
situação interativa cooperativa do docente tutor B aos discentes.
“[...] Estamos abrindo o nosso fórum, dentro da ativ. 1 para que possamos ter um
espaço de discussão acadêmica dentro do módulo de O S M.convido todos para que
relatem suas experiências vividas neste campo da Administração [...]”. (Docente
tutor B)

Após a interação online do docente tutor B, o discente L interage na participação do
docente tutor B, efetivando a situação interativa colaborativa do discente L ao docente tutor B.
“[...] No topo da hierarquia está instalada a Comissão de Gestão do Condomínio do
Serviço de Cardiologia que define todas as atividades estratégicas. Esta Comissão é
formada por representantes dos Setores que formam o Serviço e pelo Coordenador,
no total de 06 (seis) representantes, que se reúne mensalmente para avaliar as
estratégias adotadas e, se necessário, corrigi-las ou substituí-las. Mais Abaixo na
hierarquia aparece a Coordenação do Serviço, que atua no nível tático, sendo
exercida por um dos representantes dos setores. Em seguida o Gerente do Serviço,
que atua no nível operacional, que avalia se as operações nos setores de
Higienização, Recepção e Faturamento estão sendo realizadas de forma eficaz e
eficiente [...]”. (Discente L)

Na sequência da interação da amostra 2, o discente M interage na participação do
docente tutor B, efetivando a situação interativa colaborativa do discente M ao docente tutor
B.
“[...] Chama a atenção a Comissão de Gestão do Condomínio do Serviço de
Cardiologia. É interessante, também, tal modelo de organização. Sem dúvida, a cada
dia novas formas estão sendo colocadas em prática, algumas outras são
reformuladas, redimensionadas, reconstruídas em função das necessidades reinantes
[...]”. (Discente M)

Na sequência da interação, o docente tutor B interage na participação do discente M,
efetivando a situação interativa colaborativa do docente tutor B ao discente M.
“Caro M, sua colocação foi muito pertinente. Concordo com vc. Novos tipos de
estruturas organizacionais estão surgindo das dificuldades e níveis de problemas
encontrados e em redimensionamento. Por isto que este estudo sempre está em
dinâmica [...]”. (Docente tutor B)

Na sequência da interação, o docente tutor B interage na participação do discente L,
efetivando a situação interativa colaborativa do docente tutor B ao discente L.
“L, este relato seu é muito interessante, como fala o M. Gostaria de saber qual
empresa é esta. Pode citar um exemplo real? [...]”. (Docente tutor B)

No decorrer das interações online da amostra 2, ocorre a sequência das situações
interativas colaborativas dos discentes ao docente tutor B e do docente tutor B aos discentes.
Em relação as interações online entre discentes na amostra 2 foi evidenciada apenas
interações cooperativas entre discentes, pois em nenhum momento houve verificação de
interação entre os discentes. A partir das análises dos recortes das amostras 1 e 2, insere-se a
problemática da pesquisa “Por que ocorrem dificuldades para efetivação de interações online
colaborativas entre os discentes nos fóruns do Curso Piloto de Administração a Distância em
Maceió – AL?”

4.2.2 Presença de Situação Colaborativa entre Discentes
Segundo COSTA et. al. (2006), a participação colaborativa exige dos participantes um
esforço mútuo, acarretando numa divisão de atividades, concomitante a visualização,
intervenção e participação ativa do seu parceiro em sua atividade, tendo como objetivo a
resolução do problema ou situação no coletivo, concretizando o compromisso de todos para
conclusão da atividade estabelecida.
Sendo assim, para a verificação das interações colaborativas entre os discentes, será
definida como Interação Colaborativa entre os discentes, a participação de forma
compartilhada, de intervenção na interação do outro. Portanto, o quadro 6 da página 76 deste
capítulo será referência para categorizar as situações interativas nas amostras 3 e 4.
Conforme os recortes da amostra 3, pode-se observar que quando o docente tutor C
realiza sua primeira participação no fórum, efetivando a situação interativa cooperativa do
docente tutor C aos discentes.
“[...] Está aberto o fórum para discussão da seguinte temática: Como os recursos de
produção são evidenciados no seu município. Conto com a participação de todos.
Não esqueçam que nesse semestre a participação no fórum está dentro do processo
de avaliação [...]”. (Docente tutor C)

Em seguida, o discente Q interage na participação do docente tutor C, efetivando a
situação interativa colaborativa do discente Q ao docente tutor C. Nesse recorte é verificável a
intervenção entre docente tutor C e discente Q gerada pelas ZDP.
“Assim como saúde pública, educação e segurança são serviços primordiais. [...]
principalmente na questão de segurança?”. (Discente Q)

Em seguida, o discente R interage na participação do discente Q, efetivando a situação
interativa colaborativa entre discentes. Nesse recorte é verificável a intervenção entre
discentes geradas pelas ZDP.
“Concordo com as colocações de Q sobre os recursos de produção de Arapiraca e
gostaria de complementar com os recursos agrícolas que são muito utilizados em
nossa cidade (Arapiraca) e região, em fertilizantes, agrotóxicos, sementes, adubos.
São disponibilizados diversas linhas de crédito [...]”. (Discente R)

Em seguida, o discente S interage na participação do docente tutor C, efetivando a
situação interativa colaborativa do discente S ao docente tutor C. Nesse recorte é verificável a
intervenção entre docente tutor C e discente S gerada pelas ZDP.
“[...] O município é composto principalmente por mini produtores rurais, por isso a
propriedade da terra não está tão concentrada, pois a maioria da população rural têm
seu pedaço de terra onde planta e colhe produtos principalmente utilizados na
manutenção da família. Por se um município dem indústrias, o trabalho é
concentrado na agricultura e pecuária [...]”. (Discente S)

No decorrer das interações online da amostra 3, prevaleceram as interações
cooperativas entre os discentes. Apesar da iniciativa colaborativa do discente R a interação do
discente Q. As interações do docente tutor C aos discentes foram geralmente cooperativas, ou
seja, na solicitação da atividade para os discentes, pois de forma mínima interagiu nas
participações dos discentes. Enquanto, as interações dos discentes ao docente tutor C foram
categorizadas como situação interativa colaborativa.
Conforme os recortes da amostra 4, pode-se observar que a primeira participação do
docente tutor D aos discentes efetiva-se como situação interativa cooperativa.
“[...] o nosso Fórum apresenta o seguinte questionamento: "Numa análise
estatística de certo levantamento, a média aritmética poderá ser utilizada como um
parâmetro que resume de forma eficiente todo o conjunto dos dados". Exponham
suas idéias, discutam entre si […]”. (Docente tutor D)

Em seguida, o discente P interage na participação do docente tutor D, efetivando a
situação interativa colaborativa do discente P ao docente tutor D. Nesse recorte é verificável a
intervenção entre docente tutor D e discente P gerada pelas ZDP.
“media aritmética é a mais usada das três medidas de posição mencionadas, por ser a
mais comum e compreensível delas, bem como pela relativa simplicidade do seu
cálculo. Uma pesquisa deseja saber qual é a renda por pessoa da família de João.
Vamos lá, sabe-se que João ganha 100 unidades, Maria, que é sua esposa, está
desempregada e os dois filhos deste casal só estudam, ou seja, eles não têm renda.
Pelo cálculo da média, conclui-se que cada integrante da família ganha 25 unidades.
Como vimos, a média aritmética pode gera deturpações nos resultados, já que ela
não leva em conta as características individuais dos pesquisados [...]”. (Discente P)

Em seguida, o discente Q interage na participação do docente tutor D, efetivando a
situação interativa colaborativa do discente Q ao docente tutor D. Nesse recorte é verificável a
intervenção entre docente tutor D e discente Q gerada pelas ZDP.
“[...] Muitas das análises simplistas utilizam-se do uso da Média aritmética, como
forma de obtenção mais simplificada dos dados e aplicação de melhorias tomando
como base o uso de tal média, porém embora muito usada, mostra-se pouco eficiente
quando da utilização em dados brutos (não agrupados) pois dependendo da
amostragem ou população estudada pode haver grande disparidade de valores, como
citados nos exemplos dos colegas [...]”. (Discente Q)

Em seguida, o discente R interage na participação do discente Q, efetivando a situação
interativa colaborativa entre discentes. Nesse recorte é verificável a intervenção entre
discentes geradas pelas ZDP.
“Concordo com o Q e com outras opiniões anteriores, pois a média aritmética,
isoladamente aplicada não retrata os fatos com muita fidelidade, é preciso usar
outras opções para se ter uma margem maior de acerto [...]”. (Discente R)

Em seguida, o discente L interage na participação do docente tutor D, efetivando a
situação interativa colaborativa do discente L ao docente tutor D. Nesse recorte é verificável a
intervenção entre docente tutor D e discente L gerada pelas ZDP.
“Como estudamos na unidade 1, podemos ratificar que é de fundamental
importância o conhecimeto da média aritmética para levantaments estátisticos, com
o cálculo dessa media podemos mensurar dados que nos fornecerá números mas
precisos para a análise de determinado conjunto de dados, dessa maneira podemos
inserir que a média é um dos cálculos base para o estudo estátistico, pesquisas,
enfim, é de suma importância o conhecimento da media estatística [...]”. (Discente
L)

Em seguida, o discente T interage na participação do discente S, efetivando a situação
interativa colaborativa entre discentes. Nesse recorte é verificável a intervenção entre
discentes geradas pelas ZDP.

“Concordo com o colega S, como a estatística é um conjunto de técnicas e métodos
de pesquisa que entre outros tópicos envolve o planejamento do experimento a ser
realizado, a coleta qualificada dos dados, a inferência, o processamento, a análise e a
disseminação das informações. Deste modo, A média aritmética é a mais aplicada no
nosso dia a dia. É a medida de posição mais utilizada e a mais intuitiva de todas
[…]”. (Discente T)

Na sequência das interações online da amostra 4, ocorreram a presença de situações
interativas colaborativas entre os discentes. Como as situações interativas colaborativas
demonstradas entre os discentes R e T aos respectivos Q e S. Quanto as interações online entre
o docente tutor aos discentes foi totalmente cooperativa, ou seja, na solicitação da atividade
para os discentes apenas. Quanto as interações online dos discentes ao docente tutor foram
colaborativas.
Por meio das análises das amostras 3 e 4, observou-se pequenas iniciativas para
interações online colaborativa entre discentes. Sendo assim, continua em evidência a
problemática da pesquisa “Por que ocorrem dificuldades para efetivação de interações online
colaborativas entre os discentes nos fóruns do Curso Piloto de Administração a Distância em
Maceió – AL?” Será que os fatores que influenciam no curso podem está relacionada às
dificuldades na Educação Online21?
Durante as análises dos fóruns, constatamos a importância das interações cooperativas
para o surgimento das interações colaborativas, como também, a importância das interações
colaborativas para um melhor desenvolvimento no processo de aprendizagem, destacando a
criação de ZDP entre os envolvidos.

4.3

Desafios Interativos para Promoção da Aprendizagem Colaborativa
Para efetivação da aprendizagem colaborativa online, se torna necessário o trabalho

colaborativo entre os envolvidos nesse processo e a observação de alguns aspectos como
afirma a citação a seguir:

Verifique na página 33, algumas dificuldades na Educação Online relativo aos docentes, discentes e
tecnologia.

La elección del contenido apropriado es el punto de partida. Seleccionar um
contenido que se preste a la investigación de los alumnos (aprendizaje por
descubrimiento), ajustado a sus intereses (aprendizaje significativo), que pueda ser
sujeto a debate y de colaboración, que desemboque, finalmente, en la elaboración de
nuevos conociementos por parte del alumno. Sin um tema intereante y apropriado el
método colaborativo puede fracasar rápidamente. (GRAVÁN, 2002, p. 117)

Na referida dissertação após revisão bibliográfica e concomitante as análises dos
dados, a pesquisadora destaca os elementos22 a seguir como potenciadores para efetivação da
aprendizagem colaborativa online:
O elemento comunicação destaca a questão da acessibilidade para realização
da aprendizagem nas ferramentas interativas disponibilizadas no recurso
online, bem como o uso da metacomunicação;
O elemento heterogeneidade destaca a valorização dos sujeitos com potenciais
distintos, ou seja, de pares assimétricos favorecendo ao desenvolvimento de
zonas de desenvolvimento proximal;
O elemento pré-requisitos individuais destaca a necessidade na construção de
habilidades específicas para os componentes online, ou seja, específico nas
funções do docente tutor e do discente online respectivamente.
O elemento característica da atividade destaca que certos aspectos devem ser
pertinentes na constituição da atividade online, como os aspectos motivacional,
de coesão social, de coesão textual, cognitivo, contextualizado e significativo.

4.3.1 Estratégias Interativas a serem Evitadas:
Conforme a análise da segunda questão dos questionários enviados aos discentes,
referente às características negativas presentes nos fóruns do curso, constatam-se que alguns
fatores influenciavam negativamente nas interações colaborativas dos fóruns, como
demonstrado no gráfico 3 a seguir:

Nos tópicos 4.3.1. e 4.3.2 haverá a exemplificação dos elementos apresentados.

Gráfico 3 - Características Negativas Presentes nos Fóruns do Curso
Ausência ou mínima
participação
25%

17%

50%

Dificuldades para postagem
de atividades
Temática
Tutoria

Fonte: Autora, 2009.

Ao analisar o gráfico 3, verifica-se que existem algumas problemáticas na utilização
dos fóruns do curso, como:
Cerca de 50% dos discentes destacaram as dificuldades para postagem de atividades
nos fóruns, sendo estas, o desconhecimento para utilização da ferramenta fórum; problemas
do Ambiente Online do Curso, devido aos congestionamentos ou não acesso da plataforma do
curso, devido a problemas de senhas ou cadastro. Nesse segmento pode-se afirmar que
ocorreu a ausência ou insuficiência no elemento comunicação.
Cerca de 25% dos discentes destacaram a ausência da mediação ou acompanhamento
nos fóruns pelo responsável da tutoria. Nesse segmento pode-se afirmar que ocorreu a
ausência ou insuficiência no elemento pré-requisitos individual do serviço de tutoria.
Cerca de 17% dos discentes destacaram a ausência ou mínima participação nos fóruns
pelos parceiros da turma. Nesse segmento ocorreu a ausência ou insuficiência no elemento
pré-requisitos individual dos discentes.
Cerca de 8% dos discentes destacaram a incoerência e desinteresse pela temática
trabalhada nos fóruns do curso. Nesse segmento ocorreu a insuficiência no elemento
característica das atividades.
Outras problemáticas relacionadas a utilização dos fóruns do curso, expressam-se na
formulação da atividade inserida no fórum pelo docente tutor, como demonstrados nos
recortes a seguir:

No recorte 1, o docente tutor E insere a seguinte solicitação no fórum:
Objetivo:
Questão:
De acordo com o Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, indique e
exemplifique com casos conhecidos em âmbito municipal, estadual ou nacional, as
Três Formas de Admnistração Pública e qual a forma dominante segundo a sua
percepção.
PARTICIPEM!!!”

No recorte 1, observa-se a deficiência do elemento característica da atividade,
apresentando ausência de aspectos de coesão social, de organização, de contextualização.
No recorte 2, o docente tutor F insere a seguinte solicitação no fórum:
Boa Noite amigos,
Iremos discutir durante esta semana, neste ambiente educacional e colaborativos
aberto a todos sobre o assunto abaixo:
Como os recursos de produção são evidenciados no seu município versus às
necessidades dos habitantes?
E não esqueçam, a interação vale nota.

No recorte 2, observa-se a deficiência do elemento característica da atividade,
apresentando deficiência de aspectos motivacionais. Pois, o processo de aprendizagem deve
ser estimulado para construção do conhecimento e não para um sistema de troca, ou seja,
realizar a atividade para ganhar nota e não para produzir o conhecimento.
No recorte 3, o docente tutor G insere a seguinte solicitação no fórum:
Nesta primeira etapa, os alunos deverão seguir as orientações abaixo para a
postagem no fórum:
1.
Realizar o cadastro como leitor na Revista de Informação Contábil – RIC no
site: http://www.ufpe.br/ricontabeis/index.php/contabeis - abrir o artigo do Prof. Dr.
Sérgio de Iudícibus (Contabilidade: Entre Umas e Outras) e responder de acordo
com sua opinião e de acordo com o texto – Porque a Contabilidade pode ser
encarada como a linguagem universal dos negócios?

No recorte 3, observa-se a deficiência do elemento heterogeneidade, apresentando
ausência de valorização para trocas entre os discentes, com ênfase na atividade individual. E a

ausência ou deficiência do elemento características das atividades, apresentando ausência de
aspectos motivacionais, de coesão social organização.

4.3.2 Estratégias Interativas a serem Motivadas
Segundo a análise da primeira questão do questionário enviado aos discentes referente
as características positivas na utilização dos fóruns do curso, verifica-se que alguns fatores
influenciavam positivamente nas interações colaborativas dos fóruns, como demonstrado no
gráfico 4:
Gráfico 4 - Características Positivas Presentes nos Fóruns do Curso

Trocas de informações entre os
participantes

16%
17%

67%

Disponibilidade de horários
diversos
Novas descobertas

Fonte: Autora, 2009.

De acordo com o gráfico 4, pode-se afirmar que os fóruns do curso apresentaram
características positivas para o processo de aprendizagem dos discentes no curso, sendo que:
Cerca de 67% dos discentes afirmaram que as trocas de informações e a promoção dos
debates online entre os participantes, ou seja, entre docente tutor e discentes, e entre discentes
como positivas. Nesse segmento pode-se afirmar que ocorreu a presença do elemento
heterogeneidade, na valorização das trocas entre os pares assimétricos.
Cerca de 16% dos discentes afirmaram que a construção de novas descobertas como
positivas. Nesse segmento pode-se afirmar que ocorreu a presença do elemento característica
das atividades, na presença dos aspectos cognitivo, contextualizado e significativo.
Cerca de 17% dos discentes afirmaram que a disponibilidade de tempo para realização
das atividades nos fóruns pelos discentes como positiva. Devido a ferramenta fórum ser
assíncrona. Nesse segmento pode-se afirmar que ocorreu a presença do elemento

comunicação, devido a questão da acessibilidade em tempos e espaços distintos
oportunizados pelas ferramentas online presentes no AVA do curso.
Outras características positivas presentes nos fóruns caracterizam-se na formulação da
atividade inserida pelo docente tutor, como demonstrado a seguir:
No recorte 5, o docente tutor H insere no fórum o seguinte texto:
Caros alunos,
É com muito prazer que abro este fórum, pois, nele iniciamos um conteúdo
específico do Curso de Administração.
Neste fórum vocês estão convidados a interagir acerca da Administração nos novos
cenários. Para tanto, discuta com seus colegas acerca das seguintes questões:
- O que é Administração/
- Qual a importância da Administração na atualidade?
- Quais as habilidades necessárias ao administrador (o que mudou)?
- Quais os efeitos da globalização sobre as organizações?
Boa discussão!

No recorte 5, verifica-se a presença do elemento comunicação, característica da
atividade e heterogeneidade, apresentando aspectos motivacionais, de coesão social,
cognitivo e de organização.
No recorte 6, o docente tutor I insere no fórum o seguinte texto:
Olá,
Com base no conteúdo IV do módulo de Ciência Política e nos textos abaixo:
-Administração e participação: reflexões para a educação, disponível em
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1517-97022003000script=sdi_artext
Globalização
e
participação
política,
http://www.angelfire.com/sk/holgonsi/valmir.html

disponível

em:

Discuta com seus colegas o que é Participação Política.
Boa interação!

No recorte 6, verifica-se a presença do elemento comunicação, heterogeneidade e
característica da atividade, apresentando respectivamente a acessibilidade aos discentes por

meio da disponibilidade dos links para pesquisa, a valorização a trocas entre os discentes,
favorecendo a efetivação de zonas de desenvolvimento proximal nos discentes e a presença
dos aspectos motivacionais, de coesão social e cognitivo.
No recorte 7, o docente tutor J insere no fórum o seguinte texto:
Olá Equipe 2!
Este fórum foi criado para vocês discutirem acerca da atividade final. É fundamental
a interação da equipe para que vocês façam um bom trabalho.
Continuo a disposição.

No recorte 7, verifica-se a presença dos elementos heterogeneidade e pré-requisitos
individual, apresentando respectivamente disponibilidade para promoção de trocas entre os
discentes, efetivando o desenvolvimento de zonas de desenvolvimento proximal entre os
envolvidos e atuação da tutoria em oportunizar mecanismos diferenciados para promoção da
aprendizagem online.
Conforme as análises nas interações online nos fóruns do Curso Piloto de
Administração a Distância do Sistema Universidade Aberta do Brasil em Maceió –AL e nas
reflexões dos outros instrumentos integrantes desta pesquisa, pode-se delinear algumas préconclusões, principalmente no que condiz a determinação para a construção da aprendizagem
colaborativa online.
Conclui-se que a participação entre os envolvidos no curso, especificamente
relacionadas a interações colaborativas será pertinente para o desenvolvimento da
aprendizagem colaborativa online.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
É constatada em distintas pesquisas que a incorporação das TIC na educação ocorre
em sua maior percentagem com ineficácia tantos em cursos ofertados na modalidade
presencial, como a distância. Contudo, é visível a flexibilidade, a tentativa de inclusão do
conhecimento e inserção das TIC, aos sujeitos que almejam tal perspectiva.
A referida dissertação teve como objeto de pesquisa o estudo de caso nos fóruns do
Curso Piloto de Graduação em Administração a Distância do Sistema Universidade Aberta do
Brasil em Maceió –AL, tendo em vista considerações em torno das Interações Online na
Educação Online.
A mesma se fundamentou principalmente na reflexão das interações online existentes
no ambiente online de aprendizagem adotado pelo curso, ou seja, nas análises dos fóruns
selecionados durante o 1º ao 4º semestre no ambiente e-ProInfo do curso, tendo em vista a
investigação de mecanismos interativos para promoção da aprendizagem colaborativa.
Para fundamentar a pesquisa foi pertinente análises em referenciais teóricos, nos
documentos referentes ao curso, no registro da entrevista realizada com o coordenador
pedagógico do curso e nos registros dos questionários enviados aos discentes, pois
infelizmente não houve retorno suficiente dos questionários enviados aos docentes tutores da
amostra, definindo o destaque nas análises das interações entre discentes.
As observações realizadas no Ambiente Online do Curso foram permitidas pela
coordenação geral e coordenação pedagógica do curso. Por intermédio, do acesso como
Administradora do Módulo foi possível acessar todas disciplinas do 1º ao 4º semestre do
curso; Acervo do Curso disponível em Material do Aluno na ferramenta Biblioteca, contendo
documentos enviados aos discentes e referentes as disciplinas; E as investigações em torno
das interações online entre os envolvidos no curso, ou seja, entre docente tutor e discente nas
amostras selecionadas.
A seleção das amostras para análise foi realizada por meio da seleção na presença de
fóruns com presença de interações online colaborativa entre discentes. Durante as análises
observou-se que as interações online colaborativa entre discentes eram mínimas, tendo certo
crescimento a partir do 3º semestre do curso, isto é, intensificado motivações para interações
colaborativas, principalmente no 4º semestre.

Apesar do curso apresentar uma abordagem instrucionista, existem iniciativas para
uma abordagem interacionista, em algumas disciplinas e iniciativas de alguns docentes
tutores. Observa-se que nenhuma das disciplinas do curso apresenta em sua ementa aspectos
relacionados ao desenvolvimento de interações colaborativas, ou seja, da participação
colaborativa entre os discentes, tendo em vista, o curso ser realizado online e necessitar dos
mecanismos interativos para o desenvolvimento.
Por meio do registro da entrevista com o coordenador pedagógico do curso foi
possível conhecer a realidade relatada nos documentos do curso de forma prática. As análises
dos questionários enviados aos discentes foram transformadas em gráficos para intensificar a
proposta de análise em torno das situações interativas cooperativas e situações colaborativas
principalmente entre discentes.
Sendo assim, foi observável por intermédio de dados iniciais que os sujeitos
envolvidos diretamente nos fóruns do curso, ou seja, os discentes e docentes tutores, ao
realizar as interações online cooperativas e colaborativas podem propiciar a construção da
aprendizagem colaborativa. Principalmente nas interações que implicam no desenvolvimento
de zonas de desenvolvimento proximal entre os envolvidos.
Para o desenvolvimento da aprendizagem colaborativa online é primordial a existência
de alguns elementos, como a comunicação, a heterogeneidade, os pré-requisitos individuais e
as características das atividades.
Nessa premissa, é visível alguns obstáculos, como problemas de acessibilidade do
AVA do curso, ausência de motivação para trocas entre os envolvidos, a ausência de feedback
do docente tutor, o uso inadequado da ferramenta fórum entre outros.
Sem dúvida, as tecnologias podem ser novos e muito úteis meios de construir e
difundir conhecimentos sem risco de desumanizar o ser humano. Tudo depende do
modo como as utilizamos: se nos apropriamos de seu potencial pedagógico e
comunicacional e as colocarmos a serviço do homem ou se, ao contrário, nos
deixarmos dominar por elas, transformando-nos em consumidores de gadgets
concebidos para um mercado de massa planetário. (BELLONI, 1998, p. 160)

Sendo assim, é preciso que os profissionais de educação ao trabalhar na respectiva
área revejam suas concepções pedagógicas e tecnológicas em torno da situação quando
diagnosticada e articulem em sua práxis pedagógica a interatividade articuladas as TIC, pois
neste processo as mesmas podem favorecer a capacitação, interação, reflexão e atitude em

torno da formação perpassada num ambiente de trocas empíricas entre docentes e discentes,
propiciando um ambiente contextualizado, dinâmico e mutável.
É notório explicitar que a formação em EAD, depende muito do comprometimento e
responsabilidade de seus partícipes, sendo eles, administradores, docentes tutores, discentes
entre outros. Pois, com a ausência de cooperação ou colaboração existente entre os sujeitos
envolvidos não haverá eficácia na formação.
Vale ressaltar que a presente dissertação visou identificar as interações online entre os
participantes do referido curso, nas análises e levantamento de elementos que influenciam na
construção da aprendizagem colaborativa online.
Certamente novas análises surgirão em torno das condições para aprendizagem
colaborativa em cursos online, seja na modalidade presencial, como na modalidade a
distância. Acarretando em novos questionamentos:
Quais elementos serão determinantes para promoção das interações online
colaborativas na perspectiva do docente? Como será definida a proposta da construção
colaborativa online na apresentação de novos contextos e novos sujeitos?

REFERÊNCIAS
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS. Curso de Graduação em Administração a
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FEAC/UFAL/UAB, 2006.
______. Manual de funções. Maceió: FEAC/UFAL/UAB, 2006.
______. Projeto Político Pedagógico do Curso de Administração na modalidade a
distância. Maceió: FEAC/UFAL/UAB, 2006.
______. Regimento Interno. Maceió: FEAC/UFAL/UAB, 2006.
______. Relatório de Gestão 2007.1 e 2007.2. Maceió: FEAC/UFAL/UAB, 2006.
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. Rio de Janeiro: Martins Fontes, 1996.
VYGOTSKY, L. S. Pensamento e Linguagem. 1979. Disponível em:
<http://www.futuroeducacao.org.br/biblio/pensamento_e_linguagem.pdf>. Acesso em: 15
mar. 2008.
YIN, Robert K. Estudo de caso: planejamento e métodos. Trad. Daniel Grassi. 3 ed. Porto
Alegre: Bookman, 2005.

ANEXOS

100

ANEXO A – Roteiro da Entrevista
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
CENTRO DE EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
MESTRADO EM EDUCAÇÃO BRASILEIRA

CONSIDERAÇÕES SOBRE A ENTREVISTA:
O presente roteiro dará subsídio à coleta de dados ao Estudo de Caso desenvolvido
pela Mestranda citada acima, na qual executa um projeto denominado Estratégias interativas
na Educação Online: Estudo de caso nos fóruns do Curso Piloto de Administração a Distância
da Universidade Aberta do Brasil em Maceió. O estudo pretende investigar os distintos
elementos que favorecem ao desenvolvimento interativo no ambiente de aprendizagem online
do curso, por intermédio da ferramenta interativa fórum. Para tal, foram realizados
anteriormente estudos documentais, no regimento interno do curso, no organograma do curso,
nos níveis decisórios do curso, no manual de funções do curso, nas diretrizes para qualidade
na tutoria e nos registros dos fóruns do curso. Atualmente, ocorre a seleção de fóruns
colaborativos e não-colaborativos para o Estudo de Caso. Espera-se que a entrevista com o
Coordenador Pedagógico venha propiciar uma melhor visualização quanto à estrutura
pedagógica e curricular do curso.
Portanto, a entrevista tenderá a descoberta de planos de ações de forma nãoestruturada (informal) e focalizada. E poderá ser gravada em MP4, se houver a devida
permissão. Para fins de Análises de coleta de dados.
ROTEIRO DA ENTREVISTA:
1. Como se estabelece o início e término em cada semestre do curso?
I SEMESTRE - II SEMESTRE - III-SEMESTRE - IV – SEMESTRE
2. Quais os pré-requisitos para inserção das turmas de reoferta?
3. Quantas turmas foram ofertadas?
BB – M (
); PC (
); S (
)
DS - M (
); PC (
); S (
)
Quantidade:
De Alunos por turma (
); De Professor-tutor por Turma ( );
De Monitor por semestre ( ); De Professor-formador por disciplina ( )
4. Como se estabelece as relações entre:
TUTOR X ALUNO
TUTOR X COLABORADOR
TUTOR X PROFESSOR
COLABORADOR X ALUNO
COLABORADOR X PROFESSOR
PROFESSOR X ALUNO
5. Quem é o produtor do material pedagógico do curso?
6. Qual a finalidade da criação de atividades nos fóruns?
7. Quais orientações são fornecidas para o tutor e aluno para o desenvolvimento dos
fóruns?

Obrigada pela significativa contribuição!
Atenciosamente, Myllena.

101

ANEXO B – Questionário enviado aos Discentes
Mensagem enviada por e-mail:
Prezado (a) Aluno (a),
Sou Myllena, pedagoga e Mestranda em Educação Brasileira pela UFAL. Estou concluindo
minha Dissertação de Mestrado, na qual tem como foco as Interações Online, na ferramenta
fórum. Já coletei os dados e realizei a parte de fundamentação teórica. No entanto, necessito
de sua ajuda para refletir sobre as interações do ponto de vista prático e especialmente por
você. Caso, você já não faça parte do curso não tem problema, pois analisarei algumas
interações de disciplinas do 1º ao 4º semestre.
Por favor, solicito o preenchimento do questionário abaixo. Ele é pequeno. Não haverá sua
identificação em minha dissertação e nem para Coordenação do Curso. Eu me responsabilizo.
Só gostaria de analisar a partir de seu ponto de vista. Sua contribuição é muito importante
para minha produção científica.
Enviar para myllenaobjetivo@gmail.com
Atenciosamente, Myllena.

----------------------------------------------------------------------------------------------------------

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
CENTRO DE EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
MESTRADO EM EDUCAÇÃO BRASILEIRA
QUESTIONÁRIO
PÚBLICO-ALVO: ALUNO (A)
A utilização de Ambientes Virtuais de Aprendizagem em cursos ofertados a distância
podem proporcionar uma maior interatividade entre os envolvidos. Por intermédio de
ferramentas interativas disponíveis nesses ambientes é possível confirmar tal perspectiva. A
ferramenta fórum pode ser um instrumento valioso para intensificar as relações interativas em
cursos a distância.
Sendo assim,
1. Cite 2 características positivas que você destaca na utilização dos fóruns do curso:
________________________________________________________________________
______________________________________________________________
2. Cite 2 características negativas que você destaca na utilização dos fóruns do curso:
________________________________________________________________________
______________________________________________________________

102

3. Sua participação nos fóruns do curso foi geralmente:
(
) Cooperativa – centrada na postagem da atividade apenas.
(
) Colaborativa – centrada na postagem da atividade e interações aos
comentários dos colegas de curso.
Comente a sua opção:
________________________________________________________________________
______________________________________________________________
4. Qual tipo de interação realizada nos fóruns do curso, você considera mais significativa
para o seu processo de ensino-aprendizagem?
(
) Interações cooperativas.
(
) Interações colaborativas.
(
) Não sei.
Comente a sua opção:
________________________________________________________________________
______________________________________________________________
5. Conforme sua opinião, como os fóruns de discussão do Curso de Administração a
Distância podem favorecer a aprendizagem colaborativa?
________________________________________________________________________
______________________________________________________________
Obrigada pela sua valiosa contribuição!
Atenciosamente, Myllena.
myllenaobjetivo@gmail.com

103

ANEXO C - Questionário enviado aos Docentes
Mensagem enviada por e-mail:
Prezado (a) Educador (a),
Sou Myllena, pedagoga e Mestranda em Educação Brasileira pela UFAL. Estou concluindo
minha Dissertação de Mestrado, na qual tem como foco as Interações Online, na ferramenta
fórum. Já coletei os dados e realizei a parte de fundamentação teórica. No entanto, necessito
de sua ajuda para refletir sobre as interações do ponto de vista prático e especialmente por
você. Caso, você já não faça parte do curso não tem problema, pois analisarei algumas
interações de disciplinas do 1º ao 4º semestre.
Por favor, solicito o preenchimento do questionário abaixo. Ele é pequeno. Não haverá sua
identificação em minha dissertação e nem para Coordenação do Curso. Eu me responsabilizo.
Só gostaria de analisar a partir de seu ponto de vista. Sua contribuição é muito importante
para minha produção científica.
Enviar para myllenaobjetivo@gmail.com
Atenciosamente, Myllena.
----------------------------------------------------------------------------------------------------------

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
CENTRO DE EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
MESTRADO EM EDUCAÇÃO BRASILEIRA
QUESTIONÁRIO
PÚBLICO-ALVO: PROFESSOR(A)-TUTOR(A)
A utilização de Ambientes Virtuais de Aprendizagem em cursos ofertados a distância
podem proporcionar uma maior interatividade entre os envolvidos. Por intermédio de
ferramentas interativas disponíveis nesses ambientes é possível confirmar tal perspectiva. A
ferramenta fórum pode ser um instrumento valioso para intensificar as relações interativas em
cursos a distância.
Sendo assim,
1. Cite 2 características positivas que você destaca na utilização dos fóruns do curso:
________________________________________________________________________
______________________________________________________________
2. Cite 2 características negativas que você destaca na utilização dos fóruns do curso:
________________________________________________________________________
______________________________________________________________

104

3. Sua participação nos fóruns do curso foi geralmente:
(
) Cooperativa – centrada na postagem da atividade apenas.
(
) Colaborativa – centrada na postagem da atividade e interações aos
comentários dos alunos do curso.
Comente sua opção:
________________________________________________________________________
______________________________________________________________
4. Qual tipo de interação realizada nos fóruns do curso, você considera mais
significativas para o processo de ensino-aprendizagem dos alunos?
(
) Interações cooperativas.
(
) Interações colaborativas.
(
) Não sei.
Comente sua opção:
________________________________________________________________________
______________________________________________________________
5. Conforme sua opinião, como os fóruns de discussão do Curso de Administração a
Distância podem favorecer a aprendizagem colaborativa?
________________________________________________________________________
______________________________________________________________
Obrigada pela sua valiosa contribuição!
Atenciosamente, Myllena.
myllenaobjetivo@gmail.com

Mestrado em Educação

Centro de Educação

Universidade Federal de Alagoas